O menino do dedo verde - Maurice Druon

Você já imaginou se o seu polegar pudesse tocar em tudo e transformar em flor? Como seria sua vida? O que o mundo faria com você, como passaria a te enxergar? Se você pudesse mudar o rumo de guerras, se você pudesse transformar tiros em brotos, se você pudesse fazer nascer as mais belas rosas em lugares inimagináveis?

O menino do dedo verde é um convite à imaginação. Através da inventividade Maurice Druon ao criar Titsu, o protagonista dessa história, somos todos convocados a tomarmos parte desse romance que cria e recria metáforas através do desejo de tornar o mundo um lugar melhor. Será possível? Tocar em coisas, no concreto, em qualquer lugar que seja, e fazer nascer pedaços de esperança em forma de flor?

O livro é todo movido por essas perguntas. Inocentando o leitor de um jeito bonito e singelo, o autor personaliza em Titsu essa ânsia por combater violência com amor. Ao descobrir seu polegar verde - sem explicação, mas com uma efetividade assombrosa - Titsu explora seu dom dos jeitos mais inusitados possíveis: faz nascer flor em armas, nas paredes de prisões, em canhões; transforma sua pequena cidade (seu pequeno reino) em um lugar bom de uma forma tão singela que toca no nosso íntimo. E no íntimo do nosso ímpeto.

De certa forma, o romance guarda certas semelhanças como clássico O Pequeno Príncipe. De fatos, ambos são livros franceses e ambos tratam de temas fortes através de uma linguagem metafórica e palatável. Mas, O menino do dedo verde é também um livro único, incomparável, que por si só tem uma força e potência que deve ser experimentada como uma pequena pérola - com um poder gigantesco de simplificação das violências que nos incorrem diariamente.

Uma fábula infanto-juvenil que trata do amor ao outro, do combate ao encarceramento desumano, da luta contra a "morte matada". É um livro que nos dá esperança - e com um final surpreendente devastador (de um jeito bonito, que faz os olhos lacrimejarem).

Sem dúvidas uma indicação que merece ser apreciada! Se lido com crianças então... Que bom que livros assim existem para tornar o mundo mais possível! Leiam!

Boa leitura!

Era uma vez Tistu... Um menino diferente de todo mundo. Com uma vidinha inteiramente sua, o pequeno de olhos azuis e cabelos loiros deixava impressões digitais que suscitavam o reverdecimento e a alegria. As proezas de seu dedo verde eram originais e um segredo entre ele e o velho jardineiro, Bigode, para quem seu polegar era invisível e seu talento, oculto, um dom do céu. Até o final surpreendente e singelo.

"O Menino do Dedo Verde", de Maurice Druon, tornou-se um clássico da literatura para crianças e jovens em todo o mundo e permanece atual há três décadas, sendo adotado em escolas do Ensino Fundamental todos os anos. Esta fábula trata de questões relacionadas com os conceitos de convívio social, ética e cidadania; e foi pioneira ao abordar o tema ecologia.



4 comentários

  1. Ai Ronaldo!
    Que nostalgia você me trouxe com a resenha desse livro.
    Foi o primeiro livro de verdade que li na vida por volta dos 8 anos e que saudade dessa época...
    Claro que reli algumas vezes depois, mas para mim, lembro do encantamento de tanto amor transmitido e até acredito que minha paixão por plantas e flores se deve a ele...
    Gratidão!
    cheirinhos
    Rudy

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  2. Quanto tempo não lia ou via o título desse livro. E não falo somente pela palavra saudosismo não,mas pela oportunidade única de parar e admirar cada letrinha, cada sentimento que esse livro nos traz.
    A época mais feliz de nossas vidas, eu ouso afirmar!!!
    Com certeza, já preciso reler esse grande clássico!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  3. Olá! Ahhh que antes de chegar ao final da resenha, já estava eu aqui pensando em ler com meus sobrinhos, e pelo visto não estou errada (risos). Apesar da fama do livro, confesso que ainda não tive oportunidade de ler a história, mas aproveitando esse 2020 tão diferente, vou logo tratar de mudar isso também!

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  4. Lembro de ter visto esse livro as bibliotecas quando eu era criança, mas nunca li e agora sinto até arrependimento. Mas nunca é tarde, a história é interessante e fofa e quero ler em breve.

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