Sessão da Tarde com Leninha e Vivi #9

Leninha e Vivi batem ponto na coluna Sessão da Tarde. Um bate-papo sobre filmes, livros, cotidiano e outros tantos assuntos que esquentam o cenário da cultura pop. Para animar esse mix delicioso, segue como cortesia da casa um post escrito em parceria. Junte-se a nós! Estoure a pipoca, gele o guaraná e curta conosco o episódio de hoje! Em cartaz: Uma Longa Jornada estrelando Scott Eastwood, Britt Robertson e Alan Alda.

Baseado no best-seller de Nicholas Sparks, Uma Longa Jornada conta a história de amor complicada entre Luke, um antigo campeão de rodeios, que está tentando voltar, e Sophia, uma universitária que está prestes a embarcar em uma viagem para conseguir o emprego dos seus sonhos no mundo das artes em Nova York. Com caminhos e ideais conflitantes testando o seu relacionamento, Sophia e Luke têm um encontro inesperado com Ira, cujas memórias de seu próprio romance inspiram o jovem casal. Tocando gerações, o entrelaçamento das duas histórias de amor explora os desafios e as recompensas infinitas do amor duradouro.

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Infelizmente dessa vez eu e Vivi não assistimos ao filme juntas — o que teria sido algo perfeito —, porém, mesmo diante desse fato, decidimos fazer a sessão da tarde. E trouxemos  para os amigos nossa opinião sobre essa linda história de amor, escrita por Nicholas Sparks.

Então, vamos lá...

Quando li o livro Uma longa Jornada, me lembro de que eu disse que esse não era a melhor leitura do autor, mas que ele havia me deixado empolgada e ansiosa durante toda a leitura e mais, que terminei o livro dando saltos de felicidade, porque Nicholas havia se superado. Então, hoje, venho falar no filme baseado nesse drama tão bem escrito, e que me deixou ainda mais apaixonada pelo livro.

O roteiro foi muito bem escrito e mesmo com algumas modificações do livro que originou a obra, de certa maneira conseguiu tornar a história em algo ainda melhor. Será possível uma coisa dessas?!

Na minha última tentativa de levar a família ao cinema para assistir O Melhor de mim foi um fiasco, deixei meu marido e filha contrariados e nervosos comigo. Então, no domingo, me redimi completamente. Vi minha filhota chorando, vi meu marido empolgado, e me peguei sorrindo com meu grande feito. Minhas palmas para Nicholas Sparks, e que ele continue assim!

É notável a diferença do filme em relação ao livro. Alguns fatos foram modificados, outros retirados, mas acredito que no geral o resultado final foi bastante condizente e fez jus ao drama que o autor sempre passa em suas histórias.

Visualmente o filme é encantador, todos os cenários são perfeitos, a trilha sonora é de uma sensibilidade única, a fotografia impecável, desde o universo do rodeio, quanto à viagem no tempo nas lembranças de Ira e seu amor por Ruth, nos lindos anos 1930. Quanto amor nas cartas, nas declarações, no romance em uma época tão conturbada, — eu adoro livros que tenham cartas trocadas entre amantes, mas aqui é bem mais que isso, Ira escrevia todos os dias para Ruth, mesmo estando ao seu lado. A arte também é visível nos lindos quadros que enfeitam as paredes da casa desse casal que fez meu coração saltitar. E no sentimento de impotência impregnada em Ruth em seu desejo frustrado de ser mãe, dando ao filme a medida certa de sofrimento e pesar.

Deu para notar todo o encanto que senti ao assistir o filme Uma longa Jornada?! Eu recomendo que você vá hoje ainda assistir. Compre seu refrigerante, sua pipoca e não esqueça os lenços. Nicholas Sparks tem o poder!

 Como conceber que uma história de amor passe por esse vasto mundo sem ter sido expressa em, pelo menos, umazinha que seja carta de amor? Ah, as cartas de amor! Elas me tocam profundamente. Em circunstâncias de inevitável saudade são elas que confortam e falam ao coração. Não apenas revelam a fotografia de um dado momento, como são um honesto despir da alma, constituindo-se também uma excelente fonte histórica. Sem contar que comportam uma gama de sentimentos e emoções que, jorrando das próprias linhas, revelam as intenções, as confissões, as paixões e os dramas do correspondente. Escrever uma carta para quem se ama é a mais pura e sincera prova de amor já concebida. Porque requer um esforço de dedicação que está longe de ser uma obrigação. Ao contrário, nada mais é que entrega voluntária. Um desprender-se de si mesmo para oferecer-se sem reservas em tudo o que há de mais vital, doído e amoroso no ato de expor a nudez do coração.

Em se tratando da obra de Nicholas Sparks, as cartas de amor são exploradas sem limites de contenção. Por isso, assim que uma certa caixa misteriosa surgiu em cena, eu que não li o livro não me surpreendi com a revelação de seu conteúdo. As esperadas cartas. Mas, o que dizer do conteúdo contido nelas? Ah, aí é que são elas! Preservaram o que há de mais lindo, sofrido, alegre doloroso de uma vida a dois. A história de Ira e Ruth. Quem a conta é o próprio Ira por meio das correspondências que escreve diariamente para a sua amada Ruth. Apresentadas ao modo flashback são uma pintura de tão lindas e valorosas. Não por acaso, obras de artes de grande renome provindas de uma série de movimentos tais como cubismo, futurismo, abstracionismo, entre outros, não só são parceiras de jornada do casal como tornam-se parte decisiva no desenrolar da trama.

