Entre o Amor e a Vingança - Sarah MacLean

O que um canalha quer, um canalha consegue... Uma década atrás, o marquês de Bourne perdeu tudo o que possuía em uma mesa de jogo e foi expulso do lugar onde vivia com nada além de seu título. Agora, sócio da mais exclusiva casa de jogos de Londres, o frio e cruel Bourne quer vingança e vai fazer o que for preciso para recuperar sua herança, mesmo que para isso tenha que se casar com a perfeita e respeitável Lady Penélope Marbury.

Após um noivado rompido e vários pretendentes decepcionantes, Penélope ficou com pouco interesse em um casamento tranquilo e confortável, e passou a desejar algo mais em sua vida. Sua sorte é que seu novo marido, o marquês de Bourne, pode proporcionar a ela o acesso a um mundo inexplorado de prazeres. Apesar de Bourne ser um príncipe do submundo de Londres, sua intenção é manter Penélope intocada por sua sede de vingança – o que parece ser um desafio cada vez maior, pois a esposa começa a mostrar seus próprios desejos e está disposta a apostar qualquer coisa por eles…
…até mesmo seu coração

E mais um encosto literário dos infernos vade-retro da minha vida.
Pois é, essa macumba existe mesmo. Não sei se já aconteceu contigo, mas é comum eu ser perseguida por alguma recorrência empata-leitura em determinados livros. E tais inconveniências são tão habituais que já tô achando que é bullying.

Não, isso não é papo abstrato de gente encachaçada, te explico: até hoje, todos os romances que chegaram a moi com o título “Entre o (a) -------- e a (o) -------------” se revelaram uma grande bosta. Parece uma praga. Nenhum se salvou e, como era de se esperar, cismei com todos os nomes seguindo esse modelo. E quando fico encucada consigo expandir o significado de ‘implicância’ pra mares nunca dantes navegados.
Nem eu me aguento.
   
Maaaas, essa maldição medonha acabou de ser banida do sistema porque Entre O Amor e a Vingança é fofo, com título agourento e tudo. Bem, não que esse livro seja um “Paris, La Ville-Lumière” já que tá mais pra “Mi Buenos Aires Querido”, mas isso demonstra que, apesar de alguns poréns, gostei bastante.

A história é bonita, simpática, com partes muito boas e outras, nem tanto. Achei interessante o núcleo narrativo focar o submundo de Londres, afinal, o mocinho é dono de um “Cassino - Primeira Geração”, onde a nobraiada enfiava o pé na jaca, confiante em uma versão ancestral e londrina de “o que acontece em Vegas, fica em Vegas”.
E é nesse local e por esse local que muito da história se desenrola.

A trama é simples, mas nem por isso, chata ou ruim. Penélope e Bourne foram amigos na infância, mas em função de uma sucessão de desgraças, eles se separam por anos. E são esses anos afastados que definem o que os dois se tornaram no presente: ele, um marquês rechaçado que vive nas sombras da sociedade e dono de uma bem sucedida casa de jogos; ela, uma solteirona, vítima de um escândalo que a transformou em uma pária.

Sabe qual é o escândalo? Um duque de merda rompeu o noivado com ela por outra e quem ficou com a má fama foi Penélope. É, nem me fala. Quando eu li essa aberração, soltei um “Que?” tão altissonante que acredito em um iminente abaixo-assinado pro meu banimento do prédio.

Junte a essa bizarrice toda uma mãe sacana que a lembrava de minuto a minuto o quão “fracassada’ ela era, um pai meio doido e, acredite, um mocinho que ora a pisoteava, ora a usava como instrumento para sua vingança. Sendo que Penélope não tinha relação alguma com o que lhe aconteceu.

Juro que pensei muito no pinto dele, mas não de uma forma positiva. Minha criatividade se superou no projeto “como cortar/amassar/triturar um saco em trinta segundos”. Acho até que, depois de tantos maus pensamentos, eu deveria ser fichada como “Possível ameaça para o pinto alheio”. Ou coisa parecida.
Só acho.

Bem, aí acontece um monte de coisa, Bourne obriga Penélope a se casar com ele, mais um monte de coisa acontece, tem pegação, a mocinha deixa de ser abobada e dá uns esculachos no cara, mais um monte de coisa acontece e a impressão que temos é que meu vocabulário se resume à frase “um monte de coisa acontece”. E no final das contas, a vingança ou amor vence?
Hum??
Aí, é com você.

