A Última Carta — Rebecca Yarros


Essa foi a minha primeira experiência com a escrita da Rebecca Yarros, mesmo tendo outros livros dela parados na estante, me julguem! E, sinceramente? Já comecei levando uma voadora emocional no peito. A Última Carta é aquele tipo de leitura que promete te emocionar — e cumpre —, mas não exatamente da forma que eu esperava.

Logo nos primeiros 40% do livro, a história já te arrebata com acontecimentos pesados. Leitores mais sensíveis provavelmente vão se sentir dilacerados, e mesmo eu, que achava estar preparada, senti o impacto. Ella, nossa protagonista, passa por dores tão profundas que é impossível não se solidarizar, não se envolver. Mas mesmo com toda essa carga emocional, confesso que ainda esperava um pouco mais da leitura nesse início e até demorei mais do que o normal para engatar. Em alguns momentos no meio do livro, senti que a narrativa deu uma leve arrastada e isso me fez enrolar. Mas ainda bem que segui a diante!

A autora acerta em cheio quando o assunto são os temas que carrega com delicadeza (e também com brutalidade, quando necessário): amor, perdas, traumas e a força dos vínculos — familiares, afetivos, humanos. Ela consegue construir personagens que parecem reais, com dores reais, decisões difíceis e aquela bagagem que todo mundo carrega, mas nem sempre expõe.

E o final… ah, o final. Finalmente um livro conseguiu arrancar lágrimas de mim. Posso classificá-lo como agridoce, foi um misto de dor, aceitação e aquele soco emocional que te lembra que a vida é exatamente isso: cheia de altos e baixos, cheia de injustiças e de momentos inesperadamente tristes. Doeu, mas fez sentido. E me fez pensar, ainda mais que já passei por momentos tão difíceis como a protagonista e tive que levantar a cabeça e continuar a viver, mesmo com um buraco enorme no peito.

Recomendo? Com certeza! Especialmente se você, como eu, gosta de histórias que vão além das narrativas rasas e te entregam uma dose de realidade embrulhada em emoção. A Última Carta não é uma leitura leve, mas é exatamente por isso que vale a pena. Ele te choca, te emociona e, acima de tudo, te faz lembrar que cada escolha, cada vínculo, cada despedida importa.

"A Última Carta me fez chorar no final, me deixou em pedaços, mas também me lembrou que a vida é exatamente assim: cheia de perdas, amores e recomeços. E mesmo doendo... vale a pena sentir tudo isso.”


Será que duas almas feridas são capazes de curar uma à outra?

Beckett é um militar americano endurecido pelos horrores que já testemunhou na guerra. A não ser pela amizade sincera que tem com Ryan, um soldado de sua unidade, e com a cachorra Bagunça, ele perdeu a fé no amor e na humanidade.

Até que Ryan o convence a se corresponder com sua irmã, Ella, que está do outro lado do mundo, em Telluride, no Colorado. Mesmo sem nunca tê-la conhecido pessoalmente, Beckett encontra refúgio nas cartas que os dois trocam e fica totalmente encantado por ela.

Quando Ryan morre em combate, Beckett promete cumprir o último pedido do amigo: proteger Ella. O que ele não esperava era encontrá-la lutando sozinha contra um inimigo quase mais cruel do que a morte do próprio irmão.

Agora, dividido entre a lealdade ao passado e o desejo de um futuro, Beckett se aproxima de Ella sem revelar sua verdadeira identidade. Mas quanto mais ele se envolve em sua vida, mais seu segredo ameaça destruir tudo.



4 comentários

  1. Ai amiga, o tanto que quero ler este livro...
    Depois que li o "Tudo o que deixamos inacabado" eu simplesmente decidi que vou ler qualquer romance que essa mulher escrever.
    Quero muito que este livro também me faça chorar.
    Pode deixar que corro pra te contar.

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    1. Tô igual você, quero ler tudo da autora, inclusive coloquei um dela na minha listinha da Amazon, que você me indicou. Pena que tá caroooooo
      Mas uma hora ele baixa e eu compro. "Tudo o que deixamos inacabado" está na estante aguardando leitura, vou reservar para um outro momento, preciso ler algo mais leve agora, rsrsrs
      Estou ansiosa para saber se você vai chorar com A Última carta, eu acredito que vai sim.
      Beijos, Van

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  2. Olá! Ahhh, estava tão (tão) ansiosa por essa resenha, acredito que todo mundo deveria ler ao menos um livro da autora (e cá estou chocada por você ter demorado tanto para dar uma chance hein, mas valeu a pena), pois apenas um livro, será capaz de fazer qualquer pessoa se apaixonar pela escrita da Rebeca Yarros, agora falando sobre esse livro, que
    LIVRO meus amigos, (que LIVRO, BRASIL) é tão bom, que já li duas vezes, e ouso dizer que é IMPOSSÍVEL não se emocionar (e derramar algumas (muitas) lágrimas) durante a leitura desse livro, principalmente com aquele final, (meu Goku que final, pausa para um respiro, só de lembrar já fico com lágrimas nos olhos), eu fiquei simplesmente DEVASTADA o impacto foi tanto que eu nem conseguia falar com a minha irmã sobre o livro depois que terminei, deixei o povo daqui preocupado, como você disse, no final fica aquele sentimento agridoce né, afinal a vida é assim, não é construída apenas de momentos bons, os ruins também fazem parte, e servem para nos fortalecer. Enfim, é isso, só leiam, se emocionem, se apaixonem e por que não, tenham a consulta com o terapeuta em dia (risos).

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    1. Pois é, Eli, minha primeira vez com a RY mas já quero mais. Ainda estou impactada com aquel final inesperado e devastador, mas vida que segue, né?
      Beijos e obrigada por compartilhar sua experiência aqui comigo.

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