Mentiras Como o Amor- Louisa Reid

Audrey sabe que sua mãe está certa quando tenta salvá-la de si mesma.
Ela sabe que tem sido injusta, por isso precisa, por seu irmão mais novo e por sua mãe, seguir em frente. Audrey tenta manter todos felizes. Juntos, eles estão em busca de dias melhores.
A mãe de Audrey, à sua maneira, tenta ajudar a filha a controlar a doença para que ela possa encontrar um recomeço seguro.
Então Audrey conhece Leo, mas ele torna a vida dela realmente complicada, pois essa amizade faz com que ela deseje ousar ser ela mesma, enfrentar a vida.
Agora, Audrey precisará decidir: cuidar de sua família especialmente de seu irmão ou continuar sonhando com a vida que tanto deseja?
Mentiras Como o Amor é deslumbrante e de partir o coração. É o novo romance de Louisa Reid, a autora aclamada de Corações Feridos.

Reid, Louisa. Mentiras Como o Amor. Tradução: Ivar Panazzolo Junior. Ribeirão Preto, SP: Editora Novo Conceito, 2017. 432p. Título original: Lies like love

Cada dia me convenço mais de que vida de blogueiro não é fácil. Algumas pessoas podem achar que escrever uma resenha é tranquilo, é só ler um livro, sentar diante do PC e escrever suas impressões da história. Como seria bom se fosse simples assim. Acontece que tem histórias que simplesmente nos deixam tão impactadas, tão “de cara”, que demora dias para que você consiga escrever algo sobre ela. 
Pois é, cá estou eu, depois de 4 dias, tentando escrever uma resenha do livro Mentiras como o Amor, de Louisa Reid. Mas, devo confessar que eu já devia estar preparada para isso, porque depois de ler Corações Feridos, publicado pela autora a algum tempo atrás, eu não devia ter estranhado. 

Temos aqui a história de Audrey. Ela acaba de se mudar com seu irmão Peter e sua mãe Lorraine para uma nova cidade, para uma casa que é conhecida como Granja, cercada por um fosso por todos os lados, algo que logo de cara assusta Audrey, a oprime de uma maneira que nem mesmo ela entende.
Audrey sofre de depressão, e além do pavor que sente por água ela ainda tem uma “coisa” que a persegue e que ronda seus pensamentos de uma maneira que assusta.
Leo também não teve uma vida fácil, devido à marcação cerrada de sua mãe, ele acaba passando por sérios problemas, e mora com sua tia Sue na fazenda vizinha à Granja, para se recuperar de uma crise pela qual passou.
Assim que chegam à Granja Audrey e sua família são recepcionados por Sue, tia de Leo, seus vizinhos, e que logo tentam conhecer e criar um vínculo de amizade entre as famílias.

Já deu para notar que nossos mocinhos, Leo e Audrey tem problemas, mas a presença constante de um na vida do outro vai sanando esses males de forma gradativa, o que pode parecer bom, mas não agrada muito certas pessoas.

O livro é dividido em três partes e é contada pelo ponto de vista de Audrey, em primeira pessoa, e Leo, narrado em terceira pessoa, o que torna a leitura fluida e bem agradável de acompanhar. Durante as partes em que Audrey nos fala, o leitor consegue entender suas angustias, seus medos, e seu silêncio. Já nas partes narradas em terceira pessoa temos uma visão mais ampla, e conseguimos ver detalhes que poderiam passar batido, mas que explicam muito mais do que o leitor imagina.

Esse é um dos gêneros novos chamado sick-lit, que conta uma história um pouco depressiva, num ambiente onde o leitor passa o tempo inteiro tentando sair do estado de torpor que persiste em toda a leitura. Eu gosto de ler dramas, mas esse gênero é bem mais opressivo e carregado, acredito que esse não seja um livro que eu indicaria a todo o tipo de leitor, tenho ressalvas quanto a indicar para pessoas mais sensíveis.

A história não gira só em torno de um romance adolescente, longe disso. Aqui temos uma narrativa mais complexa, cheia de segredos, onde laços muito bem amarrados são quebrados, e onde se pode notar que o inimigo pode estar mais perto do que imaginamos. Se arrisque nessa história onde “nem sempre aqueles que mais nos amam são os que nos fazem bem”. (citação da capa do livro)

Ainda estou meio perplexa com toda a história, mas principalmente com o seu final, que além de surpreendente me deixou muito tensa e revoltada. Mas só lendo para entender o que estou dizendo. Então fica a dica: Leia e se surpreenda também com mais uma história de Louisa Reid. 

