O Homem de Giz - C. J. Tudor


Resenha / Desabafo

O homem de giz é aquele livro que começa bem, fica ruim, depois melhora, piora, melhora, piora, melhora e tudo termina num final desenxabido. 

Muito lamentável ter a expectativa estropiada pelo encosto de “o que devia ter sido e não foi”. A história tinha tudo pra ser egrégia, o arauto das boas ideias, o efígie literário da contemporaneidade, a Coca Cola dos thrillers, mas ficou só no terreno dos livros meio bosta mesmo. 

Vai um resumim:
1986: gurizada estilo Stranger Things britânico se vê envolvida em uma série de acontecimentos funestos que modificam suas vidas.
2016: o passado volta pra desgraçar e assombrar geral. 
O hominho de giz se refere à forma peculiar como os moleque se comunicavam.
Os mistérios são esclarecidos com solução meia boca e todos viveram infelizes para sempre. 
FIM.

Como eu disse, potencial até tinha, mas... 
Fazer o que?

E, claro, não poderia deixar de mencionar algo que me incomodou imensamente: a forma como qualquer cristão é retratado como um inculto endoidecido e malévolo de tacar pedrada.
Sério isso?

Sério que é só colocar o nome de Jesus no meio e as pessoas perdem qualquer bom senso e o que vale é rotular o cristão com o pior padrão possível?
Que a autora foi incapaz de ir à fonte (bíblia) para comparar o verdadeiro cristianismo com as aberrações que ela supõe ser?
Que a autora partiu de maus exemplos para construir seu conceito de Deus?
Que se pode tacar pedra nos “ignorantes crentes” e eles vão aceitar tudo calado? Bem, aqui está uma que não se cala. 

“Ahhhhh!... Mas existe muito crente que anda com bíblia debaixo do braço e é uma cobra”, você poderia golfar.
Bem, de duas, uma:
Ou ele não entendeu quem é, de fato, Jesus.
Ou ele está em processo de entender.

Não concorda?
Caguei.

Recomendo o livro, com muuuuuuuitas ressalvas. 
😉

Em 1986, Eddie e os amigos passam a maior parte dos dias andando de bicicleta pela pacata vizinhança em busca de aventuras. Os desenhos a giz são seu código secreto: homenzinhos rabiscados no asfalto; mensagens que só eles entendem. Mas um desenho misterioso leva o grupo de crianças até um corpo desmembrado e espalhado em um bosque. Depois disso, nada mais é como antes.

Em 2016, Eddie se esforça para superar o passado, até que um dia ele e os amigos de remediar um mesmo aviso: o desenho de um homem de giz enforcado. Quando um dos amigos aparece morto, Eddie tem certeza de que precisa descobrir o que de fato aconteceu trinta anos atrás.


6 comentários

  1. Olá Tícia,
    Apesar de tudo foi bom ler seu desabafo. Já li algumas resenhas, boas e ruins, sobre o livro e isso me gera curiosidade. Não sabia sobre essa questão cristã no livro, é algo que é novidade para mim e que provavelmente me incomodaria um pouco também.

    Beijo!
    www.amorpelaspaginas.com

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  2. Tícia!
    Sinceramente, admiro muito sua irreverência e sua sinceridade, e entendo demais suas ressalvas...
    Na verdade, fiquei até curiosa em ler, porque vi tantas boas resenhas e a sua tão diferente e questionadora, que fiquei sinceramente curiosa.
    cheirinhos
    Rudy

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  3. Tudor é assim, controversa desde esse primeiro livro. Eu gostei muito na época que li.É bom? Não. Mas não achei de fato todo péssimo. O Que Aconteceu com Annie, outro livro dela que foi criticado negativamente por quase todo mundo, me caiu melhor e sim, tenho mais dois dela na estante para serem lidos, só Deus sabe quando rs
    Beijo e gratidão sempre por sua sinceridade!!!
    Isso faz uma diferença enorme!!!

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  4. Olá! Esse é um daqueles livros que já me deparei em algum momento, até me interessei em adicionar na minha lista, mas com o passar do tempo ainda não li e pelo jeito não estou perdendo muita coisa (ufa), uma pena quando a história tem todos os elementos para dar certo, mas o autor resolve fazer “caquinha”.

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  5. Oi, Tícia
    Me desculpe, mas PQP, hein!!!!
    Que encosto mesmo!!
    Olha, não leio muito thriller porque não é meu gênero, o último que li tem mais de um ano, mas esse é tãaaaao falado, e bem falado (para piorar), que eu estava louca para lê-lo.
    Além de ser meia-boca, mal desenvolvido, ainda fala assim dos cristãos.
    Que absurdo!
    Vou passar bem longe.
    Não só por ser cristã mesma, mas porque livros com preconceitos não fazem sentindo pra mim, já que a literatura é o que nos liberta da ignorância real oficial.
    bjs e boas leitura em dezembro!

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  6. Olá
    Uma resenha que fala do livro como ele é Sem passar pano para os absurdos que o autor descreve.
    Como cristã só posso te agradecer por trazer a luz o que se trata realmente no livro
    As vezes somos enganadas por resenhas bonitinhas em que não se fala realmente o que se passa no livro.
    Obrigada pelo esclareçimento e passarei longe desse livro.

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