Procure nas cinzas - Charlie Donlea


Eu tenho uma teoria de que todo autor fodástico ainda vai escrever um livro meio tosco durante sua vida. 
Procure nas cinzas, por exemplo, é bem bosta se comparado aos outros do Charlie Donlea.

As primeiras 150 páginas poderiam se tornar, facilmente, o padrão literário de como emputecer o leitor. 
Um ícone da enrolação estopante. 
A história que não anda nem a paulada. 

E eu, como nutro farta intolerância a embuste narrativo, garrei hostilidade e implicava até com vírgula, interjeição e substantivo comum de dois.
Porém, como estamos falando do Charlim, decidi prosseguir a leitura com toda minha valentia estoica. 

Bem... É.
Da metade do livro pra lá, até deu uma melhorada, mas foi só isso mesmo.
Uma insossa melhorada.

Afinal, em Procure nas cinzas, você não experimenta aquele tradicional choque com alguma situação desgraçada que o espavorido leitor não esperava nem a cacete. 
E nem tem alguma reviravolta aleatória pra descompensar o alheio ou um final descabido pra te jogar em posição fetal.

Foi só legalzim mesmo.
Mediano.
Aquém.
Morra, expectativa alta.

Porém, mesmo tacando pedrada aos brados de “queime a bruxa”, eu recomendo.
Porque sou benevolente assim.
😉

O ataque terrorista às Torres Gêmeas do World Trade Center chocou o mundo vinte anos atrás, mas, para uma família, esse atentado teve um gosto mais amargo. A destruição dos edifícios deu fim à vida de Victória, a principal suspeita de um crime brutal ― sem que ela tivesse a chance de se defender. E sua irmã, Emma, ainda tinha um assunto pendente: naquele momento extremo, pouco antes de o prédio desabar, Victoria conseguiu realizar uma última ligação pedindo que Emma a ajudasse a provar sua inocência. O caso fica abandonado por duas décadas, até que a evolução das técnicas forenses possibilitou a identificação do DNA de uma das vítimas dos ataques ― justamente da mulher que foi considerada culpada pelo assassinato de um conhecido escritor. Avery Manson, uma famosa apresentadora de TV, vê no caso uma oportunidade de alavancar ainda mais a sua carreira. Seu faro jornalístico a leva até Emma, e ela decide fazer o que for preciso para reabrir o caso, expor as falhas da polícia e descobrir se Victoria era ou não inocente. Avery não imaginava que seria preciso remontar um complexo quebra-cabeça para se chegar à verdade. E ela própria guarda também muitos segredos que, na busca insaciável por conseguir uma ótima história, podem ser expostos e destruir todo o sucesso que conquistou.


4 comentários

  1. Tícia!
    Adoro sua indignação carregada de "benevolência"...kkkk
    Até tenho alguns livros do autor aqui, mas ainda não li nenhum.
    E já sabendo sobre esse, quando for ler, não criarei expectativas.
    cheirinhos
    Rudy

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  2. RSrsrsrrs Esse livro é minha leitura do momento e confesso que estou envolvida até o pescoço,mas não leve em consideração, pois eu sou fã assumida do Charlie e se for preciso passar pano, vou fazer isso sem dó ou piedade.
    Amando e muito o enredo, como amei todos os livros dele até hoje! rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  3. Olá! Ainda não li nada do autor, mas confesso que estou com grandes expectativas, principalmente porque só leio coisas boas em relação aos seus livros, pelo menos até agora (risos), mas mesmo com as ressalvas, acho que dá para encarar sim a história, ainda mais porque agora já vou mais preparada sobre o que me espera.

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  4. Oi, Tícia
    Ah, menina, abandonei dois do autor, e aí sei lá se um dia volto a tentar ler algum dele.
    Imagino sua decepção, porque quando somos fãs, dá mais raiva kkkkkkk
    As sinopses dos livros dele todas parecem livros de tirar o fôlego, de se tornarem prefes da vida, mas os que comecei achei meio confusos e lentos.
    Esse vou deixar beeeeem por último, então... rsrsrs
    Bjs

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