Conto: Perdendo o ar

Gostei da idéia de escrever contos e adorei a reação das amigas em relação à  isso. Por isso lá vai mais um conto escrito por mim, espero que vocês gostem.

Perdendo o Ar

Ela dorme um sono leve sem sonhos, o calor escaldante fez com que ela dispensasse as roupas pesadas e apenas uma diáfana camisola cobre seu corpo.
Uma leve brisa entra pela janela e ela acorda, se levanta e caminha até a janela.
Lá embaixo a rua está vazia a não ser por um homem que olha para sua janela. Toda noite ele está lá, no mesmo lugar, o que será que ele busca? Um perfume inebriante chega até ela, apesar da escuridão da noite ela consegue ver aqueles olhos a devorando.
Um pensamento toma forma em sua cabeça, por que não?! Por que não se arriscar, porque não dar vazão a seus sonhos?!

Sem pensar ela veste um robe, abre a porta e desce as escadas, precisa olhar naqueles olhos, precisa saber o porquê daquela longa vigília.
Um vento refrescante a toma assim que ela abre a porta. Ela então para, onde ele está? Olha de um lado para outro na rua e nada, ele evaporou como um sonho, ou seria apenas um sonho? Desiludida ela volta para seu quarto, melhor assim, ela iria cometer uma loucura pelo simples fato daquele estranho estar olhando para ela.
Ao entrar em seu quarto ela sentiu uma sensação estranha, não estava sozinha...

Vasculha o quarto com os olhos, então ela o vê. Ele é mais lindo ainda de perto, tem uma força no olhar, e que olhos, de um azul tão intenso que parece ver a alma, o perfume é tentador, mexe com os sentidos, então ele se aproxima...

Sua mão fria toca seu ombro, fagulhas percorrem seu corpo, ele toca seus lábios com o dedo pedindo silêncio, sua camisola desliza por seu corpo, quando ela vê está em seus braços, braços fortes e possessivos.
Sentia-se totalmente dominada, enlaçada, possuída por um homem que nunca havia visto, mas que com um simples toque a fez se entregar completamente.
Eles são bocas e corpos uma comunhão total de sensações, o quarto ficou pequeno, o mundo ficou pequeno, nunca dois seres se completaram tanto, e se buscaram com tanta sofreguidão.
Um ato selvagem de amor, de posse, de entrega absoluta!
Corpos suados, entrelaçados, bocas unidas, mãos que se tocam, nunca busca sem fim por prazeres inimagináveis até o gozo final.

Corpos enfim saciados, dois estranhos, que agora se medem com os olhos...
Nenhuma palavra foi dita, nenhum sinal de conhecimento, nem de reconhecimento.

Ele então se levanta pega suas roupas pelo chão, sem tirar os olhos dela. Seu olhar dizia tudo, mas não dizia nada.
Aos poucos ele se veste, se aproxima dela, beija suavemente seus lábios e se vai.
Um vazio toma conta do quarto, ela corre para a janela e o busca com um olhar, nem sinal daquele homem que invadiu sua casa, seu quarto, seu corpo, sua vida e agora deixou apenas o silêncio.
De volta para a cama ela então vê uma rosa vermelha sobre o travesseiro, uma promessa de um retorno, ela suspira e se joga na cama, com o  corpo saciado agora ela  espera por outra noite nos braços daquele desconhecido que roubou seu ar e pode também roubar seu coração.

29 comentários

  1. muito bonito Lena, você está arrasando no seus contos. =)
    beijos.

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  2. OMG... Estou sem ar aqui.
    Muito lindo amiga!! Vc escreve tão bem *-*

    Quero continuação! =)

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  3. Amiga, mas que bela escritora você está me saindo hein!!!!

    Este seu conto é o máximo, mas tadinha da menina, assim como o tal homem misterioso veio, ele se foi....rsrs. Se "aproveitou" dela e sumiu no mapa....hiuahiua.

    Beijão enorme.

    Ah, ultrapassou os 2.000 seguidores!!!!!!

