Sob o Sol da América - Nanná Félix


Comprei Sob o Sol da América na Bienal do Livro Rio 2025, movida por um impulso que só quem ama livros vai entender. Eu estava andando pelos estandes quando bati o olho na capa — linda, delicada e intensa ao mesmo tempo — e simplesmente soube que precisava levá-lo pra casa. Porém, não foi isso que eu fiz. Chegando em casa bateu um arrependimento e acabei fazendo uma amiga que ainda estava na Bienal comprar e mandar para mim pelos correios. Na verdade eu nem sabia muito sobre a história, mas o que me ganhou mesmo foi a capa e a ambientação, já que tínhamos aqui um amor impossível vivido entre uma mulher branca e um índio, um cenário pouco explorado nesse tipo de literatura, e isso me atraiu bastante.

Para início de conversa posso definir todo o enredo com apenas uma frase: Uma história de fé, honra e amor que nasce em meio ao ódio.

A narrativa gira em torno de Eveline, uma mulher com uma fé inabalável mesmo diante da dor, da violência e das perdas da guerra. Ela é aquele tipo de personagem que a gente admira não por ser perfeita, mas por manter a esperança viva quando tudo ao redor parece ruir. Já LootaH, o protagonista masculino, me ganhou completamente. Ele é um nativo-americano com uma honra que muitas vezes entra em conflito com seus sentimentos. Seu senso de dever, de justiça, e até mesmo sua dor silenciosa, tornam ele um personagem marcante e profundamente humano.

O que mais me tocou no livro foi o cuidado com o romance. Nanná Félix não teve pressa em unir os protagonistas — e isso fez toda a diferença. Ela constrói a relação entre Eveline e LootaH com muita sensibilidade, respeitando as diferenças culturais, espirituais e até mesmo históricas entre eles. Em meio a uma guerra que separa povos, famílias e crenças, nasce um amor improvável, mas genuíno. Um amor que cura, desafia e transforma.

A escrita da autora é envolvente, com um ritmo suave, quase como se ela nos guiasse pela história de mãos dadas, sem atropelar nada. Terminei a leitura com o coração quentinho, refletindo sobre perdão, fé e reconciliação.

Enfim, Sob o Sol da América é mais do que um romance histórico de época: é uma história de reconciliação, fé e coragem. A leitura me tocou profundamente, e tenho certeza de que vai ecoar em mim por muito tempo. E se você gosta de romances históricos com profundidade espiritual, personagens fortes e um desenvolvimento emocional cuidadoso, essa é a leitura que você estava procurando. 


Em uma terra devastada pela Guerra Civil Americana, onde corações humanos tentam sobreviver dia após dia, Eveline Reachenson, uma mulher forte e determinada, se vê obrigada pelo capitão Ramis Reachenson, seu irmão mais velho, a não mais trabalhar como enfermeira na guerra, sendo levada para Minnesota. A contra gosto, ela acaba permanecendo na cidade de Saint Paul, mas o que menos esperava era que em uma noite pacata, o pior viesse acontecer: sua vila é atacada por sioux, nativos americanos.
Durante o ataque, eles acabam capturando um índio ferido. Debilitado e quase sem vida, Eveline se vê frente a um novo desafio: tentar salvá-lo a todo custo, pois era o único que conhecia o destino dos que foram capturados naquela terrível noite. 
Contudo, mal sabia ela que o encontro era parte de seu propósito, parte de algo maior que o Criador destinou para a sua vida. Principalmente quando, depois de meses, Eveline é capturada pelos sioux, tornando-se escrava do mesmo índio que um dia havia salvado.

2 comentários

  1. Mesmo com um romance cristão assim, com tantos sentimentos e emoções, fiquei atenta ao nome da Editora rs
    A Renovação Carismática vai "comandar" o Kairós na nossa paróquia em breve e o Padre disse que deixará mais detalhes.
    Sei que é algo grandioso e se puder, quero muito participar!!!
    Já o livro? Claro que preciso sentir!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel

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