Uma vez que o longa apresenta narrativas paralelas, esse diálogo amoroso serve de ponte para que um outro amor floresça. O do cowboy Luke e de Sophia, estudante de artes. Ambos são protagonistas de um romance cujos desafios não são distantes dos que se interpõem a todos os amantes desse mundo. Para os experientes, isso está mais do que claro. Não à toa, as falas que encerram lições de sabedoria vêm do velho Ira e da mãe de Luke. Enquanto o primeiro diz a Sophia que amar requer sacrifícios, a última é taxativa em apresentar ao filho um simples, porém determinante cenário de escolhas entre o que lhe faria feliz por oito segundos e o que lhe faria feliz ao longo de toda vida. Conflito exposto, resta a Luke e a Sophie correrem ou lutar pelo o que prezam mais. Assistam e vejam.

Incorporado ao contexto de belas imagens e instantes, surge esse fragmento de iluminação, inspiração e muito suspiros: “Eu te amo tanto que eu só quero que você seja feliz, mesmo que essa felicidade não me inclua”. Peço desculpas por não apresentar a frase ipsis literis ainda que tenha me esforçado em encontrá-la. Mas o importante é considerar a beleza e a valiosa lição contidas nessas palavras. Para não estragar a experiência de quem quer ver o filme, não revelarei os detalhes do como e do porquê da cena, mas lhes asseguro que esperar esse momento mastercard vale o ingresso, meu caros!

Rapidamente, vamos à galeria de personagens representada por um elenco muito correto, aliás. Cito alguns. O velho Ira encenado pelo ótimo Alan Alda. Não poderia haver escolha melhor. Aquele olhar de luto que não o abandona ainda que sorria é tão convincente. Não conhecia o ator Jack Huston que interpreta o jovem Ira, mas achei-o muito talentoso e na medida para o papel. Aquela expressão enternecedora e repleta de candura da qual ele usa e abusa não me cansou nem um pouco. Eu queria levar o fofo do jovem Ira para casa. A espirituosidade e vivacidade da Ruth lógico que emprestada da beleza peculiar e genuína da Oona Chaplin (neta do Charlin Chaplin!) me fizeram sorrir. E o que é olhar para aquele belo comboy e enxergar o Clint Eastwood o filme inteiro! Só quando dos créditos finais pude confirmar a relação de parentesco. Filho de peixe...E que bela espécime de homem é esse Scott Eastwood, hein! E a Britt Robertson carinha de anjo e mocinha? Perfeita para a Sophia. Não lembra a Monique Alfradique, gente? Até na escolha do elenco tudo parece combinar bem. Credito essa conjunção harmônica de fatores como aspectos positivos ainda que sejam considerados clichê. O que não deixa de ser verdade. No entanto, nesse caso, tais elementos repetitivos souberam ser bem aproveitados e não me incomodaram.

Bem, estou amando o papo, mas vou ficando por aqui. Recomendo o filme para os espíritos românticos e apaixonados pela vida como um todo. Sei que para alguns o filme pode ser apenas mais um romance meloso. Para mim não. Histórias de amor despidas de cinismo me ganham sempre.

Não contei nada em detalhes aqui.  Tentei privilegiar as impressões acima das descrições porque o filme conta mais e melhor do que sou capaz de expressar. Mesmo porque acredito que assistir ao filme com suas próprias lentes torna a experiência bem mais prazerosa.

Bom filme e até a próxima!

8 comentários

  1. Adorei o comentário de vocês sobee o filme efiquei com maos vontade ainda de assistir. Também adoro muito filmes em que existem troca de cartas de amos e qdo li o livro Ira me conquistou por escreve las acho muito romântico isso. Adorei o bate papo de vocês.
    Bjus

    Val
    Brilho das Estrelas

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    1. Obrigada Claudia, não esqueça de voltar para comentar o que achou do filme, vamos ficar esperando.
      Bjs

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  2. Oi, Leninha! Oi, Vivi! Amei o ponto de vista das duas!
    Sou fã do Nicholas, amo os livros dele, quando são adaptados para as telas vibro de emoção; e com certeza pretendo assistir Uma Longa Jornada! Mas antes de assistir pretendo ler o livro...
    Acredito que dos dois romances que há no livro o de Ira e Ruth é o mais bonito e emocionante! Sem falar nas cartas de amor, há tanta emoção, tanta saudade nelas...
    Bjos!

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    1. Obrigada Any!
      Leia o livro para você sentir as diferenças e depois me conta de qual gostou mais, tá?!
      A fotografia do livro em relação ao romance entre Ira e Ruth é perfeita, você vai amar. Já no livro deixe sua imaginação fluir e vai ficar perfeito.
      Fico aguardando sua opinião.
      Bjs

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  3. Lenninha!
    Antes de comentar sobre o filme... nem sabia que você tinha uma filha...kkkk Achei que nem era mãe.
    Em relação ao filme, não assisti ainda... uma pena porque pelo visto você e a Vivi se apaixonaram, o que é normal nas adaptações cinematográficas dos livros do Nicholas. E claro que sempre fazem adaptações para melhorar a audiÊncia...kkkk
    Já falei várias vezes, como sou adepta da correspondência, livros e filmes que se utilizam desse artifício, sempre me chamam atenção.
    Sessão da tarde valeu, né?
    Cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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    1. Poxa Rudy, sério que você não sabia que eu tinha uma filha?! E ela tem 19 anos, acredite, rsrsrs
      Assista o filme você vai amar a leitura das cartas e o momento em que elas se tornam lembranças, lindo demais.
      A sessão da tarde agradece sua audiência, beijos!

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  4. Eu fujo dos livros do Sparks, tenho medo rs
    Mas desde que vi o trailer desse filme eu me empolguei para assistir.
    Agora estou mais animada ainda. Vou dar uma chance.
    Beijinhos

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