Cinquenta Tons mais Escuros - E. L. James

Hoje a Tícia nos brinda com a sequência do livro Cinquenta Tons de Cinza, resenhado por ela aqui, na semana passada. Eu estava ansiosa por essa resenha, acredito que vocês também, então simbora conferir. Com vocês...

Cinquenta Tons mais Escuros - E. L. James

Sinopse:
Assustada com os segredos obscuros do belo e atormentado Christian Grey, Ana Steele põe um ponto final em seu relacionamento com o jovem empresário e concentra-se em sua nova carreira, numa editora de livros. Mas o desejo por Grey domina cada pensamento de Ana e, quando ele propõe um novo acordo, ela não consegue resistir. Em pouco tempo, Ana descobre mais sobre o angustiante passado de seu amargurado e dominador parceiro do que jamais imaginou ser possível. Enquanto Christian tenta se livrar de seus demônios interiores, Ana se vê diante da decisão mais importante da sua vida.


NOTA: Aqui estou eu, novamente, dando o mesmo conselho da semana passada. Se você se incomoda com palavrinhas do tipo “vai lavar a boca com sabão, menino!”, para de ler essa resenha e, desta vez, vai comer uma torta de limão com cobertura de marshmallow.
...
Posso ir junto?  ; )

Falar de livros polêmicos é sempre uma graça porque, de um lado, temos os defensores entusiasmados e, do outro, os opositores mais entusiasmados ainda.
Eu acho essa paixão nas pessoas muito positiva, desde que elas não caiam no tapa ou desrespeitem o alheio - algo como colocar a mãe no meio da discussão ou mandar o sujeito para um lugar de probidade questionável.

Por exemplo, olhe o que aconteceu comigo outro dia.
Eu estava tendo uma conversa agradável e pacífica sobre livros com uma amiga. Séries de cá, preferências de lá, e eu solto que gostei de Cinquenta tons de cinza.
Mininu! Em dois segundos ela passou de médico a monstro e por pouco não fui pendurada de ponta a cabeça para servir de comida a abelha africana.

Esse povo defende seu ponto de vista com afinco, não?
Mas agora que já passou o susto, estou bem.
Acho.

Cinquenta tons mais escuros...
As opiniões são tão variadas e extremas que é impossível não provocar aquela dúvida shakespeariana no leitor: Ler ou não ler? Eis a questão.
Sei como é isso, pois já estive nesta posição por muito tempo. Mas posso te dar um conselho?
Deixe a caveirinha de lado e leia. Ninguém melhor do que você mesmo para tirar a prova dos nove, concorda?

Semana passada, quando resenhei o Cinquenta tons de cinza, expus aqui minha agradável surpresa por ter gostado da história, já que esperava o pior.
Não sei se isso foi fruto da expectativa zero ou não, mas o fato é que gostei.
Mas e o Cinquenta tons mais escuros? É bom também?
Para mim foi ainda melhor.

Ah!
Então nesse caso, a Anastasia parou com os trejeitos irritantes, a deusa interior foi sufocada por um travesseiro, o inconsciente foi mandado pra Plutão, acabaram-se os malditos “puta merda” e a autora se transformou em um George R.R. Martin?
Não, para a alegria de uns e desespero de outros.

Mas eu explico o motivo da minha predileção: Cinquenta tons mais escuros é fofamente mais romântico.
Enquanto o primeiro da série foca mais a parte física da relação de Ana e Christian, ou seja, as trepadas sacanas e as sovas com chicotes e varas, o segundo destaca o lado mais emocional. O amor que lá apenas começou a nascer, aqui deixa de ser um sentimento sutil em desenvolvimento e se torna algo evidente e precípuo.

E eu, que não sou muito chegada aos romances em que o principal objetivo dos personagens é comer uns aos outros como se não houvesse amanhã, fiquei com cara de besta e um sorrisinho mais besta ainda.
Para os românticos de plantão como eu... Voilà!

Cinquenta tons mais escuros começa sua história poucos dias depois que termina o primeiro livro. Quem leu, sabe que as coisas entre Ana e Christian não terminaram muito bem. No entanto, eles acabam se acertando e a relação fica mais séria.
Então, ambos começam a se conhecer melhor e no meio desse envolvimento mais profundo, Ana vai compreendendo os porquês do lado obscuro do mocinho.

Achei muito interessante a forma como a autora elucidou, aos poucos e naturalmente, os traumas, a opção BDSM e a natureza arredia de Christian; assim como os questionamentos e dúvidas de Ana no tocante a todas as suas descobertas.

Tudo bem, eu sei que estou para a psicologia assim como jogador de futebol está para a oratória (foi mal, não resisti), mas para mim tudo soou convincente e razoável.
Contudo, mesmo que não houvesse uma explicação plausível, eu não me importaria já que meu objetivo no livro não foi entender como funciona a mente humana, mas sim, o romance.

