Divino Tormento - Mary Jo Putney

Hoje a Tícia nos presenteia com mais um resenha muito bem humorada e cheia de emoção, agora de um livro da renomada autora, Mary Jo Putney.
Quem conhece a autora sabe que ela capricha quando escreve um romance histórico e sempre merece aplausos e vivas por seus heróis e mocinhas.
Bom é isso, vamos parar de enrolação e ir direto ao que interessa. Com vocês...

Divino Tormento - Mary Jo Putney

Sinopse:
Lorde Adrian, conde de Shropshire, sabia que lady Meriel de Vere o estava enganando. Majestosa na floresta real, com seu falcão pousado no braço, ela corajosamente proclamava ser uma plebeia galesa, e não uma nobre normanda. Adrian, contudo, contemplou extasiado os cabelos negros como as asas de um corvo e os desafiadores olhos azuis, ouviu suas mentiras, e sentiu uma paixão intensa e primitiva roubar-lhe todo o bom-senso... Em um irrevogável lance do destino, Adrian deu ordens para que aquela beldade fosse trancafiada na torre de seu castelo, jurando que iria seduzi-la até que ela lhe contasse a verdade e se entregasse a ele, com beijos tão sequiosos quanto os seus... Meriel, porém, jamais cederia. Morreria se preciso fosse... Esse foi o seu juramento... Até que um inesperado arroubo de impetuosidade envolve Adrian e Meriel numa rede de tormentos que poderá pôr em risco o mais sublime dos amores...


Por onde começo?
...
...
O que eu posso falar sobre Divino tormento?
...
...

Cri...cri...cri

Eu sou uma piada, só rindo mesmo... ou jogando pedra para ver se o cérebro sacode e sai do pause.
Explico a auto-esculhambação: outro dia, lá estava eu cogitando qual o próximo livro a resenhar aqui no blog. Como minhas últimas leituras não fizeram bem a minha saúde, achei melhor escolher uma historinha leve e fofa.

Daí, fui até a minha pilha Everest e me deparei com Divino tormento. Pensei: “Que gracinha! Vai ser esse!”
Bem... estou procurando até agora a “historinha leve e fofa”. Provavelmente ela foi para o mesmo lugar onde habitam meu discernimento, minha dieta, a fada Cininho e os duendes.
De onde eu tirei que esta história seria confortável de ler?

Divino tormento arrasou comigo. Poucos romances me angustiaram tanto quanto esse porque eu não sabia o que esperar diante da imprevisibilidade da trama. Óbvio que o final feliz está ali (fui conferir na última página, só por segurança), mas no caminho até ele, o mocinho Adrian sofreu horrores com as ações extremas e inesperadas da mocinha Meriel.

A trama é intensa, apaixonada, provocativa, cheio de reviravoltas e tensão. Acho que depois dessa, adquiri uma úlcera gástrica e, provavelmente, serei a mais nova adepta do Rivotril.
Veja se eu não tenho razão...

O lugar é a Inglaterra e o tempo, século XII. Em outras palavras: feudos, guerras, religiosidade católica, pensamentos e visão de mundo diferentes do contemporâneo. E neste contexto, temos duas pessoas:
Adrian, um jovem forçado a abandonar suas intenções monásticas para herdar os negócios do pai, assassinado junto com a família por um bandidão, o antagonista da história.
Nota: A mulherada agradece. Principalmente a sortuda com quem ele perdeu a virgindade 24 horas depois que largou a batina.

Por outro lado temos Meriel, cujas aspirações religiosas também foram deixadas de lado porque ela se sentia presa no convento, afinal, era um espírito livre – uma coisa meio hippie medieval. Sendo assim, foi morar com o irmão solteiro.

Anos depois destes acontecimentos, os dois se encontram. Meriel é senhora do feudo do irmão e Adrian é um cavaleiro/guerreiro/conde temido por seus inimigos.

Com este encontro, a história dos dois se cruza: Adrian é tomado por uma incontrolável atração e não quer nem saber da ira divina. Dá uma desculpa esfarrapadíssima e arrebata a mocinha para seu castelo, prendendo-a no quartinho ao lado do seu. Adivinha pra quê? Hum? Transformá-la em amante, oras! E fala isso na lata.

