Depois de quase oito anos longe da obra de Sidney Sheldon me reaproximei do autor por um livro pouco arriscado e ambicioso; ele, que é conhecido por verdadeiros sucessos estrondosos de público, com a fama de fazer leitores “roerem as unhas” e “ficarem acordados até tarde”. Desta vez, resolvi me aventurar em um livro mais despretensioso – embora não menos frenético e cheio de suspense.
O Estrangulador é um livro infanto-juvenil, pouco mais de 100 páginas, rápido, elaborado com nós frouxos e personagens que, mesmo pouco profundos, causam certa simpatia. A narrativa não tem grandes surpresas e segue uma lógica muito peculiar e característica de romances policiais – mas é enxuto, e confesso que isso me incomoda de certa maneira.
Em linhas gerais o enredo se debruça num estrangulador solto em Londres que mata mulheres desavisadas oferecendo uma carona de guarda-chuva. Há certas especificidades que toca a trajetória do serial killer: precisa estar chovendo, elas precisam ser mortas asfixiadas por uma corda e normalmente ele as escolhe em um supermercado determinado – num raio de quilômetros próximos.
O pânico está estampado nas capas dos jornais e Sekio Takagi é um jovem sargento designado para o caso. Só que o assassino não deixa uma única pista e o tempo está acabando. No meio de tudo isso, há uma quebra no padrão que guina a narrativa para outro rumo: na tentativa de matar a escultora Akiko Kanomori o estrangulador precisa fugir porque um táxi aparece. Agora, com a vítima viva, o serial killer começa uma busca para pegá-la e não deixar que ela o entregue a polícia.
A história segue uma fórmula que funciona bem, tanto dentro do gênero que o autor se consagrou, quanto para o público ao qual o livro se destina. A narrativa é veloz, permeada por um clima de tensão e mistura muito bem elementos clássicos do suspense – um policial e sua equipe obstinada, uma vítima e um serial killer.
Embora o autor tenha se consolidado no mercado editorial de maneira bastante eficiente, se tornando um dos mais lidos do mundo, ele não tem boa fama no que diz respeito à construção de diálogos. Com O Estrangulador não é diferente. Os diálogos são fracos e pouco verossímeis e até para o leitor menos experiente é difícil engolir determinadas passagens e isso tem como consequência a pouca profundidade dos seus personagens.
Mas, revisitar a obra do autor muito tempo depois de ter me apaixonado por suas histórias foi como relembrar o início da minha trajetória de leitor. Então o livro teve, para mim, um gostinho de nostalgia, de quando eu lia da biblioteca da escola – devaneio stop!
Não diria que é a melhor e mais arrumada porta para entrar e conhecer a obra do autor, mas é um livro que dá para ler numa tarde, despretensiosamente. Se vocês já leram, conta aqui o que acharam; se não e tiverem interessados, vão se muitas expectativas que a leitura será mais prazerosa. J
Um perigoso maníaco vem desafiando as mais brilhantes cabeças da Scotland Yard. Não deixa rastros. Exceto uma intrigante coincidência: o criminoso só ataca em dias de chuva.
O sargento Sekio Takagi está desesperado. Não há tempo a perder. Precisa Urgentemente desvendar o quebra-cabeça mais terrível de sua carreira. nesse momento, o boletim metereológico anuncia: "chuvas ao final da tarde sobre a capital inglesa..."
É dado o sinal para mais uma arriscada caçada humana, que só o mestre Sidney Sheldon é capaz de criar. O leitor acostumado a muito suspense e emoção, com os consagrados 'Corrida pela herança' e 'A perseguição', irá viver em 'O estrangulador' surpreendentes momentos de ação e suspense. Nesta audaciosa aventura, o tempo é precioso e cada segundo pode ser fatal.
Admito que não conhecia este livro do autor, mas sou uma fã incondicional do trabalho do moço. A maneira como ele conduz seus enredos, sempre nos deixa perplexos e sim, com uma baita insônia.rs
ResponderExcluirHistórias com serial killer sempre mexem com o leitor. A gente acaba traçando mil possibilidades, inventando milhares de teorias e no final? Não foi nada daquilo que imaginamos.
Mas como gostei muito do que li acima(e já me acostumei aos diálogos sempre sem muito conteúdo do autor), vou por o livro na lista de desejados.
Beijo
Ronaldo!
ResponderExcluirNa adolescência tive duas fases bem importantes em termos de leitura: Ágatha Christie e Sidney Sheldon. Era viciada, deixava qualque outra atividade de laser, para poder continuar a leitura de qualquer livro deles.
Falo então com a experiência satura de leitura dos livros do autor.
Gosto demais dele, não há o ue falar senão, sobre sua genialidade em criar tramas intrincadas e que colocam o leitor para raciocinar durante a leitura e se agoniar com os fatos, trazendo grandes reviravoltas no final. Entretanto, os livros infanto-juvenis dele, sempre foram 'mais fracos' digamos assim, são intensos embora sem grandes aprofundamentos das personagens.
Desejo um final de semana esplendoroso e um mês mais que abençoado!!
“Acredite em si próprio e chegará um dia em que os outros não terão outra escolha senão acreditar com você.” (Cynthia Kersey)
cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA FEVEREIRO: 3 livros + vários kits, 5 ganhadores, participem!
Oi Ronaldo!
ResponderExcluirSou completamente apaixonada pelas obras do autor, leio e releio várias vezes, não consigo nem encontrar uma preferia... O único problema de "O estrangulador" para mim foi me fazer desejar ter mais e mais páginas, o livro é tão curto, e li tão freneticamente que quando chegou no fim fiquei de boca aberta. Não posso concordar com o que dizem, gosto dos diálogos criados por ele, apesar de apreciar mais a narrativa, no caso do livro, cada passagem pela mente do estrangulador me deixava mais apreensiva.
Sendo sincera, é o único autor que indico absolutamente todas as obras.
Beijos 😘
Oi Ronaldo!
ResponderExcluirUm dos meus gêneros preferidos é o suspense com um thriller policial mas eu nunca li nenhum livro do autor! Até eu não sei explicar isso por ele ser tão famoso rsrs
Acho que pelo tamanho do livro conseguiria ler bem rapidinho e vale a pena pra um suspense bom.
Não sabia em relação aos diálogos. Realmente não são bons? Que pena pois gosto de estar conectado aos personagens e isso seria um ponto negativo para a obra. Mesmo assim não resisto a um suspense, ainda mais sendo curtinho assim rsrs
Provavelmente darei uma chance. Qual livro dele seria o melhor para começar?
Olá pessoas,
ResponderExcluirConfesso que não fazia ideia do autor deste livro. Li na infância/adolescência, sabe lá onde arranjei este livro, não costumava ter acesso a livros :( . Enfim, eu sabia contar todos os detalhes da história e contava pra todo mundo. Ainda lembro dos detalhes e consigo lembrar das cenas na minha cabeça, da chuva, do vilão fingir problema no guarda-chuva... Não é louco isto? rsrsr consigo até lembrar do meu estado de ânimo só de ler este post e lembrar deste livro.
Obrigada Ronaldo e Leninha.