Falando nisso, e o sexo, como fica? Os dois ainda mandam ver tal e qual um lebiste (aquele peixe tarado) ou isso mudou também?
Bem, eles até seguem o mesmo ritmo e as cenas continuam picantes e frequentes, porém estão mais afetuosas, pois Ana e Christian já não fodem; agora eles fazem amor.

Além de toda esta carga dramática e maratona sexual, ainda temos suspense, ação, ciúmes, brigas, reconciliações, mais barracos, e por aí vai.
E eu não poderia deixar – outra vez – de mencionar os e-mails.
As trocas de mensagens entre os mocinhos são ótimas porque são espirituosas, divertidas e dão uma leveza na história que, em tantos momentos, se mostra tão tensa.

Cinquenta tons mais escuros é bom, eu realmente gostei.
Como disse a Regina semana passada, em um dos comentários, “a trama não tem furos e é bem coesa”. Tudo é explicado e não há pontas soltas.
Assinei embaixo.

E como já expliquei antes, não tive problema com a escrita, mesmo porque eu sempre leio livros com narrativas em primeira pessoa me adequando às limitações etárias, lingüísticas e emocionais de quem conta a história.
Já imaginou Anastásia falando “Na hodierna data, o senhor Christian Grey e eu, a presente palradora, encetamos e finalizamos com êxito uma ação libidinosa"?
Não ia rolar. Na primeira linha eu já teria dormido, babado e sonhado com um brigadeiro.

Porém, da mesma forma como não esquentei com isso, entendo perfeitamente quem desistiu da leitura por achar a escrita ruim ou a história fraca. É o que sempre digo: gosto é igual barriga, cada um tem a sua.
E sempre vou defender a ideia de que cada livro adquire o significado que nós lhe damos, pois ele nos atinge de forma e intensidade variadas.

Recomendo?
Ôxi! De montão.

21 comentários

  1. Tícia, minha filha, estou lendo ele!
    E mencionando sua fala: "É o que sempre digo: gosto é igual barriga, cada um tem a sua." Meu amigo já dizia que gosto é igual a bunda, cada um tem a sua. (desculpe o termo chulo.
    Neste aspecto concordo com você, só lendo a gente tem uma real ideia do livro e chegamos as conclusões de se gostamos ou não. Particularmente já li livros que foram massacrados e adorei. Enquanto alguns bem elogiados não fizerem minha cabeça.
    A Ana pode ser meio chatinha e tals, mas o meu interesse é o Grey. Sempre ele, então...

    Bjus

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    1. Oi Alexis!

      O Grey é uma coisa mesmo. A descrição dele inclusive me dá fome. Não sei se vc sabe, mas homem bonito costuma abrir meu apetite. kkkkkk
      Também já li livro que ninguém gostou e eu adorei e vice-versa.
      É gosto mesmo, não tem jeito.

      Vc tá gostando do tons mais escuros ou preferiu o primeiro?

      bjoooooo

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  2. Respostas
    1. Olá La Sorcière,
      agora é só aguadar o tons de liberdade. Só quero ver o que vai dar.. rsrsrs

      bjoooooo

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  3. Olá, Tícia!


    Mais uma vez não posso deixar de elogiar sua resenha. Assim como dizem que o que é lindo tem que ser mostrado, o que é bom tem que ser elogiado, certo?rsrs... Amei a resenha sobre o primeiro livro dessa série, mas a segunda, na minha opinião, está ainda melhor. Ansiosa pelo lançamento do terceiro livro (acredito que ainda não foi lançado aqui) só para poder ler sua resenha. :D

    Como eu disse ao comentar no seu post anterior sobre a série: não creio que lerei essa série. Eu tenho gosto literário muito parecido com o de uma amiga e ela não conseguiu sequer terminar a leitura do primeiro livro. E ela estava apostando muito na série, mas se decepcionou. Não com o Grey, mas com a escrita e a mocinha da história.

    Preciso ler tantos livros maravilhosos que não me sinto preparada para arriscar ler uma série que eu posso acabar odiando.rsrs... Um dia talvez eu aposte no livro. Daqui há alguns anos, quem sabe? rsrs...


    Bjs e parabés pela resenha!

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    1. Oi Luna,
      vc é sempre um amor e fico até constrangida com seus elogios.. rsrsrsr
      Obrigada, pq eles fazem uma grande diferença.

      O terceiro livro da série, se não me engano, será publicado 1º de novembro.
      Se a Leninha não me censurar (qualquer dia ela vai fazer isso diante de tanta besteira que falo kkkkkkkk) eu vou resenhar sim. Espero que vc venha ler, será um prazer sua presença ; )

      Essa sua amiga por acaso não seria a Carla de Portugal? Pq parece até ela falando. rsrsrsrs

      Sei como é ter uma lista imensa de livros pra ler e um tempo muito curto. Daí, perder tempo com o que não nos interessa não vale a pena. Mas como vc disse, quem sabe um dia...