Agora, imagina como reagiria uma mulher inocente, que quaaaaase virou freira, temente a Deus e cônscia de pecado? E pior: que preza a liberdade.
É...

A partir daí, começa uma guerra de vontades. Ele tenta persuadi-la de todo jeito, usando métodos variados como simpatia, charme, sedução e até mesmo força. Adrian apelou até pra solitária, mas Meriel não cede de jeito nenhum.
Quando eu falo de jeito nenhum, é de jeito nenhum MESMO.  

Você pode sentir um déjà vu porque até agora o enredo se assemelha a alguns que vemos por aí. Mas acredite, não é.
O que torna a história tão peculiar são as ações e reações de Adrian e Meriel. Adrian é um vilão ou um mocinho? Meriel é uma tapada doida ou uma vítima?

Essas respostas dependem de cada leitor. No caso de Adrian, por exemplo, taxá-lo de psicopata ou de herói romântico depende do olhar que você vai lançar sobre ele.
Eu? Poxa, me apaixonei pelo cara.
Claro que se ele estivesse mais pra Tiririca do que para Paul Walker, eu incentivaria a mocinha a pular do Grand Canyon, mas o fato é que Adrian me conquistou, além de ser tão delicioso quanto eu imagino que seja um Cheesecake Crème Brûlée.

Porém... coitado do cara. A autora conseguiu infligir a ele um sofrimento muito maior de que seus pecados e, por isso, eu li o livro tensa, muito tensa. Participar de sua agonia foi uma coisa medonha, angustiante e isso justifica a úlcera e o Rivotril.

Já Meriel foi muito exagerada. A princípio, dá para entender sua luta, mas quando Adrian começa a se redimir, ela continua reagindo com excessos e nossa! Vou parar por aqui, se não vou falar mais do que devia.

Bem, acredito que Divino tormento seja um livro que divida leitores. Alguns gostarão, outros nem tanto; uns terão ímpetos de esganar os mocinhos, outros de pegá-los no colo... sei lá.
Só sei que eu gostei. Muito. Só não entrou na lista dos preferidos porque sofri demais e tomei birra da Meriel.
É, o nome disso é “vingança infantil”.

Fora esses pequenos detalhes, valeu cada linha lida. A história é realmente muito, muito linda.
Recomendo?
Ôxi! Até de zói fechado!
; )

7 comentários

  1. KKKK

    Querida Tícia sabe vou te confessar eu raramente leio uma resenha inteira vou sempre lá no finalzinho pra pegar apenas a conclusão se o livro é bom ou não.
    Mas as suas são impagáveis e não da pra resistir leio e A D O R O...
    Amo um livro que me faz sofrer (serei masoquista?????)

    bjussssss

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    1. OI Fabíola,
      bem, dependendo do "sofrimento", vc não é masoquista não. kkkkkkk
      Se tiver final feliz, eu até aceito sofrer um cadim. Mas se o livro termina desgracentamente.... aí, eu não dou conta.

      bjooooooooooo

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  2. Tícia, sua Rivotril

    kkkk Então o titulo caiu bem? Divino tormento??? kkkk

    Menina, esse livro esta na minha lista há muito tempo e, agora, pulou a fila... acho que vou amar o mocinho pois adoro um bandidãooo kkkk

    Amei sua resenha

    bjuuuuu

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    1. "Tícia, sua Rivotril" é ótimo! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
      O mocinho é uma pessoa que não tem explicação. só lendo mesmo.
      Tb acho que vc vai gostar da história, Flá.

      bjoooooooooooo

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  3. Oi, Ticia! Super divertida a sua resenha! Adorei!

    Fiquei curiosíssima qto a este livro. Quero ler! =)
    Confesso que gosto de historia de q me fazem sofrer de agonia! haha!

    ;-)

    Bjokas.

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  4. Essa resenha está uma delícia de se ler, rs! Uau, cheguei a sentir a tensão daqui e eu já sofro de gastrite... Não sei qual é a minha, mas dependendo do humor adoro histórias desse tipo, com muito sofrimento, e não precisa ter final feliz não, rs. Esse parece ser um "prato cheio" para quem, como eu, gosta de romances históricos. Não é que já gostei do Adrian? Acho que a culpa é sua, hahaha.

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  5. Que MARAVILHOSA resenha... Adorei, super explicadinho e de um humor esplêndido. Vou ler com toda certeza. Beijos

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