Agosto sempre chega com aquele ar nostálgico e reflexivo. O Dia dos Pais mexe com a gente — seja com lembranças boas, saudade ou até um certo incômodo. Afinal, a relação entre pais e filhos é cheia de nuances, não existe uma fórmula, muito menos um modelo perfeito. E a literatura, como sempre, está aí para dar voz a essas emoções todas.
Se você está procurando histórias que falem sobre paternidade com profundidade, sensibilidade (e algumas lágrimas), aqui vão 6 leituras que tratam o tema de jeitos bem diferentes — mas igualmente tocantes.
📘 Dois a dois – Nicholas Sparks
Se você já leu algo do Tio Nick, sabe que ele adora pegar o coração da gente e dar aquela leve espremida. Em Dois a dois, ele foca na relação entre um pai recém-separado, Russell, e sua filhinha de 5 anos, London. O livro é um mergulho na paternidade real: as inseguranças, os aprendizados, o amor crescendo na convivência do dia a dia. É sobre reaprender a ser pai em meio ao caos da vida adulta — e encontrar nisso um sentido totalmente novo. Um lembrete poderoso de que paternidade também se constrói com presença e afeto, não só com “papel de provedor”.
Sim, mais Sparks. Mas esse aqui é um clássico quando se fala em pai e filha. A Última Música conta a história de Ronnie, uma adolescente rebelde que vai passar o verão com o pai, depois de anos distantes. O reencontro é cheio de mágoas, silêncios e reconciliações. O livro trata da dificuldade de se reaproximar, de perdoar, de entender o outro — e também da urgência que certas situações trazem. É impossível terminar essa leitura sem pensar nas conversas que a gente adia e nos momentos que a gente acha que sempre vai ter tempo de viver depois.
Agora, saindo um pouco da esfera “pai presente”, Perdas e Danos toca numa outra camada do tema: o desejo de ser pai, a fragilidade das relações e os caminhos tortuosos que algumas decisões tomam. Andy, um dos protagonistas, sonha em ser pai, mas o destino o coloca em situações complicadas e dolorosas. É uma história sobre perdas, sim, mas também sobre resiliência, amor e reconstrução. A paternidade aqui não é simples nem idealizada — e talvez por isso seja tão verdadeira.
Imagina só: seu pai morre... e no dia seguinte você recebe um presente dele — um robô com sua consciência, pronto para uma última jornada juntos. Parece ficção (e é), mas Tudo aquilo que nunca foi dito é, na verdade, sobre aquilo que o título promete: o não dito, o que ficou para depois. É leve, divertido e emocionante, ideal para refletir sobre o quanto a comunicação (ou a falta dela) molda nossas relações familiares.
Taylor tem a chance de viver um último verão com seu pai, que está doente. Eles viajam para a casa de veraneio da família, onde memórias antigas ressurgem e laços se aprofundam. Um Verão para Recomeçar fala sobre o tempo — o que temos, o que perdemos e o que ainda dá pra viver. É uma leitura sensível, perfeita pra quem quer pensar sobre despedidas e reconexões com leveza e carinho.
Embora o foco principal de Dançando sobre cacos de vidro seja o casal protagonista, o tema da paternidade aparece de maneira intensa e emocional, especialmente quando a gravidez entra em cena em meio a doenças e fragilidades. Dançando sobre cacos de vidro trata do que significa trazer uma nova vida ao mundo quando tudo ao redor parece incerto — e como o papel de pai pode nascer mesmo antes do bebê.
Esses seis livros mostram que ser pai (ou filho) é um exercício constante de tentar, errar, perdoar e recomeçar. Não são histórias de paternidade idealizada — são sobre a vida como ela é: cheia de buracos, mas também cheia de beleza.
Se você está em busca de uma leitura que toque seu coração nesse Dia dos Pais — seja pra se emocionar, refletir ou simplesmente lembrar que você não está sozinho nas complexidades da vida familiar — aqui estão grandes companhias. ❤️
Nenhum comentário
Seu comentário é sempre bem-vindo e lembre-se, todos serão respondidos.
Portanto volte ao post para conferir ou clique na opção "Notifique-me" e receba por email.
Obrigada!