Eu assisti... Um Ninho para Dois


Sabe aquele filme que te escolhe?! Que zapeando pela Netflix já te chama a atenção pelo cartaz e que nem é preciso ler a sinopse para decidir assistir?! Foi assim com Um Ninho para Dois: um chamado. Era como se eu precisasse assistir esse filme, primeiro que adoro a Melissa McCarthy, uma atriz que tem sua veia no humor, mas que consegue fazer chorar ao mostrar sua luta em busca da cura do luto, que carrega pela perda de sua filha Katie.

O filme é mais ou menos isso:
Em Um Ninho para Dois, o bebê de Lilly (Melissa McCarthy) e Jack (Chris O'Dowd) morre, levando-o a uma internação em uma clínica de reabilitação devido ao sentimento intenso de tristeza. A esposa fica em casa sozinha e decide construir um jardim para ajudar o marido quando ele voltar para casa. Ela então passa a ser atormentada por um pássaro agressivo e decide procurar um veterinário para saber como se livrar do animal de forma humana. O profissional que a esposa encontra costumava ser um psiquiatra, mas largou tudo para ajudar os animais, e acaba dando conselhos inesperados.

O filme fala sobre o luto e de como ele é sentido por um casal que não se conforma em ter perdido de forma tão inesperada sua filha ainda bebê, como resultado de SMSI (síndrome da morte súbita infantil).

Eu já passei pelo luto de um filho e sei o quanto é difícil, doído, dilacerante. É um vazio que nunca se preenche, mas graças a Deus eu tive ao meu lado um marido que viveu seu luto calado, e me ajudou a “superar”, a aceitar a vontade de Deus, vivendo um dia depois do outro e entendendo o porquê de um tempo tão pouco de nosso filho ao nosso lado. Talvez por isso eu tenha entendido tanto o que acontece com Lilly e Jack, as emoções sufocadas, os atos impensados, o choro contido, a dor, enfim, tudo que a perda de um filho acarreta na alma de quem perde.

Um Ninho para Dois é de uma sensibilidade tocante, traz uma metáfora na forma de um passarinho territorialista e genioso que tumultua a vida de Lilly e a faz refletir sobre tudo pelo que ela está passando, sozinha, por que Jack está internado em reabilitação, vivendo seu luto de outra maneira.

Um filme que te fará refletir, que deixará o telespectador triste, mas ao mesmo tempo feliz e satisfeito com os caminhos que esse casal irá tomar vivendo seus lutos. 

Para quem curte esse tipo de filme que traz personagens que estão no fundo do poço e que se erguem pela força do amor e com a cura do tempo, eu recomendo muito Um Ninho para Dois.

5 comentários

  1. Leninha!
    Ainda não tive 'coragem' de assistir esse filme. Sempre imaginei que seria bem doloroso, mas pelo que comentou, parece que conseguem superar e tem um final feliz para o casal.
    Vou procurar para assistir.
    cheirinhos
    Rudy

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  2. Leninha, o luto é um daqueles temas que não tem como fugir na literatura, muito menos na vida, né? É algo que nos acompanha e faz parte do curso natural dela. Simplesmente, nunca tinha ouvido falar desse filme até ler sua presente resenha e simplesmente amei, mas imaginei através das suas palavras a dor e o senso de conquistar o tão sonhado foco no presente, não deixando para trás quem amamos, mas tomamos o curso que eles desejariam se estivessem entre nós outra vez. Acho que isso intensifica quando é o nosso filho ou um filho para ser (digo assim em frente há tantos problemas com mortes súbitas de recém-nascidos) e é um impacto que levamos por toda a vida. Sinta-se abraçada fortemente pois seu relato e sua relação com o filme deram tom a toda a sua resenha e o quanto o filme em si é um "must-watch" para todo mundo, pois é algo que está intrínseco as nossas vidas. Gosto muito de falar sobre esse tema aqui nas suas resenhas, é algo que sempre me desperta lindas e potentes reflexões. Obrigada por isso, vou assistir com certeza! Cheirinho de livro novo :)

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  3. Olá! Eita que definitivamente esse é daquele tipo de filme em que a gente vai precisar de um lencinho para fazer companhia, só pela resenha já deu para sentir um pouquinho da emoção que ele carrega, mas confesso que no momento fugirei dele, pois não quero desidratar não.

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