10 comentários

  1. Nossa, um final que te deixa revoltada e com tantos mistos de sentimento, é essa leitura deve ter sido sim, muito boa. Eu não sou muito interessada pelo catalogo da novo conceito, mas confesso que tem alguns atualmente que veem me chamando a atenção. Gostei de poder conferir a sua opinião sobre esse livro.

    Beijos

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    1. Uma história que fica na cabeça ainda muito tempo depois do término da leitura. O catálogo da NC pode surpreender às vezes, eu particularmente aprecio bastante, graças a ela conheci Sarah Jio, Nicola Yoon entre outras.
      Bjs

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  2. Leninha!
    Como deve ser um livro doloroso, porque uma pessoa que se mutila, deve ter o estado psicológico bem abalado e deve mesmo fazer tratamento.
    E como é bom ver que o amor de alguma forma pode curar e melhorar o ser humano.
    E ainda assim, tem alguns trechos hilários.
    Gostaria de poder ler.
    E tem razão, nós blogueiras temos de pensar muito para expressar nossa opinião em relação a leitura de um livro, principalmente aqueles que nos atingem profundamente.
    “ Lança o saber e não terás tristeza.” (Lao-Tsé)
    cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA novembro 3 livros, 3 ganhadores, participem!

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    1. O livro realmente é uma porrada, para quem não está esperando. Como eu já conhecia o estilo da autora me surpreendi mas, com mais calma.
      Leia, Rudy, e depois volta para me contar o que você achou.
      Bjs

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  3. Menina, eu tô com essa autora na lista já faz tempo.
    Sempre vejo uma coisinha ou outra, mas nunca rolou de ler um livro mesmo.
    Pela sua resenha deu para perceber que ela escreve bem o tipo de coisa que gosto de ler.
    Corações Feridos tá como uma das minhas leituras próximas.
    Adorei saber que ela continua escrevendo na mesma vibe de histórias pra colocar a gente no chão de tanto chorar (se não for pra ser assim eu nem leio hahaha)

    beijinhos,
    Ronaldo Gomes

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    1. Perde tempo não Ro, Corações feridos é ainda mais dramão do que Mentiras... Você vai se surpreender de verdade.
      Depois me conta!
      Bjs

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  4. Oi, Leninha!
    Parece que quanto mais o livro meche conosco mais difícil é colocar nossas impressões no papel, né?! É um dos motivos por eu admirar os blogueiros, fazer uma resenha não é fácil...
    Quanto a Mentiras Como o Amor, já disse antes que é difícil eu ler dramas, até arrisco mas é raro, contudo, nunca li o gênero sick-lit e dificilmente eu leria algum dia, é que não gosto de história depressiva, sou uma manteiga derretida e leituras opressivas e carregadas não é pra mim... por isso eu não leria Mentiras Como o Amor, apesar de ter ficado com uma pequena curiosidade em saber o que ou quem é essa "coisa"...
    Bjos!

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    1. Acho que você deveria dar uma chance, mesmo não sendo fã de dramas, acredito que você ficaria impressionada com o final e com a "coisa". Dê uma chance, please!!!!

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  5. Oi Leninha!
    Não sabia desse novo gênero, apesar de achar que já li algo dele. Também gosto bastante de drama, mais no caso desse livro percebo que não é só isso, a história parece carregar uma carga triste, depressiva, e sinto que isso é passado para o leitor.
    Audrey e Leo devem ter todos muitas dificuldades para conseguirem entra na vida um do outro, o romance entre eles vem carregado de outros sentimentos, deve ter sido incrível poder conhecer os dois.
    Eu entendo seu sentimento quanto a resenhar alguns livros, já li vários que não conseguia nem me expressar sobre eles, muito menos escrever!
    Beijos

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    1. Esse gênero é bem denso mesmo em sua carga depressiva, mas eu gosto quando uma história me surpreende e me toca, como essa.
      Leia Vitória e depois me conta o que achou.

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