Essa moda pega?!

Como diria Jack, the Ripper, vamos por partes. Primeiramente, agradeço a Leninha pelo convite para escrever novamente no aniversário do Sempre Romântica. É sempre uma oportunidade muito boa para criar alguma polêmica *insira aqui uma risada maléfica*.

Em segundo lugar, minha apresentação. Me chamo Thalles e sou administrador do Blog Our Cup of Tea, que já está aí nas internets há algum tempinho. Há tanto tempo, pra ser sincero, que ali onde é o Facebook hoje, a gente se juntava pra jogar bets. Então, acho que estou 60% apto a falar desse tema, visto que passei por algumas das tão chamadas “modinhas”.

Para começarmos a falar sobre isso, acho bom definirmos um pouco o que vem a ser as “modinhas”. Se falarmos superficialmente, seriam (no nosso caso) livros ou séries de livros que fizeram um sucesso estrondoso durante um período, arrastou muitas pessoas para as livrarias e depois foram praticamente abandonadas para dar lugar a outros estilos. É claro, muitas delas acabam voltando em outras épocas (afinal, se a pochete, tão odiada por alguns e tão amada por outros, pode voltar, por que não os gêneros literários).

Para exemplificar, vamos buscar uma série que bombou lá nos anos dourados quando eu comecei a me interessar por blogs literários e ficava quase o dia todo só esmiuçando o tio Google para achar algum blog novo que me trouxesse conteúdo bom. Estamos falando da agora um pouco renegada “Saga Crepúsculo”. Em parte renegada, porque vejo algumas pessoas que leram os livros, hoje quase jurando de pés juntos que não chegaram nem perto (não sei o motivo, já que toda leitura tem seu ponto positivo e falarei sobre isso um pouco mais adiante).

Enfim, Crepúsculo, sendo bem sincero e exato, não criou uma modinha, na verdade fez ressuscitar (com o perdão do trocadilho) a febre dos vampiros, iniciada lá com o Drácula de Bram Stoker e reavivada por Anne Rice com As Crônicas Vampirescas, mas ainda assim, não deixou de ser uma moda (de certa forma bem rápida, visto que após o lançamento do último filme, pouco se falou sobre e aqui não contamos 50 Tons, pois ela já veio em outro gênero, os livros “eróticos” [não que realmente seja]). Eu mesmo era um dos fãs loucos pelos livros e pelos filmes (tinha até um álbum pra série no meu Orkut [entregando a idade] em que colocava desde stills até capas de diferentes países).

Foram anos em que o interesse pela mitologia dos vampiros retomou a internet, com críticas positivas e negativas (especialmente dos puristas que diziam que “vampiros não brilham, mas sim queimam no sol!”). Tudo isso devido à modinha “Crepúsculo”, que apareceu como se dissesse “Ei, olha aqui, vampiros ainda tem muito pra ensinar à literatura e cinema”.

Muitos podem discordar, falar que livros blockbusters são superficiais e não agregam nada ao conhecimento de quem os lê, que são apenas para entretenimento (qual o problema disso, ainda não descobri). Entretanto, a verdade é que enquanto estes mesmos livros tachados como rasos e sem conteúdo estiverem chamando a atenção especialmente de um público mais jovem, fazendo com comecem a se interessar pela leitura (no que muitos clássicos, principalmente os indicados durante a escola, falham miseravelmente), buscando outras obras do mesmo gênero ou de gêneros próximos, esse será um ótimo motivo para que as modinhas continuem existindo e fazendo sucesso. 

Seja por períodos breves ou prolongados (citando aqui livros como Senhor dos Anéis, As Crônicas de Nárnia e Harry Potter, que conseguiram fidelizar tão fortemente seus públicos, vendendo produtos diversos e novos até os dias atuais), os benefícios são sempre maiores que os malefícios, isso com certeza.

Para não ficar me estendendo muito, pois acho que já escrevi demais e não quero ser o Tolkien das postagens (leia-se: extremamente prolixo), finalizo apenas lembrando, não é porque algo é modinha que seja ruim, e também não é por ser clássico que é a melhor leitura para toda e qualquer idade de leitores.

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3 comentários

  1. Thalles!
    Acredito que toda leitura é válida, sem modinha ou não, porque sempre atinge algum tipo de público e vai se espalhando como pólvora e a leitura vai ampliando.
    Acredito que sou bem mais velha que você, afinal, tenho mais de meio século de vida e posso afirmar com certeza que na verdade a leitura não é 'modinha', acredito que é ciclica.
    Já na minha adolescência lia romances de época, eróticos e de banca, depois passaram ao ostracismo e agora estão em alta novamente. Vieram os livros de ficção, depos as fantasias com vampiros, lobisomens, zumbis, os bruxos e por aí vai. Época dos livros com anjos, depois contos, poesias, se apagaram e agora estão de volta.
    Tudo depende do nicho que as editoras querem desenvolver através do marketing e que trazem dinheiro para elas.
    É simples assim... tudo em ciclos, como a própria vida!
    Valeu!
    Desejo um ótimo final de semana!
    “É melhor saber coisas inúteis do que não saber nada.” (Sêneca)
    Cheirinhos
    Rudy
    TOP COMENTARISTA DE OUTUBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.

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  2. Acho que é esse o ponto das modinhas, despertar o interesse pela leitura.

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  3. Ah, gostei do seu final. Só agora adulta é que acho que finalmente vou conseguir ler Drácula. Já tentei duas vezes e parei na mesma parte hahaha. Sou muito fã de histórias de vampiros e leio Anne Rice, André Vianco, Jeaniene Frost, J. R. Ward, Lara Adrian e já li Crepúsculo também. Modinha ou não acho válido o interesse pela leitura seja só para entreter ou não.

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