O Rasíf de Marcelino Freire é profundo, caleidoscópico, repleto de nuances, especificidades, assonâncias. Uma prosa cadenciada que fica impossível de largar no virar de páginas.
Foi meu primeiro contato direto com o autor, e me encantei com seu texto texto potente, original, lapidado, como se fosse - porque é - único, um achado!
Nos contos que compõem a obra, Freire se debruça em questões cotidianas, cenas da vida que, quando capturadas em palavras, fascinam e incomodam, ganham novos contornos por meio de uma tensão constante, vidas em suspenso.
O autor, por parecer conhecer tão bem as palavras, nos convida a um contato íntimo com elas, em uma prosa poética que passeia tanto pelas pequenas obviedades da inocência infantil quanto pela brutalidade do mundo menos brando dos adultos.
Alguns dos contos/textos se desenham mesmo como crônicas, como poesia, como uma experimentação que dá certo no papel. E na voz! São narrativas extremamente sonoras!
Esse "mar que arrebenta" que Freire oferece é gostoso de mergulhar. Um banho desses que lavam tudo.
Boa Leitura!
Uma das vozes mais atuantes da moderna literatura brasileira, Marcelino Freire, ganhador do prêmio Jabuti, conquista vez mais leitores por todo o Brasil. Nos contos de Rasif, um homem leva uma travesti para casa depois de uma noitada. Um menino quer ser poeta, mas o sonho do pai é que ele se torne jogador de futebol. Uma balconista apaixonada por um cliente e que faz de tudo para conseguir um final feliz. E tantas outras histórias. Marcelino Freire retoma em Rasif sua prosa lírica, oral, onírica, por vezes satírica e sarcástica. São contos para ler em voz alta, no qual fala dos excluídos com graça, dos desvalidos deixando um riso irônico como recordação.
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Olá! Olha aí mais um achado primoroso hein, eu fico espantada o quanto estou perdendo da nossa literatura nacional, amei conhecer um pouquinho mais desse livro e é claro que já quero saber mais sobre cada uma dessas histórias, o formato de conto sempre me anima e desanima, porque acabo sempre querendo mais (risos)
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