Existe um livro para cada momento da nossa vida. Livros para ler quando se está triste, alegre, deprimido, pensativo e também inspirado. Agora existem livros que nos leva a uma reflexão absurda, que nos tira dos eixos e nos remete a momentos da vida que nem sempre é bom visitar, e no caso de Todo o tempo do mundo que nos faz pensar em quão felizes nós já podemos ter sido, ou no quanto buscamos a felicidade.
De uma sensibilidade sem par, Maurício Gomyde mais uma vez me encanta com uma história delicada, prazerosa, fluida e de certa maneira leve.
Temos aqui dois personagens bem complexos, que se conhecem na adolescência e que num simples momento, um toque, passa a fazer parte da vida um do outro de maneira única. Vitor e Amanda são protagonistas de uma história que impressiona pelo mote tão único: Viagem no tempo. Não que esse seja o fator mais relevante da história — apesar de ser o fio condutor —, porém ele é o que move Vitor por reviver suas alegrias e de certa maneira, fugir de suas tristezas, já que ele viaja para o futuro quando a dor é insuportável.
Confesso que a cada viagem de Vitor para o passado, naqueles momentos que ele está tão feliz que revive suas alegrias com êxtase, me senti ansiosa para que esse fosse o objetivo da trama, reviver o que mais nos apetece na vida. Porém, quando Vitor sofre as dores da tristeza ele meio que perde um pouco de vida, já que a viagem no futuro não o faz mudar e nem mesmo sofrer menos suas angústias e dissabores.
Essa leitura foi excelente para a fase que estou passando, sem dramas e graças a Deus sem tantos problemas, e me vi viajando no tempo de volta aos meus melhores momentos. Foi uma experiência única parar a leitura e me imaginar num lugar onde transbordava a felicidade na minha vida. Em outros momentos porém, me vi revivendo momentos tão dolorosos e tristes pelos quais já passei que foi difícil continuar a leitura. Então eu parava, agradecia a Deus por ter me dado forças naquele instante da minha vida e só aí então, retomava a leitura.
Deu para entender o que essa história é capaz de fazer com o leitor?!
Isso sem contar na forma como o autor descreve os cenários tão belos das vinícolas do sul do Brasil e também Buenos Aires, uma cidade que ainda irei conhecer.
A Narrativa em primeira pessoa, sob a perspectiva alternada dos protagonistas, só enriquece o texto, porque assim o leitor não se perde no tempo e espaço ou nas viagens no tempo que ocorrem durante toda a leitura. Palmas para o Mauricio que não se perde em nenhum momento e nos brinda com uma história bem amarrada, com ápices de alegrias e tristezas — algumas imperdoáveis, não é Sr. Maurício?! —, mas que levam o leitor a acreditar em fatos que por mais absurdos ele faz parecer reais, quase palpáveis.
Maurício faz uma mistura entre o real e o inimaginável, dosa romance, drama, inclusive familiares, e nos apresenta questões fortes e presentes no nosso dia a dia, e que vemos em noticiários de TV a todo o momento, como a violência contra a mulher, atentados à bomba, terrorismo e muito mais. E também nos apresenta personagens coadjuvantes mais que necessários à trama, e que a torna ainda mais prazerosa e verossímil.
Já havia amado o livro Surpreendente!, e agora estou apaixonada por mais um dos romances inesquecíveis desse autor sensível e apaixonante, que sempre nos surpreende com seus textos muito bem escritos. Só tenho a agradecer ao Maurício pela honra de poder desfrutar mais uma vez de uma de suas histórias, já quero mais.
Super recomendo a leitura.
Super recomendo a leitura.
E se você um dia descobrisse que viaja ao passado toda vez em que fica muito feliz? E que vai ao futuro toda vez em que fica muito triste? Pois isso é o que acontece com Vitor Pickett.
Tudo começou na noite em que ele beijou Amanda, e Vitor nunca teve chance de descobrir se aquilo é dádiva ou maldição, porque, ao fim daquela festa, Amanda foi embora para outro canto do mundo, para nunca mais voltar.
Vinte anos depois, ele é um recluso dono de vinícola numa cidadezinha do Sul do Brasil, e acha que ela morreu num atentado; Ela, entretanto, é casada e gerente da livraria mais bonita do mundo, em Buenos Aires.
Mas um reencontro inesperado poderá mudar tudo. Vitor entenderá por que viaja no tempo? Amanda revelará que não é quem ele sempre imaginou? Aquele amor renascido será mais poderoso do que tudo que os separa?
As respostas dependerão de Vitor subverter a lógica insana de seu corpo e conseguir alterar um fato do passado. Porque, se é verdade que quando a primeira lágrima desce do olho esquerdo, o choro é de tristeza, e quando desce do direito o choro é de felicidade, aquele poderá ser o sinal mais poderoso de suas vidas...
Acompanho o trabalho do Maurício há um tempo e mesmo sem ter lido ainda nenhum dos livros dele já lançado, tudo que li sobre os trabalhos dele, é positivo demais.
ResponderExcluirSurpreendente quando foi lançado, causou um rebuliço no mundo literário e agora ele aparece com mais enredo de cutucar o leitor.
Adoro muito tudo isso.
Não é apenas romance ou as viagens no tempo, mas é realmente esta reflexão. Lendo aqui a resenha, fiquei imaginando para onde eu iria mais.rs Creio que viveria no futuro, não tenho lá uma vida de alegrias,mas sei lá, talvez eu precise mesmo mergulhar no enredo para ver que estou muito enganada!
Vai com certeza para a lista de desejados e outro ponto super importante, a simpatia do autor!!!
Beijo
Olha aí o cara mais uma vez trazendo um romance maravilhoso para seus fãs (me incluo nessa lista). Amei Surpreendente!, e se o Todo o tempo do mundo aborda viagem no tempo e se a Leninha gostou tanto, já basta para mim. Preciso para ontem. Adoro livro que mexem com nossa imaginação, que nos mostra que mesmo o mais absurdo dos motes passa ser viável pelo dom da escrita do autor. Maurício Gomyde não nega seu dom, ele deixa o coração falar e até hoje não me decepcionou. Mais um para a lista de compras, mais uma dívida. E que meu 13º dê para pagar tudo, hehe
ResponderExcluirBeijos estrelados
Eu li um livro surpreendente do autor e foi uma grande surpresa que eu tive com a leitura foi realmente algo muito delicioso de chover e foram os primeiros livros nacionais contemporâneos que eu implorei a Deus para ter uma adaptação digna Para o cinema só que engraçado é que eu nunca conheci o Maurício pessoalmente mas nas três vezes que ele veio aqui para Recife para fazer sessões de autógrafos nas três vezes eu tive sérios problemas de saúde e não pude ir encontrar com ele inclusive da última vez e acabei quebrando o pé enquanto estava indo para a sessão de autógrafos
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