Ler sempre fez parte de mim. Desde criança, encontrei nos livros um abrigo silencioso, cheio de vozes, personagens e mundos que me acolhiam sem julgamento. Já li para rir, para sonhar, mas também para chorar e desabafar. Porque sim, às vezes, a gente precisa de um bom livro pra colocar para fora aquilo que não consegue dizer em voz alta.
Houve uma fase especialmente difícil da minha vida — cheia de responsabilidades, cobranças, dúvidas internas — em que a literatura foi mais que um refúgio: foi cura. Meus dias eram pesados, a ansiedade apertava, e mergulhar em histórias densas me fazia sentir menos sozinha. Era como se cada lágrima derramada por uma personagem fosse, de algum jeito, uma lágrima minha também, saindo aos poucos e aliviando a alma. Nessas horas, os livros não apenas me distraíam... eles me entendiam.
Minha jornada como leitora foi sempre assim: feita de encontros. Com outros mundos, com outras dores e alegrias, com pessoas que eu nunca vi e que, de repente, pareciam minhas melhores amigas. Cada livro é uma viagem — às vezes rápida, às vezes longa — mas sempre transformadora. Leio para me perder e, curiosamente, para me encontrar também. Porque quando tudo à minha volta parece pesado demais, os livros me fazem suspirar e lembrar que ainda existem coisas bonitas por aí.
E foi por isso que um dia decidi compartilhar minhas leituras. Abrir esse mundo que sempre foi tão íntimo e dividi-lo com outras pessoas. Foi então que nasceu uma nova paixão: escrever sobre livros. E com ela veio um universo ainda maior! Fiz amigos incríveis, conheci gente apaixonada por literatura como eu, e hoje não perco uma Bienal do Livro no Rio de Janeiro ou em São Paulo — momentos em que, além de renovar a estante, eu recarrego a alma. É o nosso “Ano Novo literário”.
O blog Sempre Romântica ocupa um lugar mais que especial na minha vida. Aqui, eu sou eu mesma. É meu cantinho, meu diário de bordo literário, onde compartilho o que leio, descubro novidades, me divirto, respiro. Aqui eu celebro a leitura todos os dias, com o coração aberto e uma xícara de café ao lado.
Ler é, antes de tudo, um ato de amor. E escrever sobre isso? Ah, é continuar espalhando esse amor por aí.
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