Escrever a resenha desse livro pela segunda vez está sendo para mim um imenso prazer. Deixe-me explicar: Para quem não sabe Reino dos Céus, de Drica Bitarello está completando 10 anos de sua primeira publicação, e ganhou uma nova edição, que, diga-se de passagem, veio num capricho só. Dez anos atrás fiz essa leitura bem menos experiente que nos dias de hoje, ou seja, foi como ler o livro pela primeira vez, e mais uma vez estou aqui ainda estarrecida com o tamanho do talento dessa nossa autora nacional, que literalmente coloca no chinelo muitos autores conhecidos mundialmente.
Um enredo riquíssimo em pesquisa histórica que se passa em plena Jerusalém, de 1187. Aqui conheceremos Radegund, ou apenas Raden, como é chamada durante o início da leitura. Uma mulher soldado conhecida por sua força e glórias em meio às batalhas. Ela carrega na alma derrotas profundas, e em seu corpo as marcas de lutas vencidas. Seus olhos trazem uma força incrível que causa as mais diversas reações, desde o respeito ao ódio.
Seu destino se cruza com a meiga e doce Leila, aquela que se tornará sua amiga e protegida. Durante uma batalha ganha o respeito e a gratidão de Mark ao salvá-lo da morte certa, e conhece também o belo Ragnar, que perde seu coração para a doce Leila assim que a conhece. Quatro personagens que seguem junto numa grande empreitada de lutas, guerras e batalhas sangrentas. O livro tem tudo que eu mais gosto num enredo histórico e ainda conta com certo misticismo entremeado às suas páginas. Uma história incrível que ainda vem carregada com muita sensualidade e cenas calientes, o que a torna ainda mais perfeita.
Os vilões da trama são perversos, tem na alma uma vilania latente que chega a dar medo. Por diversas vezes tive receio pela vida de nossos mocinhos. Para ver o quanto a narrativa é envolvente.
Fiz a leitura de Reino dos céus como se fosse a primeira vez e novamente me encantei com os cenários, as vestimentas e armas perfeitamente descritas pela autora, um trabalho primoroso de pesquisa histórica que deixa a narrativa digna de nota, inclusive eu acredito que Reino dos Céus deveria virar uma série de TV, com certeza deixaria os roteiristas de Hollywood de queixo caído.
Drica Bitarello tem o dom da escrita, deixa sua marca em seus personagens, difícil não se apaixonar por cada um deles. Radegund é a força, Leila traz a doçura que poderia faltar ao enredo, e sua relação com Ragnar deixa o leitor apaixonado, e nosso Mark traz aquela pitada de irreverência e humor que deixa a trama ainda mais rica. Ah, e claro, a presença de Saladino, o maior estrategista muçulmano que o mundo já conheceu, traz a originalidade que essa história precisava para se tornar inesquecível.
Pronto, não vou falar mais nada sobre Reino dos Céus, só quero agradecer a Drica pela chance de reler esse livro incrível, pela oportunidade única de me sentir novamente parte de uma obra de tamanha magnitude que recomendo com todas as minhas forças, hoje ainda mais do que 10 anos atrás.
Espero que o leitor que ouse adentrar nas aventuras de Radegund e seus amigos esteja preparado para deixar para traz tudo que já leu sobre a era das cruzadas, porque depois da série Radegund tudo vai ficar obsoleto, e você só vai querer ler mais dessa saga incrível.
Leia e tire a prova.
Leia e tire a prova.
1187 Jerusalém, é a Terra Prometida. Um lugar onde todos os pecados são perdoados e onde as fontes jorram leite e mel. E onde o solo é lavado pelo sangue de gerações.Há muito tempo Radegund se curvou ao seu destino. Habituada a viver nas sombras, sozinha. Porém, ao tropeçar em Leila, uma jovem sarracena, toda sua vida parece fadada a mudar. Nada mais será como antes.Vinho, mulheres, guerra. Tudo seria simples para Mark al-Bakkar se ele não fosse filho de dois mundos tão diferentes e tão iguais. E quando um jovem e taciturno soldado o salva da morte certa, as coisas começam realmente a se complicar.Das montanhas geladas para as areias escaldantes. Só um homem com um grande segredo faria um caminho tão longo. Na Terra Santa, Ragnar buscou a redenção e o esquecimento. Encontrou a guerra, a corrupção e a solidão. E também o amor.
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Leninha, sua linda! Nem imagina o quanto sua rese4nha me deixa feliz. Ter um livro resenhado por alguém que faz uma leitura tão atenta quanto a sua só valoriza meu trabalho. Muuuuito obrigada por ter topado participar. Sou uma escritora semj palavras suficientes pra dizer o que estou sentindo. Gratidão!
ResponderExcluirA experiência de ler algo pela segunda vez, com a mente mais aberta e mais sábia no quesito "ser leitor" não tem explicação. Por isso, o poder das releituras é tão importante.
ResponderExcluirEu adoro esse mergulhar no passado, ainda mais para uma época que tinha tanto a ser revelado e sim, até os dias de hoje.
A época das cruzadas, o alto nível de maldade, mas a união de quem queria fazer a diferença!
Adorei a roupagem nova e com certeza, senti aquela vontade enorme vontade ler!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Leninha!
ResponderExcluirOs romances históricos trazem essa magia da ambientação, vestuária, sociedade, lutas e toda emoção da época, é sensacional.
Acredito que ler novamente após 10 anos, deve ter trazido uma emoção profunda.
Já baixei para ler.
cheirinhos
Rudy
Olá Leninha
ResponderExcluirEu me apaixonei por romance históricos por causa dos romances de época e quando eu via que era medieval eu gostava mais ainda. Gostava não. Ainda gosto .pois acho fascinante e misterioso esse período de nossa história. Creio que um autor que escreve um livro passados em tempos táo longínquos faz um extenso e primoroso trabalho de pesquisa .
Dica anotadissma
Bjs
Corrigindo
ExcluirEu me apaixonei por esse gênero por causa dos não táo antigos romances históricos em formato de romance de banca.
Olá! Deve ter sido uma experiência incrível poder reler essa baita história depois de tanto tempo, só pela resenha deu para perceber que a autora se preocupou em nos entregar um trabalho primoroso e se dedicou bastante as pesquisas e eu que não sou boba já fui saber mais sobre as histórias e descobri que esse é só o primeiro de uma série sem dúvida maravilhosa.
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