      Bão pra vc e venha sempre aqui me visitar, tá?
      ; )

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    2. Não precisa agradecer!

      rsrsrsrs... A Leninha não iria te censurar por escrever de modo tão cativante.:) Virei ler, com certeza!


      kkkkkkkkkkkkk... É, sim!rsrsrs... É a Carlita. Ela é minha amiga há dois anos e nós conhecemos o gosto literário uma da outra.rsrs...


      Pois é. Eu não canso de dizer que o dia precisava ter mais de 24 horas.rsrs...


      Ok! Até breve!


      Bjs!

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    3. Oi Luna,
      eu sabia que era a Carlíssima! kkkkkkk
      O que ela reclamou do livro não tá no gibi. Ainda tentei convencê-la a terminar a leitura, mas acho que se eu continuar, ela vem aki pra me pegar de supapo! kkkk
      Volte sim, será um prazer! ; )
      bjooooooo

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    4. Alguém chamou? kkkk

      A blogosfera é realmente um ovo, todos acabamos por nos conhecer. :D

      Tícia, as suas resenhas são tão boas que se eu não tivesse embirrado com essa série eu iria correr lendo. :D

      Beijão!
      E beijos à minha querida Luna. :))

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    5. kkkkkk
      Oi Carlíssima!
      POiZé, eu tava comentando com a Luna o fato de vc vir aqui especialmente me pegar de supapo caso eu insistisse em vc terminar de ler o Cinquenta tons... kkkkkkk

      Bora mundinho pequeno nisso!

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  4. A-do-rei a resenha! Simplesmente assino embaixo de tudo o que tu disseste, Tícia. A história torna-se mais profunda neste volume, mas não deixa de ter seu lado sensual e erótico. A autora soube criar um personagem cheio de 'tons' e aos poucos foi desvendando-o, mostrando os seus motivos e medos. Algo que o torna mais e mais interessante. Como não cair de amor por alguém como o Sr. Grey? Ai ai... hahaha

    Beijos,
    Samy - http://samyaquino.blogspot.com

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    1. OI Samyra,
      Bota "AI AI" nisso! kkkk
      Fico imaginando o que nos reserva o tons de liberdade... que venha o 3º!
      bjoooooooo

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  5. Sua fufuxa,

    Não falei que o 2 era melhor! E que vc ia gostar mais!??!?!?

    Amei sua resenha!!!

    Que venha o 3!!!

    Bjaoo

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    1. Oi Flá!
      O 2º com certeza é melhor. E o pior é que a gente sente falta da história depois que lê, né? Aconteceu isso com vc, mulé? Tô aki, indócil, esperando o terceiro. Que venho o Greyzão! kkkkkk

      bjooooooooooo

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  6. Amei a resenha, como sempre, vc tem um jeito encantador e engraçado de falar sobre livros.
    Eu li esta trilogia no original em Inglês e preciso postar aqui que a linguagem não é tão 'baixa' no original; ao traduzir trocaram 'introduzir' por 'meter' e assim por diante, deixando o livro mais pornográfico do que erótico rsrsrsrs
    Os livros não são bem escritos, mas a história em si é muito boa e gostei demais, apesar de não gostar de livros eróticos e de ter me 'assustado' com algumas cenas e atitudes, mas, convenhamos, Christian Grey é D+!
    bjs

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    1. Oi Noemi,
      Obrigada!
      Então a culpa é da tradução? Aqueles fanfarrões! Eu tive que agüentar aquele monte de foder, meter e similares à toa?
      Bom saber, vou citar esse seu comentário quando eu resenhar o 50 tons de liberdade. ; )
      Algumas cenas são pesadas mesmo e, COM CERTEZA, o Grey... sem comentários! kkkkk

      bjooooo

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    2. Tícia, obrigada por responder.
      A palavra que tem demais em Inglês é 'fuck', mas essa palavra virou quase uma interjeição, já, pra tudo eles falam 'fuck'...kkkkkk, mas é a mais pesada mesmo...
      bjs, querida, até a próxima resenha!

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    3. Oi Noemi,

      Imagino que o fuck deles deve ser o meu “uai”... uai!
      E é esse rai desse “fuck” que eles traduziram para as palavras mais pesadas possíveis?
      O que nós (que fugimos da aula de inglês da tia Joana) fizemos pra merecer isso?

      Bem, eu voto pra vc ficar no lugar daqueles tradutores fanfarrões!

      É um prazer sua presença por aki, Noemi. Continue me visitando sim pq aprendo muito com os comentários de vcs! ; )

      bjooooo

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  7. Eii meninas!O Sr. Grey é d + neah?!hehehe

    Oh como abre o apetite!kkkk

    Já li os 3...adorei os 50 tons de liberdadeee tb!
    Revela os traumas do Christian, partes q axei bem triste!
    Amei os livros!Mas é = vcs disseram, gosto kda um com o seu neah?!

    Bejooos gatas!

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    1. Oi Larissa,
      Grey é uma coisa!
      O tons de liberdade eu vou ver se leio essa semana. Deve ser muito bom tb!
      bjoooooooo

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  8. Este comentário foi removido pelo autor.

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