Eu te darei o sol - Jandy Nelson

Noah e Jude competem pela afeição dos pais, pela atenção do garoto que acabou de se mudar para o bairro e por uma vaga na melhor escola de arte da Califórnia.
Mal-entendidos, ciúmes e uma perda trágica os separaram definitivamente. Trilhando caminhos distintos e vivendo no mesmo espaço, ambos lutam contra dilemas que não têm coragem de revelar a ninguém.
Contado em perspectivas e tempos diferentes, EU TE DAREI O SOL é o livro mais desconcertante de Jandy Nelson. As pessoas mais próximas de nós são as que mais têm o poder de nos machucar.

Nelson,Jandy. Eu te darei o sol. Tradução: Paulo Polzonoff Junior. Ribeirão Preto, SP: Editora Novo Conceito, 2015. 384p. Título original: I'll give you the sun. 

Essa é minha primeira experiência com um livro de Jandy Nelson, apesar de ter outro livro dela na estante — anotação mental: subir o livro na pilha. Acredito que o objetivo principal da autora ao nos contar essa história foi tocar profundamente a alma do leitor e, claro, ela conseguiu o que desejava.

Eu te darei o sol me deixou em dúvidas quanto a seu propósito, mas acredito que seus capítulos enormes e as figuras de linguagem — bastante usadas no livro —, pode ter influenciado nesse meu parecer confuso a princípio, só quero dizer que isso me incomodou logo de cara, mas nada que desabonasse a leitura, muito pelo contrário, depois que você acostuma, a narrativa flui muito bem.

Temos aqui a história contada por dois irmãos gêmeos, Noah e Jude, dois personagens talentosos em suas artes. A narrativa é feita sob a perspectiva dos dois, mas em períodos diferentes de idade. Isso pode parecer meio confuso, mas dá para entender perfeitamente tamanho o envolvimento do leitor durante a leitura.

Dois personagens com características muito peculiares. Enquanto Noah vive cheio de sonhos, é perceptível que ele busca a aprovação do pai em tudo, ou seja, senti uma carência paternal enorme nele. Já Jude é uma garota que quer chamar a atenção, uma adolescente que vive de bem com a vida. Mas é notável que algo acontece e que muda as personalidades desses dois irmãos.

Não quero falar muito da história para não tirar o encanto da descoberta, só quero frisar que assim como diz na capa do livro: O amor é apenas a metade da história, e ela deve ser apreciada e saboreada como um bolo surpresa que você só descobre o sabor comendo.

Um livro que fala sobre amor, amizade, mas, acima de tudo, fala de perdas. Perdas essas que mudam a estrutura familiar, que muda comportamentos e decisões. Um mar de sentimentos enraizados em cada página. Profunda, latente e arrebatadora, esse é o tipo de história que fica muito tempo em nossa memória. Personagens bem caracterizados, que deixam à flor da pele seus defeitos, sentimentos, erros e acertos, e impressiona o leitor com a profundidade da trama.

Foi um prazer a leitura e uma enorme satisfação conhecer a escrita de Jandy Nelson e, claro, recomendo. Não tem como não se emocionar e não ficar encantado e sensibilizado perante essa bela história. Leia!

6 comentários

  1. Adorei a resenha Leninha, meu amigo leu esse livro recentemente e também achou a história um pouco puxada no início, mas depois fluiu bem. Lerei em um futuro próximo rsrsrs. Beijos.

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    1. Alguns nem vão sentir incomodo quanto ao uso excessivo das figuras de linguagem, mas os capítulos longos podem cansar um pouco no inicio. Mesmo assim eu gostei demais do livro e recomendo.
      Leia Junior e não esquece de me contar o que achou.
      Bjs

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  2. Olá ^^

    Ainda não li o livro, mas está na minha lista e lerei em breve rsrs
    Adoro histórias de amizade e companheirismo.
    Ótima resenha!

    Bjinhos,

    http://livrosentretenimento.blogspot.com.br

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    1. Obrigada L&E, espero que você me conte o que achou depois que ler.
      Bjs

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  3. Leninha!
    Um livro que fala de amor não pode ser ruim, ainda mais quando as perdas estão envolvidas. Trazem sentimentos conflitantes.
    Livro com gêmeos me agradam muito, já que minhas enteadas são gêmeas, gosto de ler livros com o tema.
    “Sem a música, a vida seria um erro.”(Friedrich Nietzsche)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
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    1. Com certeza Rudy, se fala de amor, de qualquer forma de amor, não pode ser ruim, como não é.
      Leia e depois me diga o que achou.
      Bjs

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