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  4. Mar minina... daqui um dia tá publicando em papel!
    \o/

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  5. OMG... Estou sem ar aqui.[2]
    Amei... vc realmente deveria colocar em livro.

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  6. Que lindo, deveria publicar um livro :D
    beijos

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  7. Uau, Leninha!
    Fiquei sem fôlego!
    Muito bacana seu conto. Parabéns!
    Beijos.

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  8. Deu calor..kkkk, vc tá com a corda toda...kk
    Muito bom.
    Bjos

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  9. Aôh um estranho desse na minha janela heimmmmm ??? kkkkkkkkkkk
    Arrasouuuuuuuuu! Tem que escrever um livro amiga!
    Ficou maravilhoso..
    Bjs!

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  10. Deu calor 2. Eu quero saber se vai ter continuação e aí vc transformaria esse conto numa história. Que tal? Quem é esse homem? Eu tenho que saber... kkkkkk

    bjokas

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  11. Lena, Leeeenaaa! A-do-rei *----*
    Perfeito demais! Vou pro curso só em suspiros !

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  12. Adorooooooooooooooo!!!!!!!!!! Muito legal vc escreve muito bem ...aguardo ansiosa a continuação ...bjokasss....

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  13. Lena me deu uma vontade enorme de me perder nesse conto !! Lindo !!

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  14. Nossa eu é que fiquei sem ar!!!!!!!

    Adorei....muito bom!!!

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  15. Oi, Lena!

    Arrasou, amiga!

    Amei seu conto.

    A cada frase lida, eu prendia a respiração. Até fiquei sem ar! (risos).

    Lena, estava parecendo um dos "mocinhos" dos livros da Judith McNaught.

    Queria muito saber a continuação dessa história. Por que não se arrisca e vê no que dá. Quem sabe sai até um livro. Com esse "clima" iria ser um sucesso!

    Isso, eu garanto!

    Beijos.

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  16. O Lena,

    Manda este moço me fazer uma visitinha surpresa tbm faz favor? rsrsrs
    E para de me mandar ler estas coisas no horário comercial hauhauahua

    Adorei :)

    beijoo

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  17. Oi Lininha!
    Que texto sensual! Adorei.
    Parabéns
    Bjs

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  18. Nossa amiga, caracas quem te viu e quem te ver ! Meu Deus.. agora temos que tomar um banho de agúa fria. kkkk
    Muito bom o conto. Muié mandasse bem!

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  19. Leninha, querida, fico tão feliz quando vejo alguém descobrir um talendo adormecido. Parabéns! Continue assim.

    Beijocas

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  20. Lena muito lindo....
    simplismente adorei...
    bjokas
    daly

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  21. garota você vai longe. parabéns, bjs, Rose.

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  22. Adorei...deixa a gnt igual a personagem...com gostinho de QUERO MAIS!!!

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  23. Eita, que leitura hein? Mas voltando, você escreve muito bem, deveria reunir todos os contos e lañçar um livro, parabéns, espero poder ler os próximos, continue assim. ABRAÇOS!

    www.laerte-lopes.blogspot.com

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  24. Um amor de conto...!
    Sem falar em todo o mistério que suas palavras envolvem. O sonho da maioria das mulheres: ver surgir no inesperado da noite, no pintimo de seu quarto, a aparição cálida do homem de seus sonhos. Adoro contos em que os seres não têm nome. Isso intensifica o ar de mistério, Leninha.
    E adoro rosas, principalmente as vermelhas. O texto está coeso e possui esses tantos elementos que encantam olhos românticos, como os meus. Induz o leitor a adivinhar examente o que tem por parâmetro de perfeição. Imagina a época que mais lhe seduz.
    Adorei, vc têm talento e deve continuar se dedicando! Parabéns.

    beijinhos
    Aline N.

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  25. Leninha,

    adorei, claro !!!

    Sou fã dos seus contos, já te falei né?

    Bjos,

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  26. Depois querem que eu tome tento... Nãããã!!!
    Cadê o extintor, mesmo? ^^

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