Uma estranha em casa - Shari Lapena

Antes de começar esse livro, fui atrás de resenhas pra ver qual é e a maioria dizia que o mistério era previsível.

O que significa, nas entrelinhas, que 1) eu seria uma anta se não seguisse o fluxo do consenso ou 2) faria apenas a obrigação minimamente intelectiva se descobrisse o que aconteceu.

Sou uma anta.

Mas sério que foi tão óbvio assim? Porque eu num achei, não. Quer dizer, só lá nas últimas páginas é que eu desconfiei MESMO da coisa toda, mas no desenrolar, me afundei no vácuo criando teorias e afins.

Contudo, em minha defesa, tenho um motivo subjetivo pra não ter sequer cogitado a desgraça toda. Porém, se eu falar, você vai sacar na hora e me desejar, no mínimo, uma vasta caganeira.

Sobre a história, muito boa. Principalmente porque o estilo da autora é do jeito que eu gosto: direto no ponto, sem enrolação ou descrições e reflexões internas inúteis que só servem pra me emputecer. Soube me prender e muito.

Gostei também do fato dos personagens não serem perfeitinhos e legais o tempo todo. Esse tipo de coisa me fomenta o recalque visto que tô diametralmente oposta de ser gente boa como eles.

Enfim... livro bão.
Bão mesmo.
Recomendo pro feriado. Você vai ler numa sentada só.

Karen Krupp acorda no hospital, sem ter a menor ideia de como foi parar nele. Tom, seu marido, diz que a porta estava destrancada quando ele entrou em casa, as luzes acesas, e que a esposa provavelmente saiu às pressas quando estava preparando o jantar, pelo que ele viu na cozinha. Karen perdeu o controle do carro enquanto dirigia a toda a velocidade e bateu de frente num poste. O mais estranho: o acidente aconteceu num dos bairros mais perigosos da cidade.
A polícia suspeita de que Karen esteja envolvida em algo obscuro, mas Tom tem certeza de que não. Ele está casado com ela há dois anos, conhece muito bem a mulher. Será mesmo? Vai perguntar tudo a Karen quando chegar ao hospital, depois de dizer que a ama e que está feliz por ela ter sobrevivido, é claro. Mas Tom não obtém resposta nenhuma... porque ela não se lembra de absolutamente nada.
 

3 comentários

  1. Pra você também, um feliz feriado!!!
    Bem, eu amo um suspense, mas igual você, eu nunca descubro nada no início. rs Nem nos livros mais ingênuos do gênero. É sempre lá no fim e eu me sinto uma alface murcha lendo o que era tão óbvio.
    Este livro está na minha lista de desejados há um tempo e não vejo a hora de poder conferir ele.
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  2. Tícia!
    Acredito que por ser mais um livro voltado ao processo investigativo so que aconteceu, podemos nos sentir perdidos mesmo e não quer dizer que é uma anta não, apenas que precisava um pouco mais de atenção ao ler.
    Bom saber que as personagens não são idealizadas e estão mais voltadas pára a realidade, por não serem perfeitas.
    Fiquei bem curiosa, porque adoro esse estilo de livro.
    cheirinhos
    Rudy

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  3. Olá! Cá entre nós, estamos no mesmo time, pois eu também sou daquelas que quase nunca acerta o mistério, nem sofro mais (risos). Já tinha visto o livro, e é óbvio que ele me chamou atenção, por isso, espero sim ter a oportunidade de ler em breve, até porque estamos falando de um gênero que eu leio pouco e estou tentando mudar isso.

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