Para cada leitor um livro... Romance de Banca.


Hoje recebemos a querida amiga Beta, do blog Literatura de Mulherzinha, que não poderia deixar de falar de outro tema que não aquele em que é especialista: romance de banca.
Um belo tema para ser debatido em que ela se baseia totalmente na sua longa experiência de leitura. Devo confessar que sou fã incondicional, não só da Beta, como também do tema. rs.

Seja bem-vinda Beta!

Ciao, sou a Beta, do Literatura de Mulherzinha e agradeço à Leninha pelo convite para participar do aniversário do Sempre Romântica. Agradeço pela lembrança e desejo longa vida ao blog e muita saúde e sucesso à Leninha.

Minha missão é falar sobre os romances de banca. Os criticados, desprezados, debochados romances vendidos nas várias esquinas, ruas e praças – sem contar os sebos – deste Brasil afora.

Se por acaso, você que está lendo é um daqueles que acha que é livro de baixa qualidade, para gente sem cultura, sem capacidade análica e sem gosto literário, pode parar por aqui mesmo. Muito obrigada pela sua atenção, mas este texto não é para você. Por um motivo simples: não importa o que eu argumente, você não vai acreditar o suficiente para reconsiderar. Então, para não perder seu tempo, obrigada e tenha uma vida feliz.

No entanto, se você está curioso ou em dúvida, permita-me um pouco do seu tempo para questionar uma coisa muito natural no ser humano: emitir julgamentos sem conhecer plenamente todos os fatos. Às vezes, na vontade de fazer juízo de valor, não se coloca no outro lado da história. E tem quem quer simplesmente estar certo, pouco importa sobre o quê e de que forma.

Primeira coisa: ler é muito bom. E quando digo ler, incluo jornal, revista, revista em quadrinhos, todo tipo de livro até bula de remédio (não recomendado se você tiver tendências hipocondríacas – com certeza, vai sentir tudo que é descrito e mais um pouco, por via das dúvidas). Reza a lenda familiar que eu aprendi a ler sozinha, depois que a #madrehooligan me apresentou as letras (a mesma lenda diz que houve uma luta inglória contra a irritante letra F que se recusava a colaborar com o aprendizado) e que, um belo dia, do nada, #madrehooligan me encontrou lendo uma oração do anjo da guarda. “Você aprendeu a ler!” Ela achou bonito ali. E morreu de vergonha quando depois, dentro do ônibus, eu saí lendo todas as placas que conseguia entender do trajeto do centro para casa. Nada como estabelecer a amizade com as letras... que anos depois definiria a minha profissão: como jornalista, dependo da habilidade de transformar histórias em palavras. A menina que lia placas se tornou leitora compulsiva, o que facilita o vocabulário, sinônimos e o uso da Língua Portuguesa.

Segunda coisa: este gênero desprezado me ajudou a entender vários fatos acontecidos em outros países, mesmo fictícios. Também me dá base para explorar personalidades e caráteres que nem sempre existem apenas no papel ou na mente de uma autora. E servem de alerta – mesmo os piores dele – para determinadas situações e padrões de comportamento dos quais quero distância na minha vida.

Terceira coisa: óbvio, não é algo uniforme. Assim como na vida, você vai encontrar livros ruins, péssimos, que você se pergunta como é que alguém escreveu e como alguma editora teve coragem de publicar.  No entanto, vai encontrar histórias que te emocionam, que prendem a sua atenção, que acrescentam algo em sua vida: seja esperança, felicidade, força, conhecimento, algumas lágrimas, algumas risadas. E até as ruins têm alguma função: volta e meia, recebo recomendações de leitores de livros que eles sabem que não vou gostar, porque simplesmente acham divertido quando escrevo por que não gostei deles. #postsmalcriadosmodeon.

