Leninha e Vivi agora batem ponto na coluna Sessão da Tarde. Um bate-papo mensal sobre filmes, livros, cotidiano e outros tantos assuntos que esquentam o cenário da cultura pop. Para animar esse mix delicioso, segue como cortesia da casa um post escrito em parceria. Junte-se a nós! Estoure a pipoca, gele o guaraná, e curta conosco o episódio de hoje! Em cartaz: O Sol da Meia-Noite, estrelando Mikhail Baryshnikov e Gregory Hines
by Leninha
Nikolai Rodchenko (Mikhail Baryshnikov) é um bailarino da União Soviética exilado nos Estados Unidos que é aprisionado pela KGB quando seu avião sofre uma pane e pousa em território soviético. Lá tem contato com um bailarino americano, que desertou do exército na época da Guerra do Vietnã, foi morar em Moscou e está casado com uma russa.
Lendo a sinopse desse filme você pensa: "Deve ser apenas mais um filme sobre dança!" Você vai se surpreender com tudo que o filme passa além da dança, começando pelos protagonistas.
Baryshnikov é mais que um bailarino, ele é a luz do filme, sua dança impressiona, cativa, hipnotiza, nos tornando reféns do filme do início ao fim. O filme fala de guerra de interesses, mas acima de tudo de limitações impostas por um poder maior, que massacra as pessoas, a proibição de ir e vir.
Um bailarino que para poder dançar seus sentimentos precisa pedir asilo em outro país, por que o seu o proibiu de ser quem ele é realmente. Mas um acidente o lança novamente nas garras de um país ditatorial e feroz que o quer como objeto de seus interesses.
Eis que surge outro personagem da trama (Gregory Hines). O seu caso foi o inverso, desiludido com sua Pátria e pensando em uma vida melhor (ao lado de sua esposa russa), fugiu dos Estados Unidos e pediu asilo na União soviética, passando a viver uma liberdade assistida e chantageada.
O filme impressiona pela força dos personagens em colocar para fora seus medos e terrores num mundo sitiado. O que eles buscam?! Liberdade, mas não apenas a liberdade de estarem onde desejam, mas de expressarem com suas danças tudo que reprimem em seus íntimos.
Tocante, pulsante, emocionante, mas acima de tudo lindo de se ver! Sem falar no teor político existente, o filme é de uma beleza impar, com atuações belíssimas e um balé expressivo e de muita sensibilidade, com atores super inspirados.
O tema do filme (SAY YOU, SAY ME), interpretada por Lionel Ritchie, merece palmas, só peca por aparecer apenas no final do filme, a meu ver deveria ser a música/dança entre os protagonistas, mas com certeza mereceu o Oscar com louvor.
PS: Devo confessar que assistir hoje esse filme me mostrou um lado dele que não reparei na época em que assisti pela primeira vez, e posso afirmar, amei!
Nikolai Rodchenko (Mikhail Baryshnikov) é um bailarino da União Soviética exilado nos Estados Unidos que é aprisionado pela KGB quando seu avião sofre uma pane e pousa em território soviético. Lá tem contato com um bailarino americano, que desertou do exército na época da Guerra do Vietnã, foi morar em Moscou e está casado com uma russa.
Lendo a sinopse desse filme você pensa: "Deve ser apenas mais um filme sobre dança!" Você vai se surpreender com tudo que o filme passa além da dança, começando pelos protagonistas.
Baryshnikov é mais que um bailarino, ele é a luz do filme, sua dança impressiona, cativa, hipnotiza, nos tornando reféns do filme do início ao fim. O filme fala de guerra de interesses, mas acima de tudo de limitações impostas por um poder maior, que massacra as pessoas, a proibição de ir e vir.
Um bailarino que para poder dançar seus sentimentos precisa pedir asilo em outro país, por que o seu o proibiu de ser quem ele é realmente. Mas um acidente o lança novamente nas garras de um país ditatorial e feroz que o quer como objeto de seus interesses.
Eis que surge outro personagem da trama (Gregory Hines). O seu caso foi o inverso, desiludido com sua Pátria e pensando em uma vida melhor (ao lado de sua esposa russa), fugiu dos Estados Unidos e pediu asilo na União soviética, passando a viver uma liberdade assistida e chantageada.
O filme impressiona pela força dos personagens em colocar para fora seus medos e terrores num mundo sitiado. O que eles buscam?! Liberdade, mas não apenas a liberdade de estarem onde desejam, mas de expressarem com suas danças tudo que reprimem em seus íntimos.
Tocante, pulsante, emocionante, mas acima de tudo lindo de se ver! Sem falar no teor político existente, o filme é de uma beleza impar, com atuações belíssimas e um balé expressivo e de muita sensibilidade, com atores super inspirados.
O tema do filme (SAY YOU, SAY ME), interpretada por Lionel Ritchie, merece palmas, só peca por aparecer apenas no final do filme, a meu ver deveria ser a música/dança entre os protagonistas, mas com certeza mereceu o Oscar com louvor.
PS: Devo confessar que assistir hoje esse filme me mostrou um lado dele que não reparei na época em que assisti pela primeira vez, e posso afirmar, amei!
by Vivi
Misha Baryshnikov! Ele foi o meu herói de infância. A bem da verdade, continua sendo, ainda que por razões que, no momento, fogem ao objetivo desse post. A história dessa paixão se resume em que, assistindo ao filme O sol da meia-noite, encantei-me por aquele baixinho, com ares de gigante, flutuando no ar com a mais pura graça atlética, sem dar mostras de sentir o efeito da gravidade. Lógico que, na minha mente infantil, isso foi traduzido da seguinte forma: "Uau! Ele é como um personagem de desenho animado". Resumo da ópera: eu o elegi meu eterno Peter Pan.
Misha Baryshnikov! Ele foi o meu herói de infância. A bem da verdade, continua sendo, ainda que por razões que, no momento, fogem ao objetivo desse post. A história dessa paixão se resume em que, assistindo ao filme O sol da meia-noite, encantei-me por aquele baixinho, com ares de gigante, flutuando no ar com a mais pura graça atlética, sem dar mostras de sentir o efeito da gravidade. Lógico que, na minha mente infantil, isso foi traduzido da seguinte forma: "Uau! Ele é como um personagem de desenho animado". Resumo da ópera: eu o elegi meu eterno Peter Pan.
Com nove anos, claro, eu não tinha repertório de conhecimento para compreender o pano de fundo histórico que circundava os movimentos dançantes de Baryshnikov e Hines. Mas sempre fui boa em registrar grandes momentos musicais. Aliados à dança, então, nem se fala! E o filme está cheio de sequências coreográficas espetaculares que, por isso, merecem menção ainda que bem ligeiras:
- Que ousadia colocar "Le Jeune Homme et la Mort", de Roland Petit! Criada em 1946, essa coreografia permanece impactante.
- Não menos surpreendente é a sequência de Gregory Hines. Em uma mistura de palavras e ritmos do sapateado, ele explica a Nicolai as razões que o levaram a viver na Rússia.
- Uma das graças do filme é a fusão dos dois estilos de dança (Ballet e Sapateado). Na minha visão, está a representar a metáfora da esperança por uma nova era, sem a necessidade de muros e fronteiras. Essa sequência ficou imortalizada nos anais da cultura pop por intermédio do clipe da música Say you, say me, interpretada por Lionel Richie.
- Mas não tem jeito! A grande cena e coreografia do filme que me cala mais fundo, segue no vídeo abaixo. Baryshnikov se deixa desnudar por intermédio de passos decididamente biográficos. É onde vejo a história daquele bailarino, cidadão russo (e nada soviético), que um dia deixou sua Pátria para não mais voltar. Nem mesmo a passeio. Recentemente, Misha disse em entrevista:"Eu não traí. Apenas escolhi". Não precisa se justificar, Misha! Palavras, pra quê?, quando o seu corpo e a coreografia da magnífica Twyla Tharp ao som de Vysotsky já dizem tudo?
Sobre a trama, que história! Quando o filme foi lançado, vivenciávamos os estágios finais da guerra fria. Ainda assim a força ideológica presente no filme nos coloca diante de um mundo bem distante do contexto globalizado atual. Era um mundo em que músicas como Ideologia de Cazuza e Tempos modernos de Lulu Santos faziam mais sentido; onde a juventude rebelde, que via o mundo de hipocrisia por cima do muro, retratava o que era o espírito da época.
O ambiente sombrio, cínico, escuro e tenso ronda a maior parte das cenas. Somente penetrado pela luz, quando há a dança. Quando Hines e, especialmente, Baryshnikov executam, com os movimentos de seus corpos, o que lhes fora ordenado calar, rompem o nó da garganta e liberam o grito em favor dos direitos e liberdades fundamentais. Vemos, então, a dança assumindo o papel fundamental de porta-voz da contestação.
Apesar de não se encaixar nas especificidades de um triller, o filme apresenta alguns ingredientes da boa e velha trama de espionagem. Tem intriga política, fuga, perseguição...enfim, ainda que apareçam de forma sutil, tais ingredientes associados à dança são todos convenientes ao tema.
Está mais que recomendado.
O ambiente sombrio, cínico, escuro e tenso ronda a maior parte das cenas. Somente penetrado pela luz, quando há a dança. Quando Hines e, especialmente, Baryshnikov executam, com os movimentos de seus corpos, o que lhes fora ordenado calar, rompem o nó da garganta e liberam o grito em favor dos direitos e liberdades fundamentais. Vemos, então, a dança assumindo o papel fundamental de porta-voz da contestação.
Apesar de não se encaixar nas especificidades de um triller, o filme apresenta alguns ingredientes da boa e velha trama de espionagem. Tem intriga política, fuga, perseguição...enfim, ainda que apareçam de forma sutil, tais ingredientes associados à dança são todos convenientes ao tema.
Está mais que recomendado.
PS: Onze piruettes!! Está brincando! O que mais você quer?
Viuxe, já estou idosa. Na época eu era apaixonada pelo Baryshnikov. Fui ver o filme no cinema com minhas amigas tb apaixonadas e não era criança não. kkkk
ResponderExcluirbjokas
kkkk...Na época, então, o efeito era bombástico! Ele ainda é apaixonante. Experimente rever o filme, Tonks. ;)
ResponderExcluirFilmes assim se tornam inesquecíveis!
ResponderExcluirLena e Vivi, que saudades de vocês. Queria muito ter tido a chance de participar de uma sessão dessa, mas haverá outras possibilidades.
ResponderExcluirMinha queridas eu nunca vi esse filme, mas após tantos elogios posso garantir que estou ansiosa para ver.
Beijos
Com certeza ainhda faremos uma sessão da tarde à três, kkkk
ResponderExcluirMulher você ta perdendo de ver um filmão, Thalita (minha personal DVD) deve ter o filme ai, assista e depois me conta o que achou!
Beijão!
Eu sou fã da dança, principalmente do ballet. E Baryshnikov é com certeza o maior bailarino de todos os tempos. Não conhecia o filme, mas agora quero assistir a todo custo. Meus filhos fazem ballet e tenho certeza que irão adorar vê-lo dançar. Valeu pela super dica, bjs
ResponderExcluirEsteja lançada a campanha Sessão tarde especial com a Ju. ;)
ResponderExcluirNossa que legal seus filhos fazerem ballet, parabéns!
ResponderExcluirQuanto ao filme, dê um jeito e mostre para eles, com certeza eles irão se apaixonar e vc tbm é claro.
Beijinhos!
Oi, Renata! Legal saber que seus filhos fazem Ballet. É uma pena que pelo tanto que dança e dançou, achemos poucos materiais de Baryshnikov. Especialmente, na net.
ResponderExcluirSaaayyyy Yooooouuuuuu!!!! Saaayyyyy Meeeeeeeeeee.....!
ResponderExcluirÊ lerê! Adorava esse filme! Não assisti no cinema por que era ainda criança mas aluguei muuuito na locadora! :D
Bjos!
Eu assistia na Sessão da Tarde da Globo sempre que passava.
ResponderExcluirUm clássico, com certeza!
"Não assisti no cinema por que era ainda criança."
ResponderExcluirAFFFFFFFF! Outra me chamando de idosa. Assim não aguento!
Ainda não assisti o filme, mas os comentários de vocês me deixaram bem curiosa!
ResponderExcluirObrigada pelo comentário lá no blog! O seu blog também é um amor, e já estou seguindo. Beijo
Carine
@meiolivro
http://meiolivro.com
Não fique só curiosa, procure o filme na net, nas locadoras e assista, com certeza vc vai amar.
ResponderExcluirBeijinhos e volte sempre!
Eu amooo esse filme! Não sei se vocês sabem (ja comentei em algum lugar), eu sou uma bailarina frustrada! Sim! Frustrada!
ResponderExcluirFiz ballet muuuuuuuitos anos e pofff! Quebrei o tornozelo direito e poff! Condromalacia e poff! Ligamentos do tornozelo esquerdo e agora, recentemente, poff! Ligamento do tornozelo direito!
Resumindo, preciso benzer meus pés ou ficar com eles para o alto, lendo o dia inteiro #OMG
Brincadeiras 'a parte, o filme é lindão! Perfeito! deu até vontade de assistir... Lena, quando for filme de dança me avise para nãaaaaao passar por aqui, fico nostálgica! HAUHAUHAUHAHA
Beijos meninas!
Sua presença é sempre bem vinda aqui, sendo filme que te traga nostalgia ou não!
ResponderExcluirRealmente esse filme é inesquecível, que assistiu quer ver de novo e quem não viu está perdendo!
Beijinhos Amore!
Idosa com muito respeito, rs! Eu era criança mas nem tanto! Pior é que tem gente que nem tinha nascido ainda... ai, meu gódi, olha a depressão! :D
ResponderExcluirOi, Lena.
ResponderExcluirSempre fui apaixonada por filmes de dança, especialmente ballet.
Realmente, este é um clássico e a música do Lionel é tudo!!! Amo!
Recomendo a todos!
Beijos.
Um belo clássico com certeza!
ResponderExcluirRecomendadíssimo!
Adoro esse filme!!!!!!!!
ResponderExcluirÓtima dica!!!
bjus
Eu nem me lembro desse filme. Na verdade, eu nem sei do que vocês estão falando. Mikahil não era aquele cara do livro do Carrapato?
ResponderExcluir*sai correndo pra se esconder antes que comece a apanhar*
Corre mesmo, de preferência para as montanhas, kkkkk
ResponderExcluirDeixa a Tonks ver esse seu comentário, kkkk
Até parece que não onhece, que nunca viu, kkkk
Bom ter vc aqui, volte sempre!
Que bom que vc curtiu, volte sempre!
ResponderExcluirTá, falando sério agora. Eu realmente NÃO lembro desse filme. Juro. Lembro da música do Lionel, mas porque foi tocada à exaustão, né. Só lembro de filmes de 1984 pra frente. HAHAHAHAHA
ResponderExcluirbjs!
Em 13 de janeiro de 2012 17:45, Disqus
<>escreveu:
Nunca vi esse filme >< Mas agora fiquei até com vontade - será que é fácil de encontrar nas locadoras?! Vou procurar ^^
ResponderExcluirBeijos,Nanie - Nanie's World
Nas locadoras não sei, mas o meu, uma amiga baixou na net, deve ser fácil achar!
ResponderExcluirAssista que vale à pena!
Bj!
Então corre, baixa na net, procura na locadora, o filme vale muito à pena!
ResponderExcluirBeijinhos!
Clássico! Música + dança... OMG! Lembro a primeira vez que foi nas telas da rede globo, eu era como a Vivi criança tb :P Mas, fiquei encantada com o movimento, a interpretaçao e a arte de Baryshnikov! Quanto a história? Olha, na primeira vez em que assisti não entendi direito e nem prestava atenção sabe! rsrs Foi só lá pra terceira vez (sim já vi esse filme várias vezes) é que de fato prestei atenção na mensagem do filme... Formidável! indico com toda certeza tb!
ResponderExcluirQUERO PARTICIPAR DESSA SESSÂO DA TARDE tb! Snif Snif
Beijos
Lili
Oie!
ResponderExcluirNão conheço esse filme, mas já estou procurando para assistir só pela empolgação de vocês!
Bjs
Depois de ver a postagem aqui já corri pra baixar o filme que além de eu nunca ter assistido, nem conhecia, que vergonha, rsrs.
ResponderExcluirVanessa - Balaio
Ownnn, adoooro esse filme, acho que já vi umas 5 vezes hahaha.
ResponderExcluirRealmente é tocante!
Adoro o tema tbm SAY YOU, SAY ME! É uma música linda ;)
Lili, eu adoraria contar com a sua participação em uma sessão da tarde também, amiga. Esse filme é formidável no último!!! Beijus!
ResponderExcluirFico condoída com a sua história. O sonho da minha vida era ser bailarina. Mas não deu. Eu me contento assistindo aos filmes, aos espetáculos e sigo sendo feliz e agraciada por isso.
ResponderExcluirConcordo com vc, o tema é perfeto!
ResponderExcluirCerteza que vc vai adorar, depois volta aqui e me conta!
ResponderExcluirbeijão!
Fico feliz, tomara que vc encontre!
ResponderExcluirSerá um prazer ter vc numa sessão da tarde Liliane. Quando vc vem à Brasília?
ResponderExcluirAcho que nunca vi esse filme! E parece um tão interessante... Adoro Ballet e sapatetado é tão legal! E fundo politico...
ResponderExcluirVou procurar assitir esse filme, que acho que vou gostar.... Adorei a dica!!!
Bjuss
Amo esse tipo de filme e esse deve ser tudo de bom,louca pra ver,valeu a dica.
ResponderExcluirBjs
Luciane Oppelt