A partir do momento em que o mal falado empresário Tristan convida a inexperiente Juliet para dançar, tudo o que poderia ser considerado tradicional, cai por terra. Desde a forma em que ele a conduz durante o bailado, até o modo como a pede em noivado, nada entre eles ocorre segundo as normas vigentes da época . E exatamente por isso o amor floresce espetacularmente entre os dois.
Um acidente que deixa o rapaz à beira da morte, no entanto, faz com que tudo que haviam vivido juntos fique para trás, forçando a moça a reconquistar seu amado Tristan, agora desmemoriado, e obrigando Juliet a, por amor, superar a tragédia e mudar seu destino.
Nesse romance, onde a força da persistência se entrelaça com a beleza do amor, descubra que às vezes o destino pode ser surpreendente!
Três coisas sobre minha pessoa que você precisa saber antes de continuar essa resenha:
1) Eu lendo nacional é tão raro quanto nota de 100 conto na carteira no fim de mês;
2) Sou incrivelmente franca. Se o livro é ruim, falo que é uma bosta; se for bom, dissemino a boa nova pra geral. Não faz diferença se é meu autor favorito, se é autor famoso, um nobre desconhecido ou se é autor amigo. Sou partidária de que a verdade precisa ser dita.
3) Tô cagando se discordam de meu métodos.
Esclareço tais questões porque Por você foi escrito pela Silvana, uma chegada minha. E como gostei muito da história, tem sempre um pra golfar: “só tá falando que é bom porque é amigo”.
Né, não. Ela é boa mesmo.
E falar esse tipo de coisa é desmerecer o trabalho da pessoa, já que um autor não se define como foda ou bosta pela subjetividade de uma opinião positiva ou negativa; ele é bom ou ruim por seu próprio talento ou pela falta dele.
Minha opinião, não uma regra. Óbvio.
Isto posto, vamos ao livro.
Relutei muito pra ler por motivos óbvios: nacional. Mas também porque foi uma amiga que escreveu. Eu pensava: se o livro for uma merda e eu falar que é melhor devolver pra iemanjá, ela pode ficar triste.
Daí, enrolei. E enrolei.
Até que um dia ela me intimou: lê aí, porra! Não necessariamente com essas palavras, mas deu pra entender a ideia.
E eu li.
Já falei que meço o quanto gosto de um livro pela velocidade que leio o bixim? Se agarro no negócio é porque não deu liga; se devoro páginas numa rapidez doida, é porque o troço é bom mesmo. Eu? Comi o rai do livro.
Porque você, leitor, não faz ideia de como essa mulher é talentosa.
Sabe aquela escrita que não atravanca porque é fluída, muito fácil de ler? E é tão gostosa e carismática que você perde a noção e, de novo, tá entrando madrugada adentro e claramente se fodendo no dia seguinte.
Sobre a história em si, gostei, embora vá apontar um ou outro desagrado de leve.
É um histórico ambientando na Inglaterra de 1830 e tantos, nos tempos de bailes e etc. O mocinho era um empresário rico e libertino (safado, nos nossos termos) e ela, a debutante da vez. Os dois se conhecem e a coisa já evolui pra interesse fulminante.
A história foca basicamente os encontros e desencontros dos dois. Gostei, foi divertido acompanhar a evolução do relacionamento e, principalmente, ver o quanto eles se ferravam (ou quase) quando o troço esquentava. Porque, puta que o pariu pra o quanto esse mocinho é atrevido. Exatamente meu número.
Porém, chegou um ponto que a coisa ficou meio que na mesmice. De repente, se tivesse colocado um barraco no meio, sei lá, poderia movimentar mais. Quase torci pra surgir uma vadia-clichê. Sabe como é, pra quem tem um pé no tumulto, o circo tem que pegar fogo nem que seja na dentada.
Daí, lá pro meio acontece uma merda. Não vou falar do que se trata porque spoiler é feio, mas posso dizer que é a partir desse acontecimento que, ou o relacionamento amadureceria ou ia ladeira abaixo.
Outra coisa que reparei foram os diálogos.
Vez ou outra, me deparo com a falha em algumas autoras brasileiras (e estrangeiras também) de escrever diálogos muito artificiais, sem naturalidade. Parece que os personagens seguem um esquema de falas marcadas, um troço previsível, sei lá. Não tô sabendo explicar essa merda.
Só sei que adorei os diálogos de Por você porque foram naturais, como em uma conversa normal. Deve ser o fluxo natural de quem escreve fodamente e não tá muito atrás de autoras consagradas.
Mais ou menos isso, não tô conseguindo por em palavras.
Gostei, gostei muito. Nem eu tô acreditando em mim mesma já que tenho consciência do tamanho da minha ranzinzice literária. No entanto, o mérito é da autora, que conseguiu romper outra grande barreira pessoal minha. Vai que entra na minha dura cabeça que tem muito talento tupiniquim escondido por aí?
Sabe o mais assombroso?
Já comecei a ler a sequência. Quer dizer, o terceiro da série ao invés do segundo, porque sou dessas.
Se recomendo?
Como chocolate!
;)
P.S.: Para quem não sabe a Tícia criou uma página lá no face, passa lá.
Link AQUI.
Link AQUI.
Me divirto com suas resenhas!Na fila da sinceridade, você não deixou para ninguém!
ResponderExcluirBem, quanto ao livro, vamos lá!
Ao contrário de você, eu amo literatura nacional, ainda mais quando ela chega assim, de autores mais desconhecidos ainda dos leitores. É como encontrar pérolas perdidas no fundo do oceano(claro, há exceções).
Mas sou fã assumida da literatura nacional e sempre que posso, acabo lendo algum livro nosso.
Não conhecia este livro,mas em uma época onde os romances de época retornaram com tudo, é sempre bom mergulhar em um enredo "tão antigo".
E o amor nasce de onde menos se espera, então, o casal tem de tudo para que isso aconteça..ou não! Já que parece que até o Felizes Para Sempre, tem muito chão e muito desencontro.
Vai para a lista de desejados.
Beijo
Tícia!
ResponderExcluirMuito bom ter feito seus esclarecimentos, porque nós que fazemos resenhas, somos sempre questionados quando gostamos de um livro de alguém que conhecemos, ou são amigos, ou ainda que enviam livros para análise, acham que não podemos ser imparciais, mas somos sim.
Nunca li nenhum dos livros da autora, mas pelo visto, tenho de começar a ler logo, o mais rápido possível.
“Nunca sei se quero descansar porque estou realmente cansada, ou se quero descansar para desistir. “ (Clarice Lispector)
cheirinhos
Rudy
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Ufaa!
ResponderExcluirEstava com medo de ler sua resenha e de ver que você não havia gostado do livro. Não, eu não o li ainda, mas estou com ele na lista de prioridades a serem compradas, confesso que o que primeiro me chamou a atenção foi a capa linda, em seguida a sinopse que achei diferente e interessante. A sua resenha é a primeira que leio sobre o livro e fico mesmo muito aliviada por perceber que a minha expectativa tem fundamento, hehe.
Beijosss, Van.
De cara já fiquei apaixonada pelo tristan e pela Juliet e eu estava adorando a sinopse do livro e já fiquei muito afim de ler o próprio Até chegar na parte de você falando que ler livros nacionais é mais difícil do que ter r$ 100 na carteira no fim do mês ri Horrores mas de toda e qualquer forma já adicionei o livro na minha lista de leituras
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