Quarta coisa: qual é a cisma com a banca de jornal? É um espaço de socialização muito interessante. Encontra-se de tudo, para todas as faixas etárias – com as devidas restrições. Já comprei registros de amores platônicos e de dores de perdas precoces, sonhos de viagens que ainda não fiz, álbuns de figurinhas que penei para completar, livros para colorir que exercitaram minha criatividade, resgatei minha infância nas páginas do Pato Donald e da turma da Mônica e obras clássicas como uma edição de Os Três Mosqueteiros que não deixo ninguém tocar. Sem contar que tomei um café italiano maravilhoso e vejo a vida acontecer e passar por ali. Não tiro o mérito de nenhuma livraria, porque é praticamente um dos meus habitats naturais, só reforço que, mais importante que o local, é a forma como você o desfruta. Ou você nunca ouviu dizer que nem tudo que reluz é ouro?

Quinta coisa: “estes livros são rasos, divulgam estereótipos que condicionam a mulher em um papel inferior”. Sim, rasos muitos deles eles são. Acontece com muitas outras obras escritas por aí. Sim, são pensados em cima de estereótipos: caminho mais fácil para contar algum fato. Aposto que você mesmo já apelou para rótulos e etiquetas ao contar uma história, fofoca, causo do seu cotidiano sem tanto furor acadêmico. Agora quanto a condicionar quem lê, só faz se a pessoa quiser.  Essas histórias tiveram origem no folhetim, publicações periódicas em jornais (se não me engano, na França) de uma trama seriada. Ficaram com a fama de serem rasas, porque eram assim que as mulheres eram vistas: rasas, com atenção focada em temas fúteis ou na luta e preservação do ambiente do lar. O mundo é um lugar machista, queridos e queridas. Saia do estereótipo e veja o que acontece: seja solteira e te cobrarão um namorado, marido, namorido; esteja em um relacionamento e te cobrarão casamento; coloque a aliança e a pergunta será sobre os filhos. Os livros tratam deste sonho atribuído às mulheres: amor, felicidade, filhos. Mas sério que só as mulheres querem isso? E sério que todas querem isso? Ou seja, nunca generalize. Ou você corre o risco de acreditar que todas as virgens são burras, todas as universitárias são taradas, todo italiano é banqueiro, todo grego é milionário, todo cowboy é gostoso, que basta trocar os óculos por lentes de contato para virar Gisele Bündchen e que vai surgir um sheik a cavalo na sua porta pedindo que você seja a única rainha de seu harém.

É apenas ficção. Às vezes, até se parece com a vida real. E muitas vezes, a vida real consegue superar a mais criativa autoras destes livros. Afinal de contas, quantos “eu te amo” vazios de “te” e de “amo” você não ouviu e não disse por aí? Estamos em um mundo repleto de avanços tecnológicos e de atrasos de sentimentos. Por isso, dedicar um tempo por dia, semana, mês e ano ao ato de viver romances alheios, sem descuidar dos próprios, pareça tão incompreensível para muitas pessoas. E não compreender é o primeiro passo para ficar refém dos julgamentos feitos sem base e critério. “Não gosto porque não gosto” é tão raso e superficial... Indigno até de merecer resposta.

Por fim, a história do “livro para gente sem cultura” é outra balela, típica de quem julga do alto de sua vassoura quebrada. Primeiro porque nem vou pedir que esse tipo de pessoa me explique a visão dela de cultura. Enxergo cultura em gente que nunca pisou em sala de aula – já parou para conversar com os mais velhos? Não sabe o que está perdendo. Enxergo lição de vida em todo mundo. Cada um sabe o fardo, as dores e a alegria que carrega.  Cultura não é medida pela grife do livro/autor, mas pela forma como contribuiu na formação de uma bagagem pessoal. Tem muita cultura neste mundo de Deus que não tem uma palavra escrita – vai me dizer que não tem riqueza nem valor? Os romances de banca agradam um público totalmente distinto: da empregada doméstica à profissional com doutorado; da adolescente com aparelho e sonhos de conquistar o mundo à pessoa na melhor idade que sabe que muitas vezes o melhor não é dobrar o mundo à sua vontade, mas aproveitar o que ele te oferece. E também a muitos homens que simplesmente se divertem – ou não – com o que encontram por ali: idealizações de seres humanos em determinadas situações por um período de tempo. Cada um é dono do próprio tempo e da forma como investi-lo. Não sei o por quê de tantos se preocupam com os tempos alheios e não percebem que estão se esquecendo do próprio tic-tac.

