Eu Avisei – Megan Maxwell

Para início de conversa eu acredito que é impossível chegar até a página 100 desse livro sem detestar nossa protagonista ou ao menos ter vontade de entrar na história e dar uns sopapos nela. Que mulher insuportável, metida, mal-educada, intransigente e supérflua. Victória é a personificação da mulher superficial, rasa de caráter e que só valoriza quem tem um bom nome, uma boa roupa, ou seja, de um ótimo nível social. 

Victória passa por poucas e boas quando decide levar sua irmã Bárbara em sua viagem de negócios, aquela que definirá sua permanência na empresa onde possui um alto cargo e que pode definir seu futuro de luxos e boa vida. Claro que essa aventura rendeu boas risadas com as situações vividas pelas duas na linda Escócia. Mas, quando Victória conhece Niall é que o caldo entorna literalmente. Os encontros entre eles é efervescência pura, uma relação literal de amor e ódio, com uma química turbulenta, que deixa a história bem dinâmica. Dá para perceber que ao longo da trama muitas brigas dignas de nota irão fomentar a narrativa, e acredito que seja esse o ponto forte da trama. 

Certo que o relacionamento entre Niall e Victória pareceu meio surreal, não imagino que haja um amor que cresce de uma maneira tão abrupta, eles têm momentos tão contraditórios que o leitor fica pensando se em algum universo paralelo algo assim possa acontecer.  Eu não acredito muito nisso. 
O livro foi escrito em 2009 então até deu para “aceitar” o assédio pelo qual Victória passa nas mãos de Niall, hoje com certeza ele seria preso. (Vou rir aqui para desanuviar o clima e não criar polêmica)

Dá para notar que é o inicio da aventura de Megan Maxwell no meio literário, e posso afirmar com certeza que ela melhorou muito durante sua trajetória de escrita. Seus livros foram melhorando a olhos vistos isso se comparar esse livro com seu último lançamento. 

Apesar de sua protagonista intragável, seu mocinho meio ogro e muitas ações e reações bem reprováveis nos dias atuais, não podemos deixar de salientar que quando foi escrita — apesar de ser a primeira obra da autora —, era meio que daquela maneira que muitas pessoas agiam. Eu vivi essa época, eu sei (Risos). 

Então entre de cabeça aberta, deixe-se envolver pela trama e tente se colocar numa realidade meio que surreal ao que estamos habituados, e ponto: O livro irá fluir e você poderá até gostar no final. 

Então é isso, eu gostei, mas com ressalvas. Minha recomendação é: Leia e tire suas próprias conclusões.

”Se eu ganhasse um diamante a cada frustração na vida, seria milionária”, pensou Victoria quando encontrou o namorado na cama com sua melhor amiga na véspera de seu casamento. Apesar dos óculos Prada, das bolsas Chanel, dos sapatos Gucci e de todas as roupas Carolina Herrera penduradas no armário, Victoria era apenas uma mulher amarga morando na melhor área de Madri.
Em meio ao caos emocional, sua empresa lhe dá um ultimato: se em dois meses ela não conseguir convencer um conde escocês a emprestar seu castelo para gravar um comercial de uma marca de relógios, eles a colocarão na rua e ela terá que abrir mão de seu estilo de vida sofisticado.
Com um fracasso amoroso nas costas e uma missão comercial difícil, Victoria segue para as Terras Altas em busca do Conde McKenna. Mas lá, além da chuva e das vacas, a única pessoa que encontra é Niall, braço direito do aristocrata que tem um plano muito específico para tratar a espanhola rabugenta.

9 comentários

  1. Já pode pegar birra de Victória sem conhecer ela?? rs
    Putz, desanima quando a personagem é assim, tão fútil e que valoriza coisas que não agregam nada. Tá, até agregam. Mas...
    Só gostei da parte do personagem ogro. Amo quando o homem é desse jeito. Não com educação baixa, mas marrento e grosso(no bom sentido)
    Por ser a primeira obra da autora, a gente espera melhoras. Mas se tiver oportunidade, lerei sim!!!!
    A capa é toda linda!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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    1. Sinta-se a vontade. Victória é quase intragável, difícil é gostar, mas depois do meio do livro dá até para engolir, rsrrs
      Um chick-lit meio sessão da tarde, legal para descontrair, se você não for neurótica defensora das mulheres e dos ogros, rsrsr
      Bjs

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  2. Oi, Leninha
    Muita gente tem comentando sobre a mocinha ser extremamente arrogante e insuportável. Eu mesma amo as obras da Mag, mas ainda não conheci esse livro e super pretendo ler, só espero conseguir terminar até o final.
    Beijo!
    https://www.capitulotreze.com.br/

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    1. Quando você conhecer a Victória vai entender o que as pessoas tem comentado.
      Espero que você curta a leitura.
      Beijos

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  3. Olá! De fato foi bem isso que aconteceu, não conseguia gostar da Victoria, eita mocinha esquisita hein, estava mais para uma vilã (nada contra os vilões até costumo ter uma quedinha por eles), quase desisti da leitura (mas como boa brasileira que sou), parei um pouco e retornei depois de um tempo, realmente a leitura melhora e até consegui sentir uma peninha dela lá para o final do livro (quem diria), mas achei todos os personagens um pouco exagerados sabe, quase caricatos, esses espanhóis gostam de uma boa briga (já tá no DNA)! Eu não sabia que esse foi o primeiro livro escrito pela Megan (decidi ler por causa dessa capa linda!), mas agora sabendo disso, dá mesmo para notar uma evolução na sua escrita (tirando esses dois livros do Eric Zimmerman, que foram lançados exclusivamente para a autora ganhar um pouco mais de dinheiro, porque enredo que é bom, Nada! #prontofalei), acredito que vale a pena ler sim, me divertir bastante com as loucuras da Barbara, e do relacionamento construído entre a Victoria e Niall, mas principalmente da relação dela com o avô dele.

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  4. Leninha, essa foi ótima: Leia e tire suas próprias conclusões. kkkk!!!! Não é um livro que vá comprar no momento, mas se chegar em minhas mãos, posso dar uma chance de leitura passatempo. Acredito que a escrita da Megan evoluiu bastante pelo que vc detalhou.

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  5. Leninha!
    Acredito que temos de ler ese livro, como lemos os romances de época, entendendo a época que foi escrita e os comportamentos daqule momento, o que não quer dizer que temos de aceitar, né?
    Acredito ter lido apenas um livro da autora e até gostei.
    Não sei se gostaria desse...
    cheirinhos
    Rudy

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  6. Então, para mim, uma leitura é isto mesmo, entrar com a mente aberta, absorver o contexto, a época em que a trama foi escrita, como eram os costumes, como as pessoas agiam... Ainda bem que tudo muda, que nós mudamos, evoluímos e aprendemos. Nunca li nada da autora (que eu lembre), mas tenho um livro dela na estante, gostaria de ler e poderia ser este mesmo, para poder opinar. Gostei da sua resenha sincera.

    Beijokas, Van.

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  7. Eu sou uma grande fã dos livros da Megan Maxwell e tinha pegado ódio pela vitória antes mesmo de ler o livro e quando eu li o livro foi aí que eu bebeirei à misericórdia. Eu deixei a leitura de lado por um tempo pois eu não tenho do Nenhum de abandonar leituras na qual não me identifico com o protagonista ou que a história não consegue me prender e foi o que aconteceu com esse livro foi uma bela decepção vinda da Megan Maxwell.

    É como diz o meme do Chaves no cinema: preferia ter ido ver o filme do Pelé

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