Esqueça tudo que você já leu de Colleen Hoover; certamente esse livro é um ponto fora da curva. Não necessariamente ruim ou bom, mas, sem dúvidas, desafiador (acho que tanto para a autora quanto para os seus leitores mais ávidos). Assemelha-se, até certo ponto, com a tensão narrativa de Verity. Para os desavisados, contextualizo a premissa e a espinha dorsal da narrativa.
Layla, nome da protagonista que dá título ao romance, é uma jovem excêntrica, curiosa e encantadora. No dia do casamento da sua irmã, no qual foi madrinha, ela conhece o também encantador e misterioso Leeds Gabriel, que toca em uma banda mais pelo amor verdadeiro à música que pela necessidade ou senso de pertencimento àquele grupo.
Pelo mal ou pelo bem, os dois se encontram... e se apaixonam. Em uma troca de olhares e poucas palavras, os dois estabelecem uma conexão irreprimível (oi, Colleen, a gente te ama por criar casais absolutamente ótimos, tá?!).
Alguns meses depois, com uma sugestiva ascensão na carreira dele, algo inesperado acontece. Um acidente que fará com que o relacionamento deles mude. E uma mudança abrupta, sentida. Tentando salvar a relação, resolvem voltar para uma isolada pousada, local onde se conheceram e se apaixonaram.
A partir desse ponto a história se desdobra guiada por acontecimentos paranormais. Ao tempo em que tenta recuperar o amor de Layla, Leeds precisa lidar com coisas que até então pareciam inexistentes para ele; mais que isso, completamente impossíveis e inacreditáveis, beirando a descrença em sua própria sanidade.
A narrativa se desdobra em duas linhas do tempo, o que dinamiza a história; uma escolha acerta e campo fácil pra autora, que já explorou esse recurso em outros livros seus. Muita coisa no livro parece – e é inaceitável! – e ele levanta discussões interessantes sobre espiritualidade (paranormalidade, mas não deixa de atingir também a questão espiritual), violência e limites entre afeto e abuso – Leeds é um personagem super controverso e parcial; por acompanharmos a história apenas pelo seu ponto de vista, ele não deixa de ser um narrador pouco confiável (aqui senti falta de outra versão, até a da própria Layla, mas entendi que não seria possível porque estragaria todo o mistério do livro.
Muita gente torce o nariz para o livro e chegam a dizer que é dos piores da autora. Não concordo. Apesar de algumas coisas serem previsíveis, a história em si é robusta e os mistérios que guiam a narrativa se sustentam e proporcionam ao leitor bons momentos de tensão e surpresa.
Recomendo. Talvez não seja o melhor para se começar a ler Colleen Hoover, mas é incrível lê-la dentro de outros gêneros.
Boa leitura!
Como eu li poucos livros da CoHo,mas me centrei em Verity, ouso dizer que Layla é um dos lançamentos mais desejados, até por ser sim, um desafio que acredito tenha sido para a autora, mas seus ávidos fãs que amam o drama.
ResponderExcluirEu já prefiro esse lado meio sobrenatural rs meio do frio na espinha e sinto que vou amar muito!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Olá! Esse livro me ajudou a sair de uma ressaca que eu estava dos livros da CoHo, afinal não é segredo que me decepcionei um pouco com seus últimos trabalhos, por isso resolvi dar um tempo, voltando ao livro, não achei ele cinco estrelas, foi uma leitura ok, um pouco surpreendente, mas que deixou algumas perguntas sem respostas com seu final, na minha humilde opinião, corrido. Achei Leeds um mocinho duvidoso, que teve umas atitudes bem estranhas, minha personagem favorita foi a Willow.
ResponderExcluirRonaldo!
ResponderExcluirAcho engraçado quando as pessoas gostam muito de um autor e ele acaba mudando a forma de escrita e o assunto de seus livros, e daí, não gostam.... Eles tem direito em tentar outra narrativa, concorda?
As narrativas em primeira pessoa são assim, nos dão apenas a visão de quem narra.
cheirinhos
Rudy
Olá Ronaldo
ResponderExcluirComo ainda não li nada dessa autora e nem esse fica até difícil dar uma opinião sobre esse nova narrativa dela .
Não tenho muito interesse em livros que trazem assuntos paranormais. Eu vi resenhas negativas e positivas sobre Layla e acho que muitos leitores estranharam que a autora trouxe um assunto bem difetente do que ela escreve .
Dos livros publicados pela autora tenho interesse em ler Verity.
Bjs