Última coisa: não existe subliteratura. Existe questão de gosto. Tem livro que os críticos amam e que não combinam comigo. Há livros que eu amo – e provavelmente poucos vão entender. Porque gosto é assim, faz sentido dentro de contextos pessoais que, às vezes convergem, às vezes, não. Por isso, compreenda que, ao invés de impor o seu ponto de vista, o melhor é compartilhar e ampliar os próprios horizontes. Assim, mesmo que seja para você criticar, terá mais base do que aqueles que criticam por osmose, modinha ou “ouvi dizer que era ruim”. Liberdade de opinião é tão linda quando a gente a conquista, não quando finge ter.

Por isso que eu continuo lendo, analisando, recomendando (ou não) e escrevendo sobre eles. Eu gosto. E sei por que gosto. Quem não gosta, como disse lá no início, muito obrigada e seja feliz.

Bacci!!!

Beta.

50 comentários

  1. Amei, amei, amei. Até chorei, deve ser os hormônios. Toda vez que alguém falar mal dos romances de banca vou mandar vir aqui, Beta.
    Obrigada por esse texto.

    bjokas

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    1. Gente, se vocês soubessem o mau humor que eu estava quando escrevi este texto... Tinha perdido a paciência com as redes sociais, cheias de "jênios" e me reservei ao modo azedinho-irado. Aí a Leninha pediu o texto e sobrou pra ele. A vontade que eu estava era de mandar "jênios" catarem coquinho pelados no inverno da Sibéria, mas #madrehooligan me deu educação, né?
      Não me importo que falem mal, só quero que falem mal com conteúdo. Ouvir as mesmas besteiras de sempre cansa...
      Que bom que você gostou :)

      Bacci!!!

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  2. Ei Lena,

    O texto de hoje está 10 demais, arrasou.
    Nunca tinha visto um post tão legal sobre o tema, sério mesmo.
    Ri muito no começo com " obrigada e tenha uma vida feliz" hahaha.
    Eu não leio muito o gênero vc sabe, não leio nada o gênero para ser sincera, até que começaram a sair alguns em formato de livraria. Mas não é nenhum pre conceito não, e nem acho que é um gênero "inferior". É só que os romances bonitinhos de final feliz eu acho tudo igual na maioria. :P
    Aquilo de saber que vão brigar, dormir juntos, brigar, casar no final não me anima kkkk. Mas olha só , ontem eu li Só tenho olhos para você e adorei! Até chorei, tãooo lindo. Foi o primeiro que me encantou mesmo, os outros eu achei bom, mas nenhum tinha saído da nota 3. :P
    bjs

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    1. Oi, Fernanda, muito obrigada. De tanto ter que explicar para os preconceituosos, adquiri um background danado pra falar sobre os romances de banca, embora eu acho que eles não precisam ser defendidos. O mundo é muito mais amplo que o gosto de meia dúzia e todos têm liberdade para ler e gostarem do que quiserem. O que me irrita é quando os "jênios" metem o bedelho no gosto alheio e torcem o nariz. Tirando terror e ficção científica, leio de tudo. Gosto de ter livros para todos os momentos e tipos de humor :)

      Bacci!!!

      ps.: E o "obrigada e tenha uma vida feliz" foi uma forma muito educada porque eu queria mesmo era mandar para um lugar muito distante e nada cristão... Mas #madrehooligan me deu educação hahaha

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  3. Beta como sempre sensacional! *.*
    Parabéns pelo texto, quando eu escutar gente falando mal dos romances de banca vou mandar ser feliz, hahahaha.
    Leninha, mandou muito bem na escolha da colunista comemorativa :D
    Vida longa ao Sempre Romântica!

