Seremos para sempre românticos


Confesso que não foi algo fácil esse tema que a Leninha sugeriu para o aniversário do blog, mas me mantive firme e aqui está. Parabéns por mais um ano, Sempre Romântica! 

O ser humano já tem dissecado e se debruçado sobre o ser romântico há muito tempo. Já os antigos mestres se sentiam atraídos por esse sentimento que ainda hoje nos deixa tão encantados. 

Através das artes, o sentimento romântico sempre encontrou uma forma de se infiltrar nas produções artísticas. Quer fosse com as representações de suas musas inspiradoras nas pinturas e esculturas, quer fosse eternizando seus sentimentos mais profundos nas linhas dos livros.

E essa “mania” de tratar dos anseios amorosos do ser humano se perpetuou. Na “Arte de Amar”, do romano Ovídio, o autor já apresenta a obra como um guia para o romance. “Caso qualquer um não conheça a arte de amar, deixe que leia-me; e ensinado por mim, em lendo minhas linhas, deixe-o amar”.

Pulando no tempo, durante a Idade Média, surge então Dante, aprofundando ainda mais a forma como é tratado o amor e o romantismo. Com sua Divina Comédia, o escritor italiano atravessa Inferno, Purgatório e por fim se encontra no Paraíso, com o pensamento sempre em sua musa inspiradora, Beatriz. Também no mesmo período da história, encontramos Shakespeare, com seus sonetos e tragédias, por vezes retratando um romantismo extremo, com consequências infelizes; e Cervantes, que nos presenteia com Dom Quixote, um bravo cavaleiro que mesmo em meio às suas desventuras, não tira do pensamento sua amada Dulcineia.

Contudo, é no pós-Renascença que somos bombardeados por obras cada vez mais focados no amor romântico, por vezes trágico, como é o caso d’Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, que cai vítima de uma paixão tão avassaladora que o leva a um triste fim. Da Rússia, ganhamos Ana Karênina, de Tolstói; da Inglaterra, Orgulho e Preconceito, de Jane Austen, O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brönte, Mulherzinhas, de Louisa May Alcott, entre tantos e tantos outros.

E influenciados por estes grandes mestres do passado, hoje podemos desfrutar de nomes como Nicholas Sparks, Nora Roberts, Gabriel García Marquez, e muitos mais. Podemos, mesmo em tempos difíceis, mergulhar nestas tantas obras e encontrar sempre algum ato de romantismo, alguma atitude que nos lembre que tudo vai melhorar e que ainda há muito pelo o que vale a pena viver. 

Thalles

5 comentários

  1. Olá! Acho que é justamente essa a mensagem mais importante que o amor consegue transmitir, de que tudo, apesar dos pesares vai melhorar, de que algo bom nos espera em meio a tanto caos, é o que nos mantem firme mesmo nas incertezas.

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  2. Falar de amor, de romantismo, é algo simples e algo tão complicado ao mesmo tempo que dá pra divagar por horas rs
    Mas amei a reflexão acima e vale a pena demais, acreditar no amor como a única salvação.
    O amor por si só, engloba todos os demais sentimentos e com ele, há esperança não só de dias melhores, mas também de seres humanos melhores!!!
    Amei!!!!
    E viva o Sempre Romântica!!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na Flor

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  3. Thalles!
    A meu ver traz mesmo essse sentimento de esperança, de melhora, porque o amor consegue transformação inimagináveis (seja para o bem ou não).
    Gostei muito de basear sua análise sobre o amor e o romantismo através das diversas épocas e escritores, assim podemos ter uma noção ampliada das fases, entretanto todos tem algo em comum: levam o amor a sério e mostra o quanto ele guia suas (nosas) vidas.
    cheirinhos
    Rudy

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  4. ola Thalles
    que otima reflezão que voce trouxe trazendo obras ao longo do tempo .concordo com voce ,ainda veremos muitas coisas pelas quais vale a pena viver .E o amor não envelhece ,ele se renova a cada amanhecer .cada dia é uma chance de dar amor e e o amor engloba tantas outras coisas .como compreensão ,paciencia ,empatia.etc.

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