Jantar Secreto é um livro absurdo. Em todos os sentidos! Para o leitor que vai ler ou para o que irá reler. Uma dessas obra que, pelo bem ou pelo mal, deixará sua marca.
Já falei um pouco sobre a experiência de reler livros e este, sendo um favorito, também me surpreendeu positivamente. Um Raphael sem medo de ousar, indo até os limites que a ficção o permite dentro de um universo literário rico, quase inacreditável.
A premissa é básica: um grupo de amigos vindos do interior sulista tendo que se virar em uma Rio de Janeiro caótica no meio de uma grande crise econômica brasileira. Como se manter? Pagar aluguel, contas? Não há empregos destinados à sua formação. É tudo difícil.
Até que... Um Jantar Secreto! Com carne de gaivota (imagine...)
Isso muda tudo! Depõe a moralidade do nosso protagonista Dante, que conduz a narrativa pelas fronteiras de um embate ético interessantíssimo: se comemos carne animal, podemos comer tudo? No que somos melhores? Qual o motivo de serem eles e não nós?
Com uma prosa ágil, afiada, destemida e original, o que Raphael Montes faz neste livro é de uma inventividade surpreendente, como se o leitor tivesse em mãos um enredo que, mesmo excessivo, não peca pelos excessos, os toma como uma qualidade notável.
De um humor ácido autêntico e repleto de diálogos e personagens aprofundados, sem dúvidas continua sendo a obra máxima do autor.
Boa leitura!
Um grupo de jovens deixa uma pequena cidade no Paraná para viver no Rio de Janeiro. Eles alugam um apartamento em Copacabana e fazem o possível para pagar a faculdade e manter vivos seus sonhos de sucesso na capital fluminense. Mas o dinheiro está curto e o aluguel está vencido. Para sair do buraco e manter o apartamento, os amigos adotam uma estratégia heterodoxa: arrecadar fundos por meio de jantares secretos, divulgados pela internet para uma clientela exclusiva da elite carioca.A partir daí, eles se envolvem em uma espiral de crimes, descobrem uma rede de contrabando de corpos, matadouros clandestinos e grã-finos excêntricos, e levam ao limite uma índole perversa que jamais imaginaram existir em cada um deles.













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