    :*

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    1. Ly, obrigada pelos elogios e pelo carinho :D
      Isso mesmo, temos que mandar os "jênios" serem felizes em seu mundinho "jenial". Gente assim faz de propósito pra te tirar do sério. Tem que ser educada e charmosa e desejar "uma vida feliz" :)

      Vida longa ao Sempre Romântica! \o/

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  4. Adorei essa postagem. Sempre achei ridícula essa elitização de leitura.Amo romance de banca desde adolescente(passei dos 30, amore). Me diverte e isso basta!! Ler esses romances de banca também me deu alguns conhecimentos enciclopédicos, me deixou curiosa sobre vários temas, como qualquer outro livro.Quanto aos esteriótipos, eles realmente estão em toda parte, não é? Há muito tempo atrás, meu sonho era ter uma biblioteca cheia desses livrinhos.Onde moro, não tem banca ao redor de 230 km, pra comprar. Era um sonho distante...Agora com a maravilha da internet, estou realizando este sonho. Eh muito romance, estou no paraíso, me deleitando com os ebooks. E esses blogs, que possibitam interagir com outras fãs.ESPETACULAR, não é?
    Texto maravilhoso.Adorei.

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    1. Ciao, Cristiane, obrigada pelos elogios e pelos comentários.
      Pois é, se cada um cuidasse da própria vida, teríamos tantas pessoas mais felizes e satisfeitas. O problema é que tem sempre umas criaturas que acham que sabem o que é melhor para todos os outros e querem forçar essas regras goela abaixo. Não tenho a menor paciência com esse tipo de seres. Não tenho mesmo. Na maioria das vezes, prefiro ignorar. Outros dias parto para a briga (menina, não queira saber o que é o modo escorpiano irado que quer partir pra porrada. Faz UFC parecer brincadeira de criança). E ainda encontro o caminho diplomático, quando tento pacientemente explicar que o mundo é maior que o umbigo das criaturas. Todos têm liberdade para ler o que gostam e ser respeitado por isso. Há livros que as pessoas sabem que eu não vou ler de jeito nenhum, não combinam comigo, mas até já comprei de presente para pessoas que sei que adoram. O mais importante é ler. Todo conhecimento é bem vindo :)

      Bacci!!!

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  5. Lindo e verdadeiro. Parabéns a todas.

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    1. Ciao, Sandra, obrigada pelo comentários e pela visita :)

      Bacci!!!

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  6. Lindo, lindo, lindo! Te aplaudindo em pé =)
    Guardarei essa postagem no coração e o link como referência para quando alguém falar mal dos meus queridinhos.
    Beijos Beta, beijos Leninha!!
    Elis Culceag. * Arquivo Passional *

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    1. :D
      Gente, fica elogiando que meu ego vai ficar se achando e virar um monstrinho.
      Obrigada, Elis, que bom que você gostou :D

      Bacci!!!

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  7. Amei o post, eu estou aprendendo a ler os romances de banca, antes nem prestava a atenção neles, mas pouco a pouco eles estão me conquistando.
    Beijão

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    1. Ciao, Liziane. Bem-vinda ao mundo dos romances de banca, pode pesquisar nos blogs, não vão faltar indicações de livros bons e histórias interessantes. São ótimos para passar o tempo e se divertir. Obrigada pela visita e pelo comentário :D

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  8. Ahhh Beta como gosto de como você usa as palavras! Que texto BOM! Sou assídua no seu blog tambem viu?! Há anos! Já enviei esse texto por email para várias amigas que gostam de romance e para que são preconceituosas também, para ver se elas se tocam e aprendem algo! rsrsrs
    Leninhaa que idéia maravilhosa esses posts por gêneros de livros! E Parabéns pelo aniversário!!!

