O Dia D - A Batalha que Salvou a Europa - Antony Beevor

A mais nova edição de um livro clássico sobre a segunda guerra mundial. Rico em detalhes nos mostra de forma super realista como foi a invasão dos aliados pela Normandia. A super batalha que rendeu aos nazista uma considerável derrota, e por consequência, a libertação de Paris.

Obra realizada pelo renomado historiador Antony Beevor, resultado de seis anos de viagem e de ampla pesquisa em arquivos de 14 países, o autor narra em detalhes os horrores vividos dos dois lados da trincheira. Importante investigador e estudioso da Segunda Guerra Mundial, o historiador britânico, que é sucesso de publico e critica. 

Beevor realizou a obra coletando entrevistas feitas com veteranos, o que a tornou ainda mais verossímil. Pesquisou em mais de 30 arquivos documentais de diversos países. Nos mostrou toda a crueldade da batalha, a quantidade monumental de baixas, de ambos os lados, os planos, estrategias, erros e acertos dos aliados no grande ato que libertou Paris das forças nazistas. Drama e emoção do inicio ao fim.

Foi em uma terça feira, dia 6 de junho de 1944, com o nome de Operação Overlord e com código de Operação Netuno, que se realizou a maior invasão por mar de toda historia. 

Operação Overlord foi o nome atribuído para o estabelecimento de bases no Continente. A primeira fase, a invasão anfíbia e estabelecimento de uma base de partida segura, tinha o nome de código Operação Neptuno. Para obter a superioridade aérea necessária para garantir o sucesso da invasão, os Aliados realizaram uma campanha de bombardeamentos (nome de código Operação Pointblank) direcionados às indústrias de produção de aeronaves, abastecimento de combustível e aeródromos. Nos meses que precederam a invasão, foram realizadas ações de engodo, com o nome de código Operação Bodyguard, para impedir que os alemães tivessem conhecimento do local e hora da invasão.

Os desembarques seriam precedidos por operações aerotransportadas perto de Caen, no flanco oriental, para controlar as pontes do rio Orne e a zona norte de Carentan no flanco oeste. Os norte-americanos que desembarcariam nas praias de Utah e Omaha, teriam o objetivo de capturar Carentan e St. Lô no primeiro dia e, em seguida, bloquear a península de Cotentin e, eventualmente, capturar as instalações portuárias em Cherbourg. Os britânicos das praias de Sword e Gold e os canadianos da praia Juno, iriam proteger o flanco norte-americano e tentar estabelecer aeroportos perto de Caen. Numa segunda fase, seria realizada uma tentativa para conquistar todo o território a norte da linha Avranches-Falaise nas três semanas seguintes. Montgomery previa uma batalha com cerca de noventa dias de duração, até todas as forças Aliadas terem alcançado o rio Sena.

Os Aliados planearam iniciar a invasão a 1 de Maio de 1944. O esboço inicial do plano foi aceita na Conferência de Quebec, em Agosto de 1943. O general Dwight D. Eisenhower foi nomeado comandante do Quartel-general Supremo das Forças Aliadas Expedicionárias (SHAEF). O general Bernard Montgomery foi nomeado como comandante do 21.º Grupo de Exército o qual concentrou todas as forças terrestres envolvidas na invasão. Em 31 de Dezembro de 1943, Eisenhower e Montgomery viram o plano pela primeira, o qual propunha desembarques anfíbios por três divisões com mais duas divisões de apoio. Os dois generais imediatamente insistiram que a escala da invasão inicial ser ampliada para cinco divisões, com tropas aerotransportadas, compostas por três divisões adicionais, para permitir operações numa ampla frente e acelerar a captura de Cherbourg. A necessidade de adquirir ou produzir mais embarcações de desembarque para a expansão da operação significava que a invasão teve de ser adiado para Junho. No total, trinta e nove divisões Aliadas estariam presentes para a Batalha da Normandia: vinte e duas norte-americanas, doze Inglesas, três canadianas, uma polca e uma francesa, totalizando mais de um milhão de tropas todos sob o comando britânico.

A vitória Aliada na Normandia deveu-se a vários fatores. As preparativos alemães ao longo da Muralha do Atlântico só foram parcialmente treinados; pouco antes do Dia D, Rommel reportou que a construção estava apenas 18 por cento terminada em algumas zonas devido à deslocação de recursos para outros lados. As distrações provocadas com a Operação Fortitude foram bem sucedidas, obrigando os alemães a defenderem uma longa linha costeira. Os Aliados alcançaram e mantiveram a supremacia aérea, o que significou que os alemães não conseguiram efetuar observações dos preparativos em curso no Reino Unido nem lançar operações de bombardeamento aéreo. As infraestruturas de transportes em França foram fortemente destruídas pelos bombardeiros Aliados e Resistência francesa, dificultando o fornecimento de provisões e reforços. Alguns dos bombardeamentos iniciais não atingiram os alvos ou não tiveram a concentração suficiente para causar impacto, mas os blindados especializados funcionaram bem excepto em Omaha, fornecendo fogo de apoio às tropas que desembarcaram nas praias. A indecisão e um cadeia de comando complicada do lado alemão foram também fatores para o sucesso Aliado.

Nessa edição, capa dura, 592 paginas, ricamente ilustrado e de fácil leitura. Mas uma bela edição da editora Critica, que nos presenteia com uma obra indispensável para quem coleciona e estuda a historia das grandes guerras mundiais. 


Maurício Bastos Jr nascido em 1972, veio morar em Brasília em 1980.
Hoje, artista plástico formado pela UNB, ilustrador e escritor nas horas vagas. Com dezoito anos, trabalhou na editora Thesaurus (DF) como arte-finalista e ilustrador. Montou, ilustrou e finalizou livros de vários escritores de Brasília. Conviveu diretamente com diversos poetas, romancistas e jornalistas que transitavam pelo setor gráfico de Brasília pelos anos noventa.  Foi publicitário por diversos anos. Trabalhando para clientes como BB, Caixa, Correio Brasiliense, VW, Fiat, entre muitos outros. Tocou em bandas de rock, fez exposições, colaborou com capas, vídeos e animações.  Respira literatura, arte e cinema. Ama a criação livre de preconceitos e sonha com dias melhores onde a arte (literatura, plásticas, musicais e cênicas) seja vista como prioridade social.

Um comentário

  1. Puxa, mesmo sendo um universo que eu quase não tenha muito acesso, digo a livros mais assim, voltados realmente para a Segunda Guerra, adoro ficar conhecendo tudo isso.
    Estou acostumada a ler muito sobre a Segunda Guerra, mas sempre voltado para a história de sobreviventes dos campos de concentração, acho que foram pouquíssimas leitura sobre este lado, a guerra realmente em si, ainda mais sobre esta batalha na Normandia.
    Fascinante!!!E com certeza, deve ser uma edição de luxo!!!
    Se puder, com certeza, quero muito conhecer este trabalho!
    Beijo

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