Recomendo?
Sim!
;)

14 comentários

  1. Acho que sacos de canalhas têm que ser devidamente massacrados por hooooras, para a vingança ser mais eficiente Tícia... Você anda amolecendo com esse mocinhos...
    Adoro suas resenhas! Sempre!
    Bjks

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Tô amolecendo, Sussu?
      tenho que aumentar minha malvadeza, então. Xá comigo. kkk
      Sempre um PRAZER ler um comentário seu. :D
      bjoooo

      Excluir
  2. Ai Tícia!
    Me acabo de rir com suas resenhas e dessa vez, resolvi lê-la comendo meu Kit Kat, delícia.
    Naquela época era assim mesmo, os homens cometiam as atrocidades e as mulheres que ficavam manchadas...e..."um monte de coisa acontece"...kkkk
    Que sina essa de entre....e o....
    Fato é que nem vou perder meu tempo lendo esse livro, mesmo que no final tenha gostado. Tenho mais livros bons para ler na frente...
    “Às vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido.”(Fernando Pessoa)
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    Participe no nosso Top Comentarista!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Nossa, Rudy...
      Kit Kat é gostoso... e eu de dieta. Morra, Kit Kat!!!!!!!!!! kkkkkkk
      Ainda bem que eu não nasci naquela época, eu seria o próprio escândalo em pessoa.
      Mas o livro é bom, não é ruim não. Acho que vc devia dar uma chance a ele. :D
      bjooooooo

      Excluir
  3. Oi Tícia! Este livro vem depois da série Love by Number, são três livros e a Penélope é a noiva do duque cujo livro é o terceiro, todos estes livros são ótimos, fofinhos, e a gente não consegue largar, Adorei bastante da série Love by Number (todas as mocinhas são fortes e decididas) e quero ler a continuação que lá fora se chama O Clube dos Canalhas. Se vc lesse os anteriores a este não diria um duque de merda para o Simon que deixou a Penélope, porque o romance foi lindo e muito divertido! E achei legal que a autora fez um livro para a Penélope.
    um abraço, Isabela.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Torie.
      POis é, fiquei sabendo desse livro do "duque de merda" e, no final, ele não é tão merda assim. rsrs
      Vou dar uma chance, vai que eu deixo de achar ele um FDP, né? :D
      bjoooooooo

      Excluir
  4. Li este livro. Sou uma apaixonada por romances de época.
    "Entre o amor e a vingança" não é o título original. No Brasil, todos os livros ultimamente tem títulos como este "entre alguma coisa e outra coisa"; parece que esta na moda. Melhor seria traduzir o título original.
    Amei muito este livro, apesar de ter lido um pdf sofrível, este livro é lindo. Pretendo comprá-lo e ler novamente, desta vez com mais gosto e prazer.
    Tícia, faço questão de ler todas as suas resenhas, você é fenomenal!
    Bjs,

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Verdade, Laura. Parece que tá na moda mesmo e todos que li não gostei.
      Ou é bullying ou é praga de alguém. rsrs
      Realmente, é uma história bonita. :D
      Brigadão. ;)
      bjooooo

      Excluir
  5. Ainda bem que o livro do duque de merda já foi escrito, se dependesse da Ticia o duque estaria eunuco. "Juro que pensei muito no pinto dele, mas não de uma forma positiva. Minha criatividade se superou no projeto “como cortar/amassar/triturar um saco em trinta segundos”. Acho até que, depois de tantos maus pensamentos, eu deveria ser fichada como “Possível ameaça para o pinto alheio”. Ou coisa parecida.
    Só acho." kkkkkkkkkkk #psicopatadepinto

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois é, Patrícia.
      Que esses mocinhos andem na linha. Tenho pena não.
      E o duque de merda me falaram que não é tão merda assim. Vou ter que ler pra averiguar. :P

      Excluir
  6. Tícia, a cada dia você se supera nas resenhas, é uma comédia que eu leio com muito prazer. Gostei de saber que pelo menos a mocinha deu uma rebelada, será que ouviu seus apelos?
    Bjs, Rose

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Brigadão, Rose,
      Sempre muito gentil. ;)
      Deve ter ouvido sim pq, resmunguei, viu? kkkkk
      bjoooo

      Excluir
  7. Aiiiiii Ticia, pensar em uma maneira como acabar com o "dito cujo" do mocinho... só podia ser você. Estou rindo até agora...kkkkkkkk Ameiiiiiiiii a resenha e apesar dos pesares vou procurar saber mais sobre esse livro.

    Beijo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Nathalia.
      Brigadão. :D
      No mundo, a gente tem que ser criativo. kkkkkkk
      bjooooooooo

      Excluir

Seu comentário é sempre bem-vindo e lembre-se, todos serão respondidos.
Portanto volte ao post para conferir ou clique na opção "Notifique-me" e receba por email.
Obrigada!