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    1. Ciao, Maraíse, obrigada pela visita e pelo comentário. Que bom saber que você acompanha o Literatura de Mulherzinha há tanto tempo :D Sério que você mandou para as suas amigas, espero que elas gostem! E quanto aos preconceituosos, lembre-se: "tenha uma vida feliz" :D

      Bacci!!!

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  9. Nossa, gostei bastante do post e é tudo verdade! Eu já li alguns livros de banca e fiquei impressionada e quero continuar lendo com toda certeza!
    Parabéns pela postagem! Beijos!

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    1. Ciao, Divs! Obrigada pela visita e pelo comentário! Que bom que você gostou do texto e dos livros de banca. Continue lendo e avise a gente o que achou :)

      Bacci!!!

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  10. Ma-ra-vi-lho-so!!!! Beta, vc arrasou!!!! Esse link tem que ser guardado como um tesouro, para futuras referências e para ser enviado àqueles que desprezam o estilo que tanto amamos! Deu até uma emoção agora ao final da leitura! Parabéns, Beta! E parabéns, Leninha, pela escolha do tema e da pessoa certa para representá-lo!!!!

    =)

    Suelen Mattos
    ______________
    Romantic Girl

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    1. Ah, Suelen, assim que vai ficar emocionada sou eu :)
      Obrigada pela visita e pelos elogios :D

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  11. Concordo com tudo o que foi escrito acima. Excelente artigo. Parabéns! Beijosss

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    1. Ciao, Edna! Obrigada pela visita e pelo comentário :)

      Bacci!!!

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  12. Meus book do céu!!!!!!!!

    Que é isso!!! Que primazia de texto! Nunca vi nada igual! Parabéns.

    Preciso destacar:

    "Por isso, compreenda que, ao invés de impor o seu ponto de vista, o melhor é compartilhar e ampliar os próprios horizontes....Eu gosto. E sei por que gosto. "

    E.... cada macaco no seu galho....mas pode olhar o galho do outro eu deixo! kkk


    bjo

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    1. Ciao!!!! Muito obrigada pela visita, pelo comentário :)
      Pois é, cada macaco no seu galho, mas respeitando a escolha alheia :)

      Bacci!!!

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  13. Caramba, te aplaudi de pé agora de tanta emoção ao ler este post !! Adorei.
    Foi passado no texto toda minha revolta com algumas pessoas preconceituosas em relação aos romances de banca, muitas ficam abismadas quando veem na minha bolsa ou na minha casa olham minha estante o veem o espaço cativo e reservado para os meus lindos, ou até veem no meu kindle que está cheio de harlequin, como se isso fosse um pecado ou então coisa de outro mundo, e isso porque sou contadora, com mestrado e blablabla...já tenho resposta na ponta da língua e não interessa pra quem seja, pergunto sempre: Já leu? Tem conhecimento do assunto? e se eu tiver na TPM....Costuma ler alguma coisa que não seja revista de fofoca? Então pode parar!!!..parto pra agressividade sim pq é a melhor solução pra calar a boca dos ignorantes e babacas que falam mal pq ‘acham’ que não gostam ou são metidos a besta demais.
    Bjinhos.
    Josi

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    1. Josi, já ouvi tantos absurdos sobre meus gostos literários que daria pra escrever muito mais. Por isso, desenvolvi um repertório de respostas que varia de acordo com meu humor, paciência e respeito pela pessoa (incluindo a possibilidade da inexistência dos três fatores). Esse post nasceu em um dia azedinho-mal humorado, o que significa que encontrei palavras educadas para deixar bem clara a minha impaciência com a "jenialidade" alheia... Infelizmente, há dias em que gente assim consegue romper o cantinho da indiferença onde deveria hibernar e me irritar...

      Bacci!!!

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  14. Amei esse texto, tanto que compartilhei o link...
    Muito bom!

    Beeijos
    modaeeu.blogspot.com

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    1. Ciao, muito obrigada pela visita e pelo comentário!

