Minisséries da TV: As Noivas de Copacabana

As Noivas de Copacabana foi uma minissérie brasileira produzida pela Rede Globo e exibida pela primeira vez, em 16 capítulos, de 2 a 26 de junho de 1992, às 22h30. Foi escrita por Dias Gomes e dirigida por Roberto Farias.

Ambientada no Rio de Janeiro, a minissérie tinha como protagonista um assassino em série, Donato Menezes (Miguel Falabella), obcecado por mulheres vestidas de noiva. Morador do bairro de Copacabana, na Zona Sul da cidade, Donato leva uma vida acima de qualquer suspeita. É um conceituado restaurador de obras de arte e noivo da bela Cinara (Patrícia Pillar). Os dois só não se relacionam sexualmente.

Donato mata suas vítimas seguindo um meticuloso ritual. Seduz as mulheres e as estrangula em pleno ato sexual, sempre quando elas estão vestidas de noiva. Só dessa forma ele consegue atingir o orgasmo.

A história começa com Donato e Maryrose (Patrícia Novaes) passeando em uma praia deserta, à noite. O clima romântico prossegue até o momento em que a mulher coloca o vestido de noiva e, em meio ao ato de amor, é estrangulada brutalmente.

 As vítimas de Donato são mulheres das mais diversas classes sociais. Marilene (Tássia Camargo) é uma professora suburbana, Kátia de Sá Montese (Christiane Torloni) é uma socialite de Copacabana e Fátima (Ana Beatriz Nogueira) é filha de um pastor protestante. Em comum, elas têm vestidos de noiva.

O envolvimento de Donato com as vítimas começa a partir de anúncios de vestidos de noivas colocados, por elas, em jornais. Após entrar em contato e chegar até as anunciantes, ele cria um ambiente romântico, adequado ao crime, e as envolve em seu jogo de sedução.

A semelhança entre os vários crimes intriga a polícia. Todos só podem vir de uma mesma mente doentia. O detetive França (Reginaldo Faria), incumbido de desvendar o caso das noivas assassinadas, segue, então, pistas que possam levar a um serial killer.

Apesar de seu lado sombrio e obsessivo, Donato vive com sua tia Eulália (Yara Lins), com quem tem uma relação doce e carinhosa. Seu amigo Paulão (Ricardo Petraglia) e sua noiva Cinara – com quem tem relações de camaradagem e afeto – nem sequer imaginam que o rapaz seja um criminoso.
 
Só França suspeita de Donato. O detetive, em crise no casamento com Mariana (Zezé Polessa), passa a se relacionar com Leiloca (Branca de Camargo), que vende artesanato no calçadão de Copacabana e lembra uma hippie dos anos 1970. Leiloca é usada como isca para atrair o assassino. A moça anuncia no jornal um vestido de noiva e espera Donato aparecer. A armadilha tem sucesso, e o criminoso é preso e levado a julgamento. Quando o psicopata é confrontado com a lei, seus amigos e familiares defendem sua inocência. Por falta de provas, ele é absolvido.

O motivo da tara doentia de Donato está ligado a um antigo relacionamento com Helena (Lala Deheinzelin), de quem foi noivo. Às vésperas do casamento, ele descobriu que ela havia se apaixonado por outro. Ele tentou matá-la, enquanto ela experimentava o vestido de noiva, chegando a partir a roupa em pedaços, mas Helena fugiu. Donato, no entanto, prometeu que, um dia, a mataria.

Em liberdade, Donato, enfim, tem uma noite de amor com Cinara e a pede em casamento. Dias antes da união oficial, Helena sabe da notícia pelo jornal e entra em contato com o detetive França, a fim de evitar que Cinara se case com o assassino e se torne assim mais uma vítima. Ela descobre, assim, toda a verdade. Com a ajuda de Helena e da polícia, a noiva leva Donato para uma armadilha: Helena aparece vestida de noiva na noite de núpcias do casal, e Donato, então, revela sua verdadeira personalidade. Ao tentar matá-la, é preso mais uma vez.

O assassino é condenado e, após um ano, enviado a um manicômio judiciário por tempo indeterminado. Ao visitar Donato no presídio, Cinara descobre que ele havia fugido. As últimas cenas da minissérie mostram o psicopata com uma caneta circulando um anúncio de jornal e, em seguida, novamente apresentando-se como interessado em comprar um vestido de noiva.


Curiosidades:

* A Rede Globo reapresentou As Noivas de Copacabana por duas vezes. Em 1995, como atração do Festival 30 Anos, em 8 capítulos. E 1998, com os mesmos 8 capítulos.

* O final da versão internacional é diferente do apresentado na versão original e nas duas reprises globais. Na versão original, Donato é preso, mas foge da cadeia pouco depois, e, a última cena da minissérie, mostra Donato se apresentando a uma provável nova vítima. Na versão internacional, a minissérie acaba com a prisão de Donato, sem mostrar ou mencionar a sua fuga.

* A minissérie também foi ao ar no canal Multishow, dentro das comemorações dos 40 anos da Rede Globo, em janeiro de 2005, numa versão compacta de cinco capítulos, sendo que essa versão é a que foi comercializada pela emissora para exibição internacional.

* O Canal Viva passou a reprisar a minissérie desde 21 de março (ontem), após a sessão de filmes. Não perca!


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Nem preciso dizer que essa foi uma das minisséries policiais de TV que mais gostei, não é? Cheia de sensualidade, com um assassino envolvente, com pinta de bacana e muito sedutor. As mocinhas são tão ingênuas e românticas que nem veem que estão caindo na lábia de um assassino que sente prazer em matar.
Recomendo que assistam a minissérie, aproveitando que o Canal Viva está reprisando. Apesar de tarde, vale cada minuto de sono perdido, kkk.


Fonte de pesquisa:

2 comentários

  1. Eu me lembro de ter assistido a essa minissérie, mas não lembro em qual das duas versões, o que me marcou mais foi o fato de o assassino ser interpretado pelo Miguel Falabela, ator de quem eu gosto muito tendo sempre acompanhado seu trabalho, inclusive no teatro. Realmente a história era super envolvente e sensual e a aprte investigativa também foi muito boa.

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