Quando a capa engana: a frustração de comprar o mesmo livro duas vezes

Sabe aquela alegria quase infantil de comprar um livro novo? O coração bate mais rápido, o cheiro de páginas novas invade o ar e você já imagina o momento em que vai se perder na história. Pois é. Agora imagina essa mesma alegria se transformando em uma mistura de confusão e frustração quando, ao chegar em casa e colocar o “novo” livro na estante, você percebe que… já tem ele. Só que com outra capa. E, para piorar, outro título!

Sim, aconteceu comigo. Duas vezes. 🙃

A primeira foi com "O Diário de Suzana para Nicolas", do James Patterson. Eu vi um livro chamado "Um Diário para Recomeçar" e pensei: “Olha só, nunca ouvi falar desse, parece emocionante!”(Sim, até a sinopse é diferente!). Comprei toda animada, achando que tinha descoberto uma nova história linda e cheia de sentimentos. Dias depois, ao folhear as primeiras páginas, veio a sensação de déjà vu literário: “Ué, eu já li isso!”. Fui checar… e lá estava ele, o mesmo livro, com outro título e uma capa completamente diferente.

A segunda vez aconteceu ontem com "As Suas Lembranças São Minhas", da Cecelia Ahern — que, adivinhem? Também é o mesmo livro que "Obrigada pelas Lembranças". A Cecelia é uma das minhas autoras favoritas, então quando vi um “novo” livro dela (e, diga-se de passagem, baratinho na Amazon), nem pensei duas vezes. Resultado: dois exemplares idênticos, com títulos trocados, lado a lado na minha estante, me olhando com cara de “você caiu de novo, né?”.

E aqui vai meu desabafo: as editoras deveriam avisar em letras garrafais na capa que o livro é um relançamento com título e capa diferentes! Algo do tipo:ATENÇÃO, LEITOR DESATENTO! Você já pode ter este livro com outro nome!” — seria um ato de empatia literária, convenhamos.

Mas o que fazer depois? Vender? Doar? Trocar? Eu confesso que não consigo. Mesmo sabendo que são o mesmo livro, fico com dó de me desfazer de qualquer um deles. É como se cada edição tivesse sua própria história — uma lembrança de quando o comprei, do momento em que descobri a “trapalhada”. Então deixo os dois lá, lado a lado, como um lembrete de que até nas leituras a gente pode ser enganado pelo visual.

Depois dessas experiências, espero aprender (ou pelo menos vou tentar) a me prevenir: sempre dar uma olhadinha no nome do autor, ler mais atentamente a sinopse e até pesquisar rapidinho antes de comprar, só pra garantir que não estou levando o mesmo enredo com roupa nova para casa.

No fim das contas, aprendi que o amor por livros também vem com suas pequenas decepções — mas tudo bem. Faz parte da vida de quem lê com o coração e se deixa levar pelas capas bonitas e pelos títulos poéticos.

E, sinceramente? Mesmo com esses “enganos”, continuo achando que não há frustração que apague o prazer de abrir um livro novo — ou, no meu caso, um livro novo-velho disfarçado.
Fazer o quê, né?! 




2 comentários

  1. Já passei por isso com o livro Diário de Suzana para Nicolas, foi frustrante, fiquei pensando no dindin que coloquei "fora", deu até uma raivinha no hora...

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    1. Minha sorte foi que os dois foram baratinhos, mas mesmo assim dá uma raiva enorme. Podia ter juntado e comprado outro livro "inédito", rsrsrs

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