      Bacci!!!

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  15. Amei o texto. Sério. Nem tem muito o que falar, simplesmente amei. Você disse tudo. Odeio esse pseudo-intelectualoides metidos a sabichões. Assim como me irrita gente que vira a cara só de ouvir a palavra "clássico", acho ridículo quem desmerece a literatura dita "popular". O pior nem é o não gostar, afinal gosto é gosto, mas o "não li e e não gostei" Aff.

    Muito obrigado por este texto.

    bjs!

    Thaís:)

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    1. Ciao, Thaís, obrigada pela visita e pelos comentários :)
      Pois é, a identificação com esse texto só comprova quanta gente bocó e irritante existe por aí. Menina, eu não ouço e leio de tudo, mas faço o possível pra respeitar os gostos alheios, como quero que respeitem os meus :)

      Bacci!!!

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  16. Um texto brilhante!
    E, sinceramente nunca entendi o preconceito contra os livros de banca! Aliás, já encontrei Proust, Balzac, Nietzsche, e vários outros autores nas bancas...
    Só diria que o brilhantismo do texto valoriza uma atitude descabida e sem nenhum sentido. Acredito que cada um sabe de si, e não ultrapassando o limite de respeito ao próximo, deve e pode fazer o que gosta ou quer.
    Faria, porém, um apelo: Que os nossos queridos livros de banca recebessem um tratamento mais carinhoso por parte das editoras.
    Parabéns pela lucidez e clareza com que defendeu o nosso direito de amar qualquer forma da palavra contada!
    Beijos

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    1. Ciao, Sueli, obrigada pela visita e pelo comentário. Pois é, eu também nunca entendi porque as pessoas torcem o nariz pra banca. Eu adoro. Se é leitura, tem que ser incentivada, não desprezada! :D
      Bacci!!!

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  17. Nossa eterna briga com um grupo de pseudointelectuais... Imagina como é pra uma pessoa que só lê romances de banca (salvo alguns de livraria) e que escreve sobre esse segmento... Já ouvi cada coisa, que vou te contar. Liguei aquele botão, saca? Leio o que gosto, não o que os outros querem que eu goste.

    Vc tava de mau humor, Betinha?. Aió, vai mexer com uma escorpiana com ascendente em gêmeos, vai. kkkkkkkkkkk.

    Bjs.

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    1. Ciao, Carlinha. Pois é, o tempo passa, o tempo voa e os chatos continuam testando a nossa capacidade de ser paciente. Eu também ligo o botão, mas tem dia que nem ele faz efeito.

      Menina, estava em um mau humor de atropelar gnomos. Meu melhor amigo fala que fico impossível irritada. Tem horas que sou obrigada a concordar :D

      Bacci!!!

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  18. Li muuuuuitooooooooos livros de banca todos emprestados da irmã de uma amiga minha ^^ td semana pegava uns 3 pra ler..mt bom..bons tempos qnd livros de banca eram baratinhos..mas sempre que posso pego um emprestado =D

    http://livroaoavesso.blogspot.com.br/

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    1. Ciao, Anne, eu comecei lendo os da minha prima e de uma amiga dela, até poder montar o meu acervo :)
      Muito obrigada pela visita e pelo comentário!

      Bacci!!!

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  19. Nossa!! Adorei!! Para mim não foi apenas uma defesa de livros de banca, mas do próprio gênero em si, do romance romântico. Parabéns!

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    1. Oi, Lizzy, obrigada pela visita e pelo comentário :)

      Bacci!!!

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  20. Amei o texto, Beta! É ridículo essa elitização de livros, cada um lê o que gosta e o que o faz sentir-se bem!

    Eu faço Letras e amo romances de banca. Leio outro tipo de coisa, mas nunca deixei de ler os romances, desde os 12 anos de idade (vou fazer 22, já vai fazer 10 anos, haha).

    E amo, amo, amo muito! Vou levar seu texto pra faculdade e esfregar na cara dos elitistas. Parabéns pelo texto e grande abraço!

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    1. Ciao, Camila, pois é, sempre tem chatos que acham que são "o caminho, a luz, a verdade" e que todos devem seguir tamanha sabedoria concentrada em um ser humano. Não tenho paciência. Eu não abro mão dos meus romances porque outros acham ruim. Eles acham o que quiserem e eu continuo lendo. Simples assim :)

      Bacci!!!

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  21. Beta, AMEI seu texto!!! E apesar de eu ter alguns preconceitos (não literários), preciso dizer a verdade, nunca tive com os romances de banca, desde adolescente, os leio, e me divirto muuuuito com eles, e você falou uma verdade... livros ruins há em qualquer tipo de edição e editoras.
    E nossos livrinhos de banca, de mulherzinha, são o que sempre nos atenderam em relação ao que amamos, ROMANCE de AMOR.
    Beijos,
    Cínthia

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    1. Ciao, Cínthia, obrigada pelos comentários e pela visita. Não abro mão dos meus livrinhos de jeito nenhum :)

      Bacci!!!

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  22. Livro de baixa qualidade para gente sem cultura? Na na nai na não, foi por culpa dos romances de banca que me tornei a leitora voraz que sou hoje, devo esta minha paião à este gênero literário. Amo demais por sinal!!!!

    Beijoks, Van - Blog do Balaio
    balaiodelivros.blogspot.com.br

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    1. Ciao, Van. Tem gente que fala isso tentando estabelecer divisão de qualidade sem fazer a devida pesquisa de campo. Eu também amo demais :)

      Bacci!!!

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  23. Não sei porque tanto desdém com os livros de banca.... Para começar, é uma leitura de muito baixo custo, portanto, bem mais acessível à população..... Ademais, eles trazem uma história como outra qualquer, em comparação com os livros das livrarias, que podem ser boas ou ruins, vai depender da competência do autor.... Dessa forma, nada melhor que um bom romance, não importando ser de banca ou não!!!!

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  24. Ciao, Ana Paula. Pois é, eu também não entendo, mas existe. Eu defendo a leitura, sempre. E nem me deixo levar por promessas de "grife", porque sei que nem sempre atrás de belas capas estão as melhores histórias. ;) Obrigada pela visita e pelo comentário!

    Bacci!!!

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  25. Nossa Beta, esse foi um dos textos mais lindos que eu já li sobre literatura. Sei lá, foi lindo mesmo, alguns momentos me tocou de verdade. Inclusive salvei seu texto aqui no pc, se me permite hahahaha
    Lembro quando eu li meu primeiro romance de banca. Mel Dels! Que sensação boa! Aquela história leve, gostosa, que arranca um sorriso bobo no rosto de maneira fácil... depois disso foi um atrás do outro. Romances de banca foram os responsáveis por eu ter conhecido a blogosfera (inclusive o seu blog foi um dos primeiro que acessei hahahaha). Também quando termino uma leitura mais pesada, não tem nada melhor do que pegar um romance de banca logo em seguida. <3

    Enfim, concordo com cada vírgula, amei muito. Parabéns pelo excelente texto!

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  26. Ciao, Bruna, obrigada pela visita e pelo comentário. Claro que pode salvar o texto. Que bom que ele se tornou especial para você. Os romances de banca fazem parte do meu processo de paixão por livros. Nunca poderia desprezá-los. E obrigada à Leninha por me permitir falar disso :)

    Bacci!!!

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  27. Se não as pessoas não gostam, ao menos deveriam respeitar e não menosprezar quem escreve e quem admira esse trabalho riquíssimo.
    Adorei.
    Adorei seu blog, visite o nosso, será uma satisfação. Se gostar e tiver interesse em seguir, só nos avisar que iremos retribuir com muito carinho.
    M&N | Desbrava(dores) de livros - Participe do nosso Top Comentarista

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