Todo leitor vive de fases.
Eu, por exemplo, já tive meus momentos de romance melequento, de comédia raiz, de terror nível dormir-só-com-luz-acesa, de thriller que precisava vir com bolinha antiestresse e agora me encontro numa fase drama/angústia.
Porém, há de se ressaltar que esse “drama” vem com inegociáveis ressalvas: não leio nada com o triângulo amoroso ou final desgraçado.
NADA.
Fujo dessa bosta como fujo de tofu, alcachofras e chicória.
Daí, pensei: qual tema seria suficientemente dramático, mas não tão agourento ao ponto de escangalhar meu sistema nervoso de maneira irreversível?
Respondo: traição e/ou relacionamento chafurdado na merda.
Pois é, cada doido com sua mania.
Aí, cheguei em The girl in seat 24B.
Sabe uma história que você simpatiza de cara com a mocinha, mas agarra numa hostilidade colossal pelo mocinho, na mesma proporção?
Resumo:
Mocinho cisma que a vida de pai e marido tá cagada e avisa esposa que vai pro mundão, rodar o país como repórter. Todavia, pra efetuar seu brilhante plano, terá de deixar ela e os filhos à deriva.
É nesse EXATO momento que meu ranço se instala com a força de mil sóis.
Mocinha e eu ficamos chocadas, mas mocinho-bosta tá nem aí, sai de casa e que morra.
Porém, como a vida é uma caixinha de surpresas encapetadas, mocinha-gente-boa descobre que tá grávida de marido-satã, mas resolve não falar com satãzinho por motivos óbvios.
É nesse EXATO momento que eu comecei a pesquisar sobre vodu.
Prenhe e com duas crianças confusas que obviamente não entendem o conceito “crise de meia idade”, mocinha-precisa-ser-canonizada se sente perdida/aturdida no meio de tamanha sacanagem conjugal , visto que capeta-man deixou o relacionamento no ar.
Sim, no pensamento egoísta do bosta: se desse certo, #partiumundão; se desse errado, volta pra casa e vida que segue.
É nesse EXATO momento que eu entrei na deepweb pra descobrir como esconder um corpo.
Daí, a gente vê uma profusão de cenas que te emputecem porque mocinha tenta equilibrar filhos confusos X marido-que o diabo-o-carregue que, por sua vez, acumula cagada a todo instante. Pois é, o único ser humano maduro que considerava o impacto dessa merda nas crianças era ela.
Mas mocinho-do-c_____ decide que filhadaputagem não tem limite e inferniza a mulher com telefonemas aqui e acolá com o mantra “não era minha intenção te machucar”.
É nesse EXATO momento que eu entendi que a darkweeb me atenderia melhor.
Passa o tempo, permaneço putíssima, mais drama, mais ranço e no fim tudo se resolve.
Se eles ficam juntos?
Se ele tem o pinto decepado?
Se ele se redime?
Vou falar nada.
Se eu sofri, você também vai.
O pior?
Gostei da história.
😉
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Acredito que seja um livro super interessante de ler
ResponderExcluir.
Cumprimentos … feliz fim de semana
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Chicória não? rs amo, aliás, tudo que desce amargo, é comigo mesma. Meu apelidinho carinhoso não é limão por pouca coisa não! rs
ResponderExcluirMas isso desse homem sair, fazer inferninho, deixar a "pobi" num momento delicado, me faria facilmente perder o réu primário.
Que enredo louco,mas eu adorei!!!! rsrsrsrs
Como não conhecia o livro, claro que já vou procurar saber mais sobre ele.
(mas vou continuar imaginando o piu piu cortado)
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Olá! Mulher como assim?! Volta aqui, você precisa me esclarecer algumas coisas (risos), mas gente, esse é aquele tipo de livro que você que vai passar raiva, mesmo assim, precisa encarar, ainda mais quando ficam tantas dúvidas no ar, então preparada ou não, lá vou eu (risos).
ResponderExcluirTícia!
ResponderExcluirCom um "mocinho satã" desses, nem dá tesão de ler, né?
E ao mesmo tempo, a enorme curiosidade entra na balança e deixa tudo em desequilíbrio: ler ou não ler, eis a questão.
Pior que você gosta de judiar, né? Por que foi ler um livro em inglês e ainda traz uma resenha dessas? Malvada.
cheirinhos
Rudy