☕ Há muito tempo não me deparava com um livro tão doce, singelo e delicado quanto “Chocolate quente às quintas-feiras”. E com esse título criam-se na cabeça várias imagens de uma história que nos surpreende a cada nova página lida.
É difícil expressar em palavras o quanto essa obra me tocou, com sua maneira de abordar algo tão simples, mas ao mesmo tempo tão profundo. O livro apresenta diversos personagens, todos entrelaçados por um fio condutor que, embora comum, é absolutamente inovador: o poder do conhecimento. Se isso parece confuso, tentarei esclarecer.
A narrativa se inicia em um encantador café chamado Marble, que é administrado por um homem que se autodenomina "Mestre". Ali, somos apresentados a alguns personagens, e esse emaranhado de vidas se entrelaça de forma que nos permite descobrir a história de cada um deles e suas conexões com aquele espaço, com as pessoas que o frequentam e com aqueles que os cercam.
A forma como a autora conecta os personagens é tão cativante que envolve o leitor de maneira surpreendente. De repente, você se recorda de que aquele personagem foi mencionado, e que ele conhece alguém que, por coincidência, possui uma lojinha ao lado do café, e assim por diante. Deu para entender ou compliquei ainda mais?! (Risos)
Para tentar ilustrar: Risa encontra um casal em Sydney que está celebrando cinquenta anos de união, e que ganhou essa viagem da filha, que por acaso é estilista de lingeries. Risa ainda não sabe que a calcinha azul que usou no seu casamento foi criada por essa estilista, e quem a adquiriu foi sua amiga Yasuko, que, curiosamente, é professora na mesma escola de Ena, a educadora de Takumi, filho de Asami, que costuma frequentar o café Marble... E a lista continua. Pode até parecer complicado, mas a beleza deste livro está em descobrir as ligações e interações entre os personagens e suas histórias.
Estou encantada com a sutileza deste romance, que foge de qualquer clichê, sendo único e, ao mesmo tempo, remetendo a várias histórias que já encontramos por aí.
Não posso deixar de mencionar que, por conta do meu hábito de antecipar um drama ou uma tragédia ao ler, vivia na expectativa de que algo negativo acontecesse. Contudo, a cada página minha esperança no bem era renovada, felizmente.
Chocolate quente às quintas-feiras é uma obra despretensiosa, com apenas 160 páginas, mas imensa na sua capacidade de fazer o leitor se apaixonar.
Não tem como não recomendar com ênfase no: Leia logo! ☕
Escondido à sombra das cerejeiras que margeiam um pequeno rio, o Café Marble tem apenas três pequenas mesas de madeira e um balcão. Mesmo assim, os clientes encontram ali um refúgio de paz.Uma mulher misteriosa vem todas as quintas-feiras e escreve longas cartas enquanto toma uma xícara de chocolate quente. Uma executiva bem-sucedida se sente insegura em seu papel de mãe. Uma jovem professora espera encontrar significado em seu trabalho.Envoltas na atmosfera acolhedora do café, essas e outras pessoas refletem sobre palavras não ditas, sobre amor e amizade, sobre medos e escolhas, encontrando nesse lugar reconfortante a inspiração para seguir em frente.De Tóquio a Sydney, este romance entrelaça doze fragmentos de vida com delicadeza e sensibilidade. Personagens vistos de relance numa cena se destacam em outra como protagonistas; elementos e símbolos ressurgem aqui e ali, conectando histórias numa aquarela de ternura e esperança.
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirEssa é a minha leitura do momento, e concordo com você, é uma história que nos toca apesar da simplicidade. Eu tive uma experiência anterior com outro livro da literatura de cura e acho que não consegui visualizar o propósito durante a leitura, então nessa segunda história, tô conseguindo aproveitar mais da temática e o estilo de desenvolvimento. Espero terminar ainda hoje. Beijo!
https://www.capitulotreze.com.br/
Estou doida pelo outro livro da autora "A Biblioteca dos sonhos secretos" lançado pela Sextante. Acredito que você vai amar o final desse singelo livrinho enternecedor.